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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Whish you where here.

Eu não podia,
eu não queria
mas depois de tantas horas preso dentro deste corpo com esta mente insana eu decidi abrir esta porta,
eu decidi pensar em você, meu bem
Decidi lembrar daquele seu sorriso doce, do quão bom costumavam ser seus toques
Não sei por que, amor, mas agora estou aqui. Minha mente está tão barulhenta
Lá fora acontece o universo e eu não sei mais onde me esconder.
Dentro de mim acontecem tantas coisas, tantas eclosões e explosões e eu não consigo explicá-las. Meus pensamentos transbordam para fora da minha mente, meus olhos se afogam em palavras que não são ditas e, antes de perceber o que está acontecendo, volto à realidade
Uma realidade sem você, amor
Eu sinto você aí onde está
eu sei que durante todo o dia você pensou em mim
sei que lembrou do meu dia,
e que por orgulho não apareceu
nem sequer discou meu número, como eu o fiz
para me contar como aconteceu
Preferiu o silêncio
Wish you where here
Enquanto os segundos passam lentamente eu posso ouvir
notas musicais que foram tocadas há décadas atrás, para alguém que não sou eu
Inspiradas, agora, por mim
dentro dos meus pensamentos
que apontam para você, amor
Queria que você estivesse aqui

Mas o tempo passou
e as notas musicais cessaram,
e quando olhei em volta ainda era noite
meu braço estava engessado, doía
Aquele álbum do Pink Floyd ainda não tinha chegado nem na metade
minha mente estava começando...
a pensar em você
E a cada palavra que saía sentia vontade de abandonar
o pensamento, a escrita, o amor
Mas abandonar e ir pra não sei onde
atrás de não sei o quê
buscar refúgio no colo de alguém que ainda posso conhecer
Dar chance para que a vida preencha o vazio que eu mesmo abri deixando você partir
Os minutos passaram com 60 segundos desde que te perdi, meu bem
as horas também não mudaram, o céu continua Azul
faz tanto tempo que não a vejo, que não a toco
Faz tanto tempo que não ouço seu riso
faz tempo que o tempo continuou e eu não sei mais aonde estou
Não sei o por que destes meus passos
confusos, ora barulhentos
incomodando meus pensares que não te abandonam nunca
Venho buscar refúgio aqui, na insanidade
Na loucura
refúgio de você, amor
pois não foi o tempo que me tirou você
foi eu quem apunhalei a mim mesmo
E agora vejo lentamente meu sangue escorrer pela ferida aberta

Você me observa, me vê com espanto
não sabe se acolhe ou se ignora, procura tempo para pensar
procura motivos para acolher, razões para ignorar
Sabe que seria melhor me deixar ali jogado naquela calçada,
pra você não iria fazer diferença no final do dia
Mas você quis olhar de novo para saber o que havia dentro dos olhos daquele alguém
imundo e sem esperança, teve curiosidade em saber o que havia lá
então descobriu,
viu que havia amor e esperança
Mas, na fração de segundos que observou
viu tantas outras coisas que,... silenciou-se.
...e enquanto observava o negror dos olhos daquele indigente abandonado você entendeu
viu-o aguardando pelo amor que só você teria para dar, meu bem
um amor com seu cheiro, sua energia
Seu ruído.
Um amor que não pode ser outro em outro alguém,

Porque tem alguém que ocupa os meus pensamentos
e não os abandona na teimosia que se dá à viver
porque tem alguém dentro da minha mente
alguém que não sou eu
Posso ouvir seus passos andando dentro da minha cabeça
me explorando, me descobrindo
Me fazendo perguntas que eu respondo sem perceber
perguntas sobre você, amor. Sobre nós
Isto é perigoso
não sei mais quem sou eu, ou quem ele é
Estamos presos dentro do mesmo corpo e, esta voz
isso que guia meu pensamento
é a unica arma que me faz refém de lembranças tuas
que eu jamais ousei esquecer
Mas eu sinto medo de tocá-las porque elas ardem espinhos
sempre que me recordo do tom de vermelho que tinha seu batom daquela noite
me dá vontade de arrancar o cérebro na unhada, no grito
Estes pensamentos sobre você depois de tanto tempo me ensurdecem
Eu estou louco! Meus pensamentos são minha verdadeira insanidade!
Já há tanto tempo eu deveria tê-la enterrado dentro de mim, como eu fui
mas não o fiz, me pergunte se fui fraco
Fui sim, amor, indigno do teu amor
Daquele teu bem
que já perdi, eu sei
Mas olhe só onde estou...

Sei que ainda vou olhá-la de soslaio e ver que você me notou
vou olhar em volta e então não fará nenhuma diferença
Nenhuma dessas palavras não vão fazer sentido esta noite
nem na próxima, talvez nunca o façam
Mas você se lembrará, meu bem
de que as escrevi
porque quis que você as lesse
e pensasse em mim, em nós
por um mísero instante do seu dia
pensasse no 'nós que não existe, diluído no tempo
esse tempo grosseiro que criou este abismo entre nós,
Você o enxerga? Ou melhor
você pode me ver aqui do outro lado, amor?
estou me imaginando aos teus olhos neste momento e sei,
pareço insignificante
miserável sem pena e sem um rabo para meter-lhe entre as pernas
Mas, amor, já está amanhecendo agora
o abismo ainda existe, permita-me te dizer
a noite foi embora, o silêncio fora rompido
Eu tenho um braço quebrado agora,
e eu quis te dizer isso...




Sallut
22.04.2013

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