...você sabe que eu só quero a verdade
sabe que eu nunca mentiria para teus olhos
mesmo que fosse para salvá-la, ou a nossa criança. O que temos?
Ascenda um cigarro e trague ele a noite toda.
Mas me conte a verdade pela janela me olhando nos olhos. Não me deixe perder o fogo
para ascender o cigarro. Traga-me o fogo.
Poderemos sentar e ler cada um o seu livro
ouvir e partilhar de um album, outros...
sentir o vento, balançar na rede, comer frutas
e quando eu voltar pra minha escrita estarei preenchido da sensação que você me deu
pela sua companhia.
Nem precisei de fogo para nada, essas horas.
Apenas o que realmente importa.
...e o tecladinho nunca deixará de tocar infinitamente seguindo a percussão, o baixo, a guitarra...
Enquanto fizermos música poderemos sentir o coração bater em prol de algum sentido,
versos que rimam,
notas que ecoam.
E se tudo soar bem poderemos até improvisar uma letra para a moça parada no muro
ofereçamos uma viagem, temos cerveja. Até lá tem muita praia.
Talvez seja loucura acompanhar um trem que vai pra destinos desconhecidos
com desejo apenas de descobrir, explorar, conhecer.
Mas se voltarmos com o pensamento, alguma hora, pra onde é que estávamos
lembraremos de quando juntos. De quando amados.
Penso, penso e vou seguindo
trilhando este mesmo caminho
e perguntando por que estas palavras,
estes pensamentos.
Tão específicos.
A verdade é que eu gostaria de passar pela mesma janela e pegar uma bicicleta
pedalá-la até chegar na sua casa, até na subida
gritar seu nome até criar um alvoroço e, depois...
depois, meu bem...
Gritarei pra todas as estrelas que houverem no céu
que eu te amo e
amo você.
Sallut
02.01.2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário