Depois que eu mergulhei só pude sentir a dor de cabeça...
Os ecos de tudo o que havia ao meu redor me cercavam, até meu próprio arroto.
Alguns do Anjos que eu acredito não poderão me alcançar neste lugar que estou,
aqui nenhuma luz ou sombra é capaz de me preencher ou compartilhar minha presença.
Estou dentro de mim mesmo e aqui há somente a mim.
Alguns instrumentos cantam em diferentes vozes a mesma frequência no mesmo ritmo. É isto o que me mantém vivo.
Vivo. Respirando. Dormindo mas acordando.
Este fora um pego pela metade...
Agora você precisa entender a diferença de quando as coisas estão escuras dentro de mim.
Não interprete a blacksunshine, se puder e quiser encare-a. Viva.
Porque eu me lembro de pensar com os olhos fechados sozinho no meu quarto:
Onde está o piso que constitui o meu caminho? Onde está o piso do meu caminho.
Estou aqui largado neste vasto incorpóreo que me mantém pelo ar sem nenhuma espécie de apoio.
Meu corpo parece tão leve derretendo parado. Na verdade são ecos do meu pensamento que me retalham.
Encontro ajuda quando indevidamente abro os olhos e vejo o metrô passando e acabo me lembrando, me lembrando de que estou neste mundo de torres de pedra.
Onde está o piso do meu caminho? Onde está o piso do meu caminho.
Alguns nomes que marcaram minha vida hoje não são citados, alguns caminhos que eu trilhava para fazer algumas visitas hoje nem traço mais. Alguma coisa mudou neste mundo aqui fora.
E me pego no silêncio dançando notas que vão e vem nas paredes do meu universo escuro.
Este silêncio jamais existiu porque há um Saxofone no meio destas vozes gritando sua dor que se esparrama.
Este silêncio jamais existiu porque há uma voz neste silêncio que não me deixa sozinho nunca. Por trás deste rosto, por trás destes olhos.
Sallut
27.04.2014
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