Eu mal consigo explicar
como sinto meu coração neste momento.
É como se ele estivesse sofrendo uma pequena epifania.
Tenho momentos na vida,
horas que fico olhando pro meu próprio rosto,
tentando descobrir como vim parar neste lugar.
Um lugar tão estranho e ao mesmo tempo tão cheio de mim mesmo.
Você gostaria de ter chegado até aqui comigo
abraça as próprias lágrimas quando sente que todas as tentativas
as idas e as voltas daquela incansável viagem dolorosa
não deram em absolutamente nada.
Eu sinto vontade de chorar quando estou sozinho.
Mas pego todas as lágrimas e afogo em conhaque. Peço que todos saiam e que se retirem,
preciso ficar só...
Tenho momentos na vida
que mal consigo ouvir minha própria voz.
Não tenho muita escolha e o solitário silencioso é tudo o que me resta.
É tudo o que suporta ficar comigo.
Eu dei para uma moça que já se foi o meu coração,
ela levou consigo e se recusa a voltar para devolvê-lo.
O orgulho fez o Rei perder a guerra e a Rainha o seu marido.
e enquanto todos os motivos de continuar escrevendo desmoronam
algo me inspira como gotejo de palavras que não consigo evitar,
elas cruzam minha cabeça entrando pelo ouvido esquerdo indo em saída ao direito.
É como se alguém me dissesse tudo isso. Me sinto livre ao escrever.
É quando as gotas cessam que sua insanidade dá espaço para pensamentos não tão malignos
estes que ganharam cômodo foram os mesmos que trouxeram uma cachoeira inteira para desaguar
em plena noite trinta de Setembro.
Sallut
30.09.2014
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