Este aqui quando você ler...

Ela estava deitada na sua cama. Seus pensamentos a faziam confusa, pensava em algo que queria fugir ou manter longe, difícil... ia até o banheiro e lavava o rosto, descia até a sala e se lembrava de mim. Olhava para a escada e sentia vertigem, saudade. Aí abria seu computador e começava a fuçar, encontrava textos meus que lhe escrevi, músicas compostas por mim também para você. Sentiu vontade de chorar, mas não o fez foi incrivelmente forte. Naquele dia jogou tudo pro alto, sentiu falta e admitiu para si mesma, abriu nossa pasta de fotos que ainda não havia excluído e viu uma por uma, parou e observou durante alguns minutos aquela no banheiro na festa de aniversário de uma velha amiga, seus olhos ameaçaram encher de lágrimas mas mais uma vez foi forte. Fechou tudo e conseguiu se distrair.

Ele estava sentado no banco de uma praça. Seus pensamentos eram os mesmos já há algum tempo, sua expressão era vaga e triste, seu olhar parecia vazio e seu caminhar sem rumo e objetivo. Voltava para casa e pensava, procurava algo para fazer mas nada podia agradar. Sentou várias vezes para ler um livro e não tinha concentração, decidiu se dedicar em algo que já gostava antes mesmo de se apaixonar, e o fez. Todos os dias levantava cedo e saía para se distrair, e tem vivido sua vida tentando se distrair desde então... não havia como tirá-la dos pensamentos, podia tentar mas cansava-se, e assim que se sentava para descansar o primeiro canto que olhava a trazia de volta aos pensamentos, e foi desse jeito que o menino ficou no mesmo lugar desde então.

O amor deles nasceu, queimou e apagou.
Ela foi embora, encontrou outro sorrir, outro amar, outro feliz...
Ele ficou. À espera. Como num conto de fadas, mas era Trasgo, imagine... um Trasgo sentado num banco de praça esperando por uma Princesa qual havia se apaixonado, história triste...
O trasgo esperou e esperou, sentado, a Princesa voltar, desde que partira, o Sol esteve no céu
A Lua brilhou tão intensamente...
O tempo acabou passando, a Princesa não voltou por um motivo claro,
ela entregou-se novamente.




Sallut
06.07.2012