Aí eu fiquei pensando, sozinho
em todas as coisas que já foram
Que se foram depressa.
Fiquei preso dentro de um único segundo
pensando em algo que não sabia exatamente o que era
Se era eu, o coração, ou tudo o que havia perdido
Digo, o amor.
E, sim, o tempo continuou passando
e quanto mais esperava para ver se algo me inspirava
mais ficava atônito com o passar do tempo.
Foi quando acordei num dia que já era nublado
Garoava quando olhei pela janela, bocejei
Tive vontade de voltar a deitar
não voltei.
Vesti uma blusa e fiz um café fresco
enquanto a água fervia olhei para o relógio
O som que ele fazia enquanto os segundos se perdiam,
Sabe, durante aquele tempo que esperei a água esquentar
pensei em tantas coisas, tantos momentos.
O olhar fixo denunciava uma mente distante
e o silêncio admitia tais pensamentos.
Comecei com estes pensamentos de forma tão perdida,
pensei no frio, no sono, no trabalho
Pensei na fome, em fumar um cigarro...
As lembranças que havia na minha memória vieram atona
Comecei lembrando da infância, que alguns anos atrás
não haveria café, nem frio ou sono
Apenas a vontade de viver mais um dia inteiro.
Pensei na literatura, nos heterônimos, em Espiritismo
pensei no bendito skate, até que pensei em mim
no Ser
Queria saber quais são, verdadeira e sinceramente
os meus reais sentimentos
Se são a insanidade, como já o tenho dito
ou se são só saudade, a que tenho sentido.
Sabe, não sei
saber, afinal, é difícil
Pois apenas sou
e não mudo.
Foi quando bocejei novamente, mas no segundo de agora
pensando no segundo lá na frente, enquanto espero a água ferver
Aqui meus pensamentos são de escrita,
lá meus pensamentos são a própria escrita.
Risos...
esqueça, deixe para lá, olhe só
Eu sou louco,
e adoro a sensação que isso me provoca...
Sallut
23.05.2013
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