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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Velharia.

Já há muito tempo tenho sentido dor nos ombros e nos braços. Uma dor latejante que atrofia o uso dos meus braços constantemente todos os dias. Durmo e acordo com esta dor, tenho pensado e me perguntando todos os dias o porquê desta dor. Coisas estranhas têm acontecido na minha região, durante os dias palavras estranhas são pronunciadas. Parece que as coisas estão todas direcionadas para um lugar não tão bom assim. Minha dor e os dias parecem que antecedem algo grande.
Talvez eu deva estar sempre preparado.

Do lado esquerdo do meu ombro tem duas picadas coçando. Elas parecem intencionadas, racionadas.
Meu braço parece dormente enquanto cada tecla me faz expulsar um pouco disto.
É quando meus sentidos captam o mundo e vice-versa. Minha cabeça pesada sente uma leve dor do lado esquerdo atrás do olho, sinto que devo fechá-lo e continuar com o direito. Mas é difícil caminhar com um só olho aberto.
A confusão da dor e da picada que talvez a tenha causado se resume num pâncreas cansado, um fígado envenenado e um pulmão em cinzas. Talvez queira conversar sobre a vida comigo.
Mas numa tarde do dia vinte e sete do ano quatorze eu deveria estar estudando
Algo sobre os direitos civis do homem ou sua economia.

Os minutos passam. Este meu ombro tem me incomodado. Talvez eu dê um fim nisto tudo.
Cada vez que retorno vejo que é mais difícil encontrar um trilho que me conduza à Coroa da Criação.
O grande lago, a mangueira. A floresta, A Cabana. Lugares que não alcanço com meus pensamentos.
O ritmo do bulbo e o coração fazem pulsar uma energia que plana no céu como um avião
à base de motores. Combustível.

Deve ser mais fácil pra um velho gordo ouvir velharias clássicas e fazer sua música
do que deixar a dor dominá-lo e ganhar o jogo assim mesmo.
Seja lá onde quis chegar... eu não alcancei.




Sallut
27.10.2014

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