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quinta-feira, 20 de maio de 2010

São as estrelas...













As noites eram frias e eu me escondia debaixo dos cobertores. Arrependia-me de várias coisas e me punia por não ter feito outras. Mas o que me fazia sofrer mesmo eram as lágrimas. Vinham de monte e duradouras trazendo cada vez mais angústia e mais solidão. Eu não estava conseguindo detê-las, tornou-se rotina. Eu me deitava na cama e o meu sono não vinha, em poucas horas deitado eu chorava. Chorava pensando em paixões pelas quais eu lutei sem nenhuma razão clara, chorava e alisava a parede fria do meu quarto a fim de meu corpo se preocupar a outra coisa fora me fazer sofrer.
Em pouco tempo me senti morto, sem vida, sem objetivo. Foi aí que eu percebi, percebi que não havia nada na minha vida que podia mudar além do fato de eu ser infeliz.
Lutei contra toda aquela tristeza, lutei com todas as minhas forças e em várias vezes se não fossem por conta de uma esperança anônima eu já teria desistido de me manter em pé.
Notei que: Eu caio num abismo sem fundo, sem fim, sem limites. Na minha queda descobri aonde ele levava, levava a um lugar totalmente escuro, sem vida e sem ruídos. Abandonado, foi como me senti enquanto caia, gritava alto para alguém me ajudar a voltar, mas ninguém me ouvia. Ou talvez me ignorassem, não sei.
Eu me apoiava em um pilar que estava indeciso se era mesmo benéfico me segurar, se era mesmo uma coisa boa para todos. A dúvida dele me fez tremer de insegurança e agora, eu nem sei mais em quem confiar.
Foi então que eu descobri, descobri as estrelas..vi uma delas pela primeira vez enquanto chorava. Apenas as estrelas me fizeram acreditar que tinha algo que podia me iluminar e me tirar daquele buraco sem fim. As estrelas sim foram à fonte de toda a minha esperança "anônima".
Depois de um tempo, contemplar o brilho das estrelas já não me vinha à mente uma "salvação”, e sim só mais uma coisa linda que me fez parar um pouco para observar e pensar.
"Não preciso disso, não mesmo.."
Foi então que uma explosão na minha cabeça, chorei de novo. Vi um brilho vindo do leste, uma coisa grande e cativante, conquistou o que por muito tempo nem mesmo sorrisos puderam conquistar. Tirou-me lágrimas de felicidade, tirou-me a ansiedade e, mais do que isso, deu-me esperança...Era a lua.
Dias depois, sem ânimo de novo. Recebi a notícia.
"Não te preciso, você e nada não fazem diferença na minha vida. Isso pode doer, mas eu não ligo, sou sincera e isso é bom. Faça o que quiser da sua vida, faça planos e seja feliz. Mas não me inclua nisso tudo."
Lágrimas de novo, minha amada, minha vida. Foi então que decidi estrelas ou Lua alguma vão me fazer pensar novamente, larguei de mão. CHEGA !
Deito pela última vez na minha cama, me cubro e olho pela janela e me assusto. Lá estão minhas companheiras, minhas amantes e minha recente salvação. Lá estava a Lua e milhares de estrelas à sua volta. Levantei-me e comecei a contemplar aquilo, puxa vida. Conquistou-me de novo, na última vez olhar para uma estrela me fez continuar, me deu um motivo para prosseguir. Logo após a lua e agora isso?
Sem dúvidas eu concluo:
Não são pessoas que vão mudar o fato de eu ser infeliz. Eu preciso procurar algum objetivo e algo que vá me excitar, simples. Mas não posso perder o rumo, não posso me abalar ou deixar algo me atordoar. Agora estou abandonado de vez e congelado.
Mas junto comigo as estrelas. Algo que vá me fazer continuar? Bom...
São as estrelas que vão me fazer continuar.

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