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sábado, 25 de junho de 2011

Página do Meio.

...os ventos estariam levando o seu corpo para longe, para outro lugar. Um lugar que você nunca foi e desconhece de alguém que tenha ido ou falado sobre, muito misterioso.
No caminho tudo é tão leve e perfeito, você vê que tudo o que acreditava no dia-a-dia era mentira e nada realmente era verdade, via que o vento alinhava-se às linhas do seu corpo e juntos desenhavam os céus como se ele fosse uma folha de azul-celeste pronta para ser rabiscada. Vi as ondas do som do vento rasgar suas roupas enquanto seus cabelos eram jogados para o lado, e as nuvens cobriam partes do seu corpo. Via o seu sorriso se abrir aos poucos olhando para mim parada, daquele seu jeito gostoso... e via você se aproximando, sua mão travando e sua imagem expandescendo se tornando artificial, meio inexistente. E cada vez que eu piscava o sonho tornava-se mais denso e você ficava mais perto, com a mão quase tocando meu rosto que já estava sedento de carinho seu, e de repente você alcança e me toca. Simplesmente fecho os olhos e o toque me toma, me controla como se nos conectassemos, fiquei ali parado e virei uma marioneta telepática apenas de toques teus.
E de repente tudo desaparece, e aparece novamente... vinha a montanha, as nuvens, as estrelas e o azul só o azul. E tão lindo acabava vendo o infinito além do mar, que não difundia sentidos enjoando-o ao cair com a gravidade. Sim, ela existe, e está voltando como pôde ver... seu sonho está acabado, e os ventos jamais poderam carregar-lhe, você e seus princípios imaturos.
Aproveite a sua vida aí embaixo preso como um rato, aproveite o fim dos dias que lhe foram impostos e a sua felicidade artificial. Já que prefere assim, direi aos meus Anjos perfeitos para cuidarem do seu fim, sim? Os ares jamais se poluíram ou manifestaram gentil ato de bondade para nada. Somos puros e estamos aqui, é só.
Minhas lembranças incomodam não é? O modo como eu via as coisas era assim tão profundo, tão cheio de sentimentos e reflexões e observações impactas que me faziam tomar decisões, apenas surdo e mudo sem dizer ao ouvir ou vice-versa. Presente.
Você se chocou ao ver que tudo pode parecer bom no começo, mas que não é o suficiente para me fazer criar expectativas, eu provei de muitas coisas ruins sabendo que ainda existem piores e desafio pensar como vai ser a fórmula do futuro.
Se você está preso dentro de um castelo, e cercado por muralhas e inimigos faça o que o seu coração pedir porque sua mente se preocupará apenas com o presente. O presente é duro e dói, mas ela não quer saber e quer enfiá-lo dentro da sua caixa fétida de ar podre cheio de 'você', não quer saber se queremos continuar sentindo aquela coisa congelada dentro de nós por mais algum tempo, ou por mais alguns dias, não sabemos. Talvez anos...
Talvez não passe, talvez esteja aqui esse meu coração gelado, esse meu coração lento e velho. Mas ainda por fim apaixonado por você, e pelos detalhes que congelaram meus erros dentro de mim e de minhas lembranças. Tchau. *Sorriso*.




Sallut
25.06.2011

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