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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

A última madrugada de fevereiro 13.

É uma lembrança que aos poucos preparou-se e transformou-se em história, em um livro. Palavras que deram significado ao ato lembrar. Talvez em um livro ou dois não pudesse caber todas as palavras e seus significados, eu teria que me esforçar mais, me dedicar mais. Pensar mais.
Talvez a inspiração desta história possa não se lembrar que ela de fato aconteceu, que é real. Talvez eu mesmo não possa ser fiel às minhas lembranças e falhe tentando escrever algo que vivi. Algo que vivemos.
Penso incessavelmente todos os dias se você por um segundo sequer pensa em mim, por descuido. Se desabrocha um sorriso no seu interior toda vez que me vê e trocamos olhares curiosos.
Chegou a noite então que decidi escrever a nossa história e como ela realmente aconteceu aos meus olhos, já escrevi capitulando meus pensamentos todos os episódios que te relacionam, desde o raio ao trovão, até o relâmpago.
Hoje eu estudei física e aprendi a explicar cientificamente um relâmpago. Pude entender, nesta noite, o porquê desse meu tanto pensar em relampejo. Vi que nada mais é do que um instante muito rápido de descarga elétrica quando entra em contato com o solo ou uma nuvem. Antes mesmo de descobrir interpretei o relâmpago da forma como ele é, a conheci e fui atingido tão rápido quanto você desapareceu. Quanto me notei caído e ferido você já não estava mais lá.
Foi como um relâmpago...
-...sonhei que éramos amigos. _disse.
Olhei para ela e aprovei.
- E somos. Sempre fomos.




Sallut
28.02.2013

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

...para dormir um pouco mais.

- Tshiiiu! Faça silêncio! Você não vê que ele está dormindo?
Algum pássaro ao meu redor, neste instante, disse algo que eu não entendi. É claro.
Mas ouvi e minha mente reproduziu. Talvez ele tenha dito algo relacionado a mim ou a você, ou à ele.
Apontei para quem dormia.
Mas, quem estava dormindo?
Ora, eu mesmo, num sono anormal... onde não ouço vozes...
Se você prestar atenção verá o tempo passando, sim, veja, em questão de segundos.
Hoje é noite, a Lua continua cheia e bela como ontem. Talvez triste ou envergonhada pelas palavras que usei. Conversamos.
Mas hoje se esconde por trás das nuvens escuras da noite.
- Cuidado! Você precisa prestar atenção nas coisas que pensa...




Sallut
27.02.2013

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A morte em capítulos... [1]

-...mas por que você está falando isso, assim? Tão de repente... _com certeza chamei sua atenção, a morte é sempre um ponto de exclamação em qualquer diálogo.
- Para que você saiba, caso eu morra, que eu não poderia fugir. Que fui pego.
- Do que você está falando? _me olhava pela primeira vez em meses nos olhos.
- Estou falando que amo você...
Me olhou atônita. Roubei todas as palavras que conhecia e a deixei muda em cinco palavras.
Passaram-se alguns segundos até que ela finalmente conseguiu desviar os olhos dos meus.
-... por que você está falando isso agora? _notei em sua reação que a havia atingido, consegui encontrar no meio daquela escuridão algo sólido em que me segurar.
- Porque vou morrer por este motivo... _dei um passo a frente, em sua direção, ela recuou. Manteve-se em guarda fechada.
- Você não vai morrer, você sempre fala coisas desse tipo e meche comigo. Eu te conheço. _podia ler claramente medo e duvida em seu olhar.
- Não importa. Eu só queria que... você soubesse... _o vento soprou e me refrescou. -...sei que vou morrer e não posso fugir...

Só não queria morrer assim.




Sallut
26.02.2013

Ler entre vírgulas.

Complexidade, a senhorita disse...
Uma de tamanho e forma que nem mesmo eu consigo compreender.
Sou um menino jovem cheio de dúvidas e novas sensações,
caminhando em direção ao futuro construindo um presente,
um que valha a pena, um que encontre um amanhã louvável.

O amanhã vem hoje, eu já te disse
e os seus pensamentos dirão quem você é.
Um Deus te abençoe, irmão, siga em Paz...

Sou um poeta cheio de intenções, planos, sonhos
palavras, ideias, inspirações, momentos, memórias.
É complicado quando falo pelo poeta, prefiro dar-lhe a voz
Mas um poeta que se faça real não possui voz, nem rosto,
nem olhar muito menos coração. Um poeta existe apenas em seus pensamentos.

Queria ser capaz de fazer e resolver as coisas como simples se fazem no meu pensar,
a solução.
Sei que esta selva de pedras não germinará mais rosas, ou violetas
sei que a unica terra fértil que pode existir sou eu mesmo, preciso plantar-me
coisas boas. Coisas frutíferas.

Como cerejeiras que encantam um belo Outono ou me fazem aplaudir um frio Inverno.
Vim neste pensar descrever o amor, mas nem sequer o citei em algum instante,
talvez fora por isto que, com toda simplicidade, eu pude descrevê-lo como nunca o fiz antes.




Sallut
26.02.2013

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Relâmpagos [2]


Este dia não amanheceu comum, pois a noite não fora como as outras. Assim como o dia anterior também não foi como os outros dias, sendo assim, hoje, escrevo isto. Por algum motivo o universo se relaciona com as coisas quais possui alguma semelhança, seja na essência ou na aparência. Hoje, choro tristeza. Hoje, choramos tristeza.
Talvez o cachorro que chora na viela tenha um coração mais ferido do que o meu, seu choro soa tão entristecedor quanto o Sol brilhando mundo afora, nenhum humano dispõe-se a acolhe-lo, todos estão acomodados em suas confortáveis casas bem alimentados.
Um relâmpago... ele uiva seu choro.
O choro canino quando alcança meu coração me inspira tristeza. Como um relâmpago, esse choro me alcançou... posso enxergar o céu escurecer enquanto o Sol tenta brilhar nesse lado do universo. Talvez na mente do cão entristecido ele fora abandonado sem teto e sem dono, está com medo e precisa expulsar as emoções que te impedem. Ele chora.
Outro relâmpago... seu choro é incessante.
Não sei o que se passa em sua mente mas a minha está disposta a se expressar, me pergunto se por tal motivo eu seja o escritor e ele fonte de minha inspiração. Um cão. Mas, comum ou por vaidade do universo, um cão entristecido. Talvez minhas palavras não consigam alcançar o significar do choro de um cão, enquanto minha mente procura caminhos para encontrar intensidade o suficiente ele chora. Isso faz meu coração eletrizar-se como se atingido por um relâmpago.
Três relâmpagos... um menino e um cão entristecido.
A cada dia que passa sinto mais vontade de alcançar a verdade, o possuir da verdade literal e descrevê-la em uma só palavra. Poder cessar o choro de um cão entristecido com um abraço quente e confortável, acolhe-lo com abrigo, comida e carinho. Amor. Conhecê-lo e olhá-lo nos olhos todas as vezes que chegar em casa, acolher um cão abandonado. Talvez esta atitude mudaria totalmente o rumo da minha vida, uma pequena e simples atitude.
Talvez eu mesmo seja um cão entristecido com um incessável choro lamentando abandono, disposto a existir como cão para atingir o menino poeta com um choro. Um choro semelhante.
...e tem quem diga que um lugar não é cenário de dois relâmpagos...

Um relâmpago que cai do céu pode acertar o meu coração uma, duas... três vezes... pode me fazer conectar e entender o choro de um cão.





Sallut
25.02.2013

Um sonho sobre você

Amanheci num dia ensolarado de Domingo,
tinha planejado acordar duas horas mais cedo
mas se o tivesse feito este pensar não existiria.

Meu atraso teve um resultado e consequência,
enquanto me entregava à preguiça sonolenta
minha mente ia projetando o que chamamos de sonhos,
foi neste sonho que a encontrei.

Lá íamos progredindo lentamento nossa relação,
podia sentir como fato puro e literal
o amor dela por mim.

Podia ver seu sorriso, neste sonho, eu juro
Pude sentir seu abraço. Um abraço bem forte.
Deliciei-me também em seu cheiro, sua presença
ouvi sua risada, a vi conformada
Feliz.

Não senti seu beijo e talvez por isto o sonho tenha sido tão intenso
Olhava para seus lábios e você podia ler meus gestos,
trocava olhadelas de seus olhos para seus lábios
e entre eles podia ver um belo e tímido sorriso.

Quando acordei pude entender que ainda a amava era real
aquele amor.
Então decidi escrever... pensar... mas, me leva a tristeza
pensar em você.

Você não faz mais parte da minha vida, somente do meu passado
O meu passado já não me pertence, somente às memórias
Minhas memórias é que se tornaram vilãs na história,
me fazem pensar em você a cada mísera lembrança que te relaciona.


Eu adoraria dormir novamente, mesmo num belo dia ensolarado
num sono intenso e profundo, um sono anormal
me encontrar com você e nunca mais acordar
Tornar-me real apenas dentro de mim mesmo, e fazê-la real no meu interior.
Apesar de ser puramente real, você é
a fonte do meu sentimento mais intenso
dona do que faz o meu sangue correr as veias

Apesar de ser puramente real, você é
quem consegue liquidificar a rocha que se tornou
o meu coração que jaz consigo.




Sallut
24.02.2013

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Um pensamento Poeta.

...foi quando o menino parou, fechou os olhos e respirou.
Pensou consigo mesmo na realidade, no presente
analisou os fatos, suas relações e antecedentes.
Talvez fora neste que percebeu o verdadeiro fato
fato puro

Depois que inspirou e aspirou ar nos pulmões abriu os olhos,
notou o mundo ao seu redor e a selva de pedra,
sentiu a pele aquecer-se confortavelmente sob o brilho ofuscado do Sol,
ofuscado de poluição, sujeiras, mal pensares...

Tocou no peito do lado do coração e aquietou-se para ouvi-lo
tornou a fechar os olhos, respira fundo novamente.
O som do coração.

Seus pensamentos neste instante foram de zero à branco
e quando encontrou-se finalmente nas palavras que o descreviam
abriu os olhos e sorriu.

Percebeu que estava olhando para trás com saudade, receio,
que queria se apaixonar e entregar-se à alguém como de presente.
Amar.
Pensou que poderia ser simples. Amar.

Seus olhos olhavam para cada senhorita de aparência bela e encantadora
hostilmente declarando pouca importância e interesse.
É claro. Havia aquelas que levavam consigo o coração do menino apenas por aparecer em sua vida,
mas um coração de breve paixão, daquelas que criamos pelo simples prazer de sentir

Acreditava com todas as forças que não podia se apaixonar novamente por não possuir um coração,
estava enganado. Acreditava errado.
Sentiu vontade de dar palavras a verdade neste pensamento, tentado a declarar-se culpado
de estar apaixonado.

A noite cai de forma bela sob o meu observar,
estou sentado na janela fumando um cigarro procurando com os olhos curiosos, a Lua
Não a encontrava. Apenas ruídos de carros com música alta,
pessoas rindo embriagadas, gritando

Ah... (tragando)
Cidade...
Eu vivo numa cidade... (soprando)




Sallut
23.02.2013

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Filho Ingrato.

Nenhuma palavra que eu conheço pode descrever este dia, hoje.
Então...

A Familia - Filho ingrato
Dezembro eu relembro como se fosse agora
Um momento de emoção, um dia aquela hora
Sua mãe radiante, de olhar sintilante
Recebendo a noticia que estava gestante,
Nervoso e feliz no mesmo instante,
A emoção tomou conta, dominando o gigante,
Feliz sempre quis com a mulher amada
Prolongar minha raiz, por um pé na estrada
Era novo só amor, na flor da idade,
Responsabilidade o meu peito invade
Quem casa quer casa tem que ter, proceder
O tempo era curto e eu tinha que correr
O relógio meu inimigo mais meu filho quer nascer
Como é que vai ce? o trabalho vai ser duro
O dia de amanhã tô sabendo é escuro
O presente eu já vi só não enxergo o futuro
Mais acredito em deus e não vou me abalar
Minha fé inabalavel tenho força pra lutar
Se a preguiça for virtude para mim ela não presta
Eu sei ce precisar faço varias horas extras
Quem testa só detesta e protesta nosso amor
É gente só ruim e no peito só rancor
A familia toda contra pela pele minha cor
O racismo é uma doença e tá no peito do avô
São varias barreiras mais não fico preocupado
Meu pai sempre falo que a vida num era fácil
E só pra mim cria trabalho tipo um escravo
Longe de mim querer ser filho ingrato
O homem que é guerreiro com a batalha não se ilude
Eu peço aos ancestrais por favor me ajude
Faço parte da peble rebelde e sou rude
Eu só peço inteligência e meu filho com saude
Oito meses se passandos, eu só ando apressado
De casa pro hospital do hospital pro trabalho
Comprei todo enxoval, arrumei o nosso quarto
Contrações aumentando consagrando a luz do parto
E faz pré-natal corre, corre pro hospital
São varios exames ela tá passando mal
Falei meu Deus por favor me acuda
Meu amor tá morrendo manda um anjo como ajuda
Homem: "Doutor, doutor por favor doutor minha mulher meu
Filho"
Doutor: "Calma senhor seu filho nasceu é uma criança
Linda mas
Infelizmente a mãe não resistiu"

A tristeza novamente toma conta do espaço
Minha mulher deu a luz mas faleceu no parto
Não faz nem um ano que meu pai foi enterrado
Agora eu tô sozinho no meio da guerra desarmado
Chama um querubim, um arcanjo Serafim
Pois o peso do mundo desabou sobre mim
A natureza dá com a mão e com a outra toma sim
Me da um filho belo e minha esposa teve um fim
Mas a fé que Deus nos dá não pode ser abalada
O inimigo me acertou me levantei refiz a guarda
Levantei minha cabeça em direção do horizonte
Sou pedreiro,marceneiro, construtor, faço ponte
A roupa, o alimento, e um teto pra morar,
Amor, muito carinho, e uma moça pra cuidar,
Brinquedo não faltou uma escola para estudar
Jurei por Deus do céu por você vou batalhar
A idade, a vaidade foi chegando pois eu via
Queria quase tudo que a tv lhe oferecia
Eu de longe via ele já querendo namorar
Eu só tinha uma exigência você tem que estudar
A tristeza se cansou, chegou a felicidade,
Quando eu tive a noticia que ele entrou pra facudade
Filho nunca esqueça de fazer boas ações
Pois eu peço sempre a Deus em minha orações
Já faz bastante tempo que eu não vejo a minha cria
A última noticia se formou engenharia
As grandes capitais dexam as pessoas frias
Mandei ele estudar mas eu juro eu não sabia
A ruga a velhice tomou conta do meu rosto
Do meu coração que se aposou foi o desgosto
Se dedica a uma pessoa o tempo todo da sua vida
E não recebe nem um tchau nem na hora da partida
A idade já chegou as dores vem se aproximando
Só trinta por cento do meu corpo funcionando
Mal de parkinson, derrame, bateria de exame
Diabetes muito alta já circula no meu sangue
Noites mal dormidas minha mente conturbada
Enxergo muito pouco minha visão tá complicada
Mais eu posso enxergar a cegueira do meu filho
Te dei tanto amor mas hoje eu vivo num azilo!!!

(chorando)
Eu me sinto abandonado de viver não tenho vontade
Será que amor de mais é uma forma de maldade?
Eu fui perito na enxada mas não tive camiseta
Mas olhe o meu filho é o doutor da caneta
Há muito tempo atrás eu tive que provar
Que também era capaz de poder ele criar
Sua mãe faleceu seu avô veio lhe tomar
Lutei contra o mundo pra poder te criar
Agora o desprezo é o pão que eu tô comendo
Cada dia que se passa a solidão me corroendo
Antes de morrer eu desejava viver
Enquanto não acontece eu rezo pra você
(choro)




Sallut
20.02.2013

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Unknown [4]


Mas que coisa, olha só onde estou
De roupa listrada preto e branco, veja o que me causou
Todos aqueles sonhos, promessas, conquistas
Vielas estreitas esquinas da vida.

Prisioneiro do próprio coração que já não jaz
Apaixonado por um sorriso que não o ama mais
Sedentário das mesmas memórias
Ilusionista dos próprios pesadelos.

Veja onde estou e como me encontro
Num obscuro sozinho já vazio aos prantos
Seco de lágrimas, mudo de voz
Cego de esperança onde não existe mais 'nós'

Mas eu estou vivo ainda penso em alguém
Ainda quando as horas me fazem refém
Enquanto evaporam segundo a segundo
Me libertando e agonizando à sofreres do mundo

Sou quem sou assim sigo em frente...



Sallut
19.02.2013

Aqui jaz.

Chegou o dia em que uma nova história nasceria, surgira no meio de um silêncio enquanto tentava miseravelmente se inspirar em algo que não a lembrasse.
Para ser sincero comecei um pensamento com intenção de mostrar além de apenas visões, cenas, lugares, sentimentos... imaginações. Vim dizer o que eu sinto, neste momento, sem disfarce ou maquiagem.
Com sorte... eu entendo alguma coisa...


"Procuro dentro do meu subconsciente algo capaz de me descrever, palavras ou memórias, lembranças intensas o suficiente para que me levem do sintético ao imaginável em questão de vontade. O sono me convida. A noite fazia-se quente e meus olhos lacrimejavam enquanto batalhava contra a moleza do cansaço.
Gostaria de mergulhar num escuro sem fim onde eu encontre apenas o silêncio solitário para poder entender minhas dores e angústias, meus arrependimentos. Ao mesmo tempo uma sala branca onde sou um prisioneiro nu sem sentidos além do visual e psicológico me parece um paraíso. O branco preenche o vazio com delicadeza e sutileza, pode descrever o mais minucioso dos sentimentos enquanto for existente.
Mas eu sou um livro escrito numa língua desconhecida e que ninguém tem interesse em descobrir.
Sou alguém que escreve os próprios pensamentos em forma de metáforas e cartas enviadas à si mesmo através do tempo, para traduzir-se, como Efeito Borboleta. Isto é real.
Sou alguém como todos os que vieram a este mundo, possuo um mundo íntimo-particular no meu interior que só eu conheço e tenho acesso. Posso imaginar o meu mundo, minhas regras, minhas verdades e minhas realidades. Tudo o que sou capaz de imaginar é real.
A realidade que envolve outras pessoas pode ser nomeada como Sonho, são poucos os capazes de interpretá-los em tempo real.
Sonhe comigo. Pense em mim.
Porque agora é noite, tem estrelas no céu, faz uma Lua espetacular, gostaria de apreciá-la ao seu lado ou de poder apontá-la aos seus olhos. O vento refresca quem está suado de uma segunda-feira. A noite cai para quem está a mercê do sono, o relógio me fala que o 'agora' tem hora, e que 'hoje' tem nome... mas minhas palavras dizem que sou capaz de ler seus pensamentos sem ao menos olhá-la nos olhos, ou estabelecer algum tipo de contato.
Eu te amo. É este o contato que possuo. E através deste venho contar esta história...

...saí apressado do prédio e ouvi o céu relampejar, ia chover em breve bastante água e era melhor que eu estivesse já em casa quando isso fosse acontecer. Estava carregando de baixo do braço direito o jornal daquela manhã, havia lido duas ou três colunas sobre notícias econômicas e políticas da atualidade e o reservei para outr'ora.
Assim que coloquei os pés na rua vi um clarão iluminar por um breve instante o céu, observei o cinza que cobria a cidade por alguns segundos e logo veio seu som... o som de um relâmpago.
Fechei meu casaco e olhei para os lados antes de atravessar a rua, foi quando a vi parada me observando do outro lado da esquina do cruzamento. Nossos olhares se encontraram e fixaram-se durante alguns segundos, suficientes para me encorajar a ir até ela. Dei os passos mais pensativos da minha vida em muito tempo, até que finalmente a alcancei.
Parei a sua frente e permaneci em silêncio, apenas estabelecia a conexão que nossos olhares já possuíam há anos, enxerguei aquele castanho que me provocou saudade, vontade de sorrir.
- Olá... _disse abrindo um sorriso que fora inevitável. - Não esperava encontrá-la, assim...
Relâmpago e, logo a seguir, seu som estremecendo todo o céus.
- É, fazia tempo que não pensava em você... _desviou o olhar preocupada em encontrar no meu o que eu acabara de enxergar no dela.
A procurei no olhar e trouxe novamente para mim aqueles castanhos que me olhavam fixamente depois de tantos anos...
- Como vai? Gostaria de poder conversar um dia inteiro com você... _especulei, ingenuamente.
- Estou bem. _me olhou receosa, foi quando enxerguei novamente a mesma barreira da última vez que nos falamos. Algo que me impedia de avançar em sua direção.
Nos olhamos por mais alguns segundos, olhei para seus lábios e assinei com ingratidão minha solidão.

Depois daquele encontro me perguntei incontáveis vezes se voltei a visitar seus pensamentos, se por algum descuido pude provocar naqueles lábios outro sorriso sincero, ou se por sorte trouxe um brilho antigo àquele olhar castanho de quem já me observou com ternura, amor...
Envelheci e enterrei-me no leito de morte sem nunca alcançar o direito de ao menos merecer seu perdão pelos meus erros de menino. Desde aquela senhorita não pude amar novamente, então morri...
Dormi para sempre num sono anormal.
Foi num dia dezenove que acordei dormindo querendo o que tens,
mas, com tudo nas mãos, eu não aproveitei
Agora sou triste
...sou triste de vez.




Sallut
19.02.2013

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Alquimista Todo Metal.

...talvez com sorte eu consiga dizer algo com algum sentido, você sabe, levar o pensamento até algo realmente interessante. Neste dia, hoje, agora, eu precisei escrever. Imagino se no fim deste pensamento terei algo à somar no meu espírito ou estado de ser. Imagino se o som que posso ouvir neste instante toma a minha mente conduzindo minhas palavras a dizerem o que se passa dentro do meu subconsciente. Talvez eu mesmo não entenda o que todas essas palavras queiram dizer, talvez eu seja apenas o tradutor de alguém que tem muito a dizer.
Posso sentir os meus pensamentos voarem como aquela rara espécie de aranhas que podem planar pelo céu e que, de alguma forma, levam-se para outros cantos longínquos através do ar. O existente ar. O vento.
Eu nunca consigo descobrir até onde profundo intensamente eu consigo chegar com as palavras que conheço, não sei se consigo traduzir o que se passa realmente nestes meus pensamentos. Talvez eu seja um louco aprisionado nos contos e memórias que a mim mesmo conduzi lembranças fúnebres, ou talvez saudavelmente dolorosas.
Temo que tais palavras não façam sentido e que meu pensar seja em vão.
Em vão. Imagino que não.
Penso que cada letra, verso ou parágrafo constitui algo essencial no universo, algo que de forma alguma poderia ser inexistente. Pois o universo é absoluto. Assim como a vida, de alguma forma.
Mas, talvez você se interesse na minha imaginação já que meus pensamentos causam-lhe sono e tédio. Esta carta é muita importante para alguém em algum lugar, talvez você leia e não note, ou não perceba. Mas as palavras tem o poder de dizer o que olhares escondem, ou podem chegar o mínimo que exigimos delas. Tento ser um escritor, destes você com certeza já conhece.
Então, imagine...
"Eu estava no quintal de um típica casa americana, com varanda e um quintal com algum espaço verde. Sua janela estava a alguns poucos metros do chão e a luz do seu quarto estava acesa. Eu estava ali naquele momento mas não quis dizer nada, podia vê-la com clareza olhando-se no espelho enquanto se perguntava sobre algo que eu não podia adivinhar. Imaginava seus pensamentos, mas contidos dentro de sua cabeça e própria consciência eu permanecia na dúvida agonizante.
Me perguntava o que pensava, pois já não possuía o direito de sabê-lo.
E, mesmo ainda hoje, volto a pensar sobre alguém que não deveria sequer passar pelos pensamentos, uma senhorita... àquela que levou consigo o coração.
O som me faz pensar no que ela está pensando agora, neste minuto. Em quem abençoa com sua presença e sorrir, ou o que revela teu olhar. Queria poder tocar seu espírito como alguém já quis tocar o meu, e não pôde. É uma sensação miserável de saudade ou de angústia, arrependimento, algo que conscientemente assumimos ser doloroso e aceitável.
Relampeja. Talvez você se lembre de eu dizer algo sobre relâmpagos, veja seu brilho e depois que terminar o verso ouça seu ruído. O ruído de um relâmpago.
Aqueles que nos acertam uma, duas, três vezes... e que nos atordoam de uma forma simplesmente diferente. Talvez eu não consiga alcançar a definição deste meu pensar com exatidão absoluta, eu desconfio de que as palavras não são capazes de me enxergar como verdadeiramente sou. Mas a verdade é que as palavras tornaram-se umas das amigas mais próximas a me entender como sou ou como aparento ser.
A verdade é que não confio nas palavras.
E tento ser um escritor, ou algo parecido.
Ouvi dizer a palavra Poeta, descobri o seu significado... hoje vejo diferente, hoje enxergo Poetas...
Hoje eu escrevo, realizo meus pensamentos e os sintetizo de forma que você miseravelmente não possa perceber num pensar como este. Talvez, com sorte, num dia de lembranças intensas, você consiga saber do que se trata aquela vírgula que ficou faltando... ou as reticências que fizeram parte.
Acho que você não devia se atrever a me deixar levar à tanto, levemos em consideração, e,
Tempo...




Sallut
16.02.2013

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

5 minutos para pensar.

Amanhece um dia, mais um dia importante.
Mas nada mudou, nada mudará.
Nos encontramos e trocamos olhares, pensamentos
mas é só isso. Não houve palavras.

Amanhece outro dia, quem acredita nisto?
Meu coração continua batendo,
minha mente continua pensando,
meu espírito continua a sentir,
o tempo continua passando...
e estamos tão distantes quanto desconhecidos,
Isso é fatal.

Amanhece outro dia onde o Sol pode brilhar os ventos refrescar à alguém,
não a mim.
Não sei se me falta coragem
ou apenas motivos,
mas tenho infinita vontade
de pular de onde estou para alcançá-la aí onde está
e gritar o mais alto que eu puder, sem medo nem vergonha
Que eu te amo e eu acredito nisso.




Sallut
15.02.2013

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Devolvendo uma promessa num dia de aquário.

Acordado.
Hoje...e silêncio.
O dia passou rápido e acho que não notei os minutos indo embora como se não tivessem valor, do céu choveu águas que já conhecia de outrora, chuva que não parou quase tempo algum. Não havia nenhum compromisso naquele dia, não tinha nada para fazer, mas tinha um pensamento.
Hoje.
E agora o dia acabou, já estou em outro.
É agora que eu penso que lembrar das coisas é fascinante... veja,
agora mesmo abri minha caixa de lembranças, encontrei e vivi uma das melhores lembranças que tive.
Porque...

relembrar é viver,
esquecer é morrer...




Sallut
14.02.2013

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Chuva incessante.

Eles querem saber quem sou eu
o que faço, o que penso
onde ando, com quem.
Querem saber o que eu falo
pra quem e com quais palavras.

Querem que eu justifique a minha existência já!
É uma pena...
sou alguém que existe independente de qualquer aprovação,
pois o universo me fez necessário.

Sou alguém que se fez em partes,
uma triste, outra alegre
uma poeta, outra grosseira
uma romântica, outra radical.

Meus pensamentos são estes
escondidos nas linhas, me delatando
indicando o livro e a página para que possa me entender.
É, de uma maneira simples
quando ler estas palavras.




Sallut
10.02.2013

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Imagine. [7]


"...comecei a pensar quando senti minha perna ficando dormente apoiada em meu joelho,
eu tinha a bíblia aberta na palma das minhas mãos, mas não eram as fábulas tradicionais,
era um livro sagrado diferente. Neste livro eu lia a história de um menino
igual a todos os que correram e se sujaram pelas ruas de São Paulo,
que fazia amigos e sempre se aproximava intensamente das pessoas,
compartilhava segredos, choros, pensamentos, lágrimas.
Mas era natural que este menino, no final de cada colisão, permanecesse sozinho
talvez acompanhado de outras,
mas sozinho.

Nevava lá fora e aqui dentro da Cabana está quente, olhando pela janela eu posso enxergar apenas os fios magros e compridos de uma árvore que jazia nua à mercê dos ventos congelantes da madrugada.
Minha perna direita esta completamente dormente e a sensação que isso tem  me causa arrepios e dores musculares, inflamando os joelhos até o calcanhar.
Lia palavra por palavra como se minha sensibilidade estivesse anulada,
não estava.
Eu sentia.
Mas as vezes matava meus sentimentos para não perceber o quanto eles doem,
o quanto incomodam.
Assim meu psicológico entenderá que a dor não é importante,
e que não devo me incomodar com sua presença.
O contrário,
a dor pode ser amiga,
companheira,
solidária,
compreensível,
sábia,
e além de  tudo...  lógica.

Talvez eu seja louco.
Alguém que não vive numa realidade aceita pelos demais,
alguém que canta e fala em voz alta sem se preocupar se alguém vai ouvi-lo,
ou o que vai pensar  sobre,
ou o que vai fazer a respeito.
Alguém que vive pelas curtas rédias do próprio pensamento
um que não compreende, mas que traduz
Linha por linha
entre as vírgulas,
O pensamento de um menino
solitário.
Que faz-se poeta entre as letras,
e as que escolhe usar... curiosamente,
tornam-lo o menino deste livro.

Lá fora o frio impetuoso castigava às duas lembranças minhas
de A Última Lágrima,
enquanto a neve caía e nossos corações lentamente se sincronizavam,
eu podia enxergar seus lábios vermelhos e seus olhos reproduzindo um brilhar refletido do branco absoluto que a luz da Lua brilhava no céu. Você era baixinha,
me olhava de baixo com um sorriso discreto curioso e ansioso,
seus olhos me fazem curioso, me pergunto o que ocupa seus pensamentos.
É só uma lembrança... 

Na outra você está correndo de mim, parece até clichê,
era o nosso dia e tínhamos visto um filme no cinema, 
foi o nosso dia.
Encontramos um morador de rua, socializamos com ele
não consigo me lembrar o que dissemos,
ele respondeu, seguimos em frente
Você me deu um tapa no traseiro, isso me incomodava
você gostava do romântico incomodo que aparentava.
É lembrança de felicidade.

Duas lembranças distintas, do menino
do Poeta.
Uma no livro,
outra na memória.

...e do céu a neve fria e incessante disposta a enterrar ambos..."




Sallut
07.02.2013


terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Vasculhe seu baú, encontre algum sorriso.

...foi quando eu parei pra ver algumas das nossas fotos, por acaso. Escondi o sorriso que tive vontade, só o meu olhar já dizia tudo. Penso no que acontece quando nos vemos hoje, é diferente. Somos diferentes.
Hoje, neste mesmo dia, em outro tempo, a tinha nos braços. Seu cheiro impregnado no meu subconsciente e no meu quarto.
Eu adoro escrever,
adoro pensar
e adoro amar.
Mas eu só escrevo sobre alguém
que quero há muito deixar de pensar
mas que não consigo deixar de amar
Porque, amor... é isso.




Sallut
05.02.2013

A distância de um para dois.

A distância fica curta,
um olhar diz tudo,
um abraço esquenta o mundo,
um beijo cura tudo,
um gesto muda o universo,
um sorriso colore o dia,
uma lágrima entristece a noite,
Uma Lua faz o céu tão lindo,
tantas estrelas apagadas que ainda brilham.
Um xingamento agride as pessoas,
um elogio da falso conforto,
um Eu te amo prolonga uma vida,
um Eu te odeio prolonga a morte,
um perdão trás outra chance a si mesmo,
um sentimento de rancor condena a si e o próximo.
Um pensamento planta sementes,
um futuro faz-se no presente.
Um menino pensa muito,
um poeta sente em dobro,
um texto traduz tudo,
um bom leitor lê de novo.




Sallut
05.02.2013

Vontade.

É algo simples que surge de dentro de nós,
não sei se do espírito ou da alma,
ou do subconsciente,
Mas é algo real que se faz existente.
Odeio ter de lutar contra uma realidade,
odeio escolher desistir, sei que é fraco
Mas não quero lutar contra sua vontade.
Vontade.

É o que nasce dentro da gente.
A vontade,
de comer, dormir, chorar
Vontade
De sorrir, abraçar, beijar
Vontade de amar,
ser feliz.

Vontade de perdoar buscando o perdão,
de superar algo que já fora soterrado pelo tempo,
de aproveitar o hoje como se o amanhã fosse inexistente
Apesar de ser.

Vontade... as horas me fazem pensar... em alguém...




Sallut
05.02.2013

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Pense nela.

Você age como se não se importasse,
como se tivesse esquecido.
Mas eu sei que não,
sei que se lembra muito bem.
E que as vezes por descuido permite escapar aquele olhar de saudade,
saudade do abraço, do beijo, da minha presença.
Que esconde esse olhar desviando-o rapidamente para qualquer outra coisa,
sabendo que eu sei no que você pensa.

Você pensa em mim, mesmo uma vez no dia
lembra que eu existo e sente minha falta,
fica olhando remotamente pela janela enquanto seus pensamentos
minuciosos,
lembram-se de mim.

Mas você, como toda menina, aprendeu a camuflar os sentimentos
não permite que seja fácil e nem prefere desse jeito.
Me quer lutando pela sua atenção e companhia,
pelo seu riso, pelo bom humor.
Me quer em conflito contra seu orgulho e ego
Quer que eu saia vitorioso
porque você sente minha falta.

Mas você nunca vai admitir isso,
se for preciso viverá todos os anos que ainda te restam
sem dar o braço à torcer.

Não importa quem está errado,
ou quem deveria ter a razão
a verdade é que éramos melhores amigos
e hoje desviamos nossos olhares e atenção.




Sallut
04.02.2013

domingo, 3 de fevereiro de 2013

O fim do dia no jardim de aço.

A vida é muito bela por existir,
pois a vida é o que inspira, aquilo que te dá um ofício
Aquela ideia que cresce na sua mente independentemente de qualquer ação voluntária.
Ou um sorriso que te escapa por pensar em alguém, um sorriso sem explicação sintética
Os limites da mente é imposto por nós mesmos. Física.
Neste dia eu vejo violência, ambição e um pouco de liberdade aprisionada,
liberada nos feriados ou finais de semana. A liberdade.
Ainda assim imposta com certos limites.

O tempo está passando,
o que você anda fazendo?
O que você anda pensando?
O que você anda plantando?
O que você anda consumindo?
Com quem você anda se envolvendo?

O tempo está passando... e o sem o Sol
as flores desse jardim podem proporcionar a sua derrota
Não onde abandona o corpo e age a mente
Mas, que de alguém jeito, você faz a sua escolha própria.




Sallut
03.02.2013

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Um novo dia nos jardins de aço.

É um novo dia, você acredita?
Consegue acreditar num novo dia se
quando olha para o céu vê noite
Chamam essa parte do dia de madrugada,
onde muitas coisas acontecem
E ninguém vê.
Onde muitas mentes estão viajando e se conectando,
mas pelo despertar do Sol já não terão nenhuma ligação.
É um novo dia, você acredita?
Alguém respira neste instante ar de sede
ar de fome, desesperança,
Ar solitário.
Alguém está preso, trancafiado
À mercê das loucuras e noites sem sono, abandono
É um novo dia, mas quem acredita?
Se a cada novo dia vejo as mesmas tristezas,
os mesmos problemas...
Também dizem que cada dia é uma chance,
chance pra quê?
Revolucionar. Destruir o sistema e calar seus representantes.
Desprender-se da opressão, omissão.

É um novo dia, você acredita?
Me fala onde está a paz de cada dia,
posso encontrar no sorriso de alguém, ou no correr da criança
Mas viro o rosto e vejo a porcaria que destrói famílias
Em nenhum lugar do mundo ouço dizer que existe paz
Ela só se faz existir no artificial como objeto de troca
pelos que se banham no sangue dos que sofrem.
Sei que a Paz precisa estar dentro de cada um,
Dentro de nós mesmos,
Mas se não somos paz
me diz como vou encontrá-la...

Cadê a paz que tanto procurei?
As flores dos jardins de aço que tanto reguei...
germinaram ao contrário,
só vejo rancor
Nos corações ódio e dor...




Sallut
02.02.2013

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O segundo mês do ano 13,

Gosto de sentir o vento soprar,
gosto do som que as folhas produzem ao fazê-lo.
Gosto de ver alguém sorrir, independente do motivo
ou a cor da pele que o exibe. Gosto da sensação que causa um sorrir.
Gosto de crianças e do seu jeito de enxergar o mundo, a vida
a ideia de que crescer trará mais felicidade.
Gosto de poesia e de suas capacidades,
do poder que as palavras tem.
Gosto do ato beijar, e a cura que um beijo pode trazer
ou da dor que pode apartar.
Gosto da saudade e da distância,
sem ambas não saberia o valor que se tem um coração.
Gosto do coração quando bate e do som que provoca,
de sentir o sangue correr as veias me fazendo pensar,
sentir, existir.

Gosto do amor e a forma como ele existe,
ora paixão ora tristeza,
Ora promessas ora despesas.
Gosto de escrever e do que a escrita me propõe,
traduzir-me com tanta leveza e facilidade,
apenas com palavras, pequenas por serem simples
Mas grandiosas na mente de um Poeta

Gosto de Poetas... e do que eles fazem,
Como pensam, como agem
Como amam e jamais esquecem.

Mas odeio quando algo acaba,
e não conseguimos entender o porquê.




Sallut
01.02.2013