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sábado, 2 de fevereiro de 2013

Um novo dia nos jardins de aço.

É um novo dia, você acredita?
Consegue acreditar num novo dia se
quando olha para o céu vê noite
Chamam essa parte do dia de madrugada,
onde muitas coisas acontecem
E ninguém vê.
Onde muitas mentes estão viajando e se conectando,
mas pelo despertar do Sol já não terão nenhuma ligação.
É um novo dia, você acredita?
Alguém respira neste instante ar de sede
ar de fome, desesperança,
Ar solitário.
Alguém está preso, trancafiado
À mercê das loucuras e noites sem sono, abandono
É um novo dia, mas quem acredita?
Se a cada novo dia vejo as mesmas tristezas,
os mesmos problemas...
Também dizem que cada dia é uma chance,
chance pra quê?
Revolucionar. Destruir o sistema e calar seus representantes.
Desprender-se da opressão, omissão.

É um novo dia, você acredita?
Me fala onde está a paz de cada dia,
posso encontrar no sorriso de alguém, ou no correr da criança
Mas viro o rosto e vejo a porcaria que destrói famílias
Em nenhum lugar do mundo ouço dizer que existe paz
Ela só se faz existir no artificial como objeto de troca
pelos que se banham no sangue dos que sofrem.
Sei que a Paz precisa estar dentro de cada um,
Dentro de nós mesmos,
Mas se não somos paz
me diz como vou encontrá-la...

Cadê a paz que tanto procurei?
As flores dos jardins de aço que tanto reguei...
germinaram ao contrário,
só vejo rancor
Nos corações ódio e dor...




Sallut
02.02.2013

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