...na verdade, venho de novo
Porque eu tenho muito pra falar esta noite
talvez eu tente e não consiga dizer absolutamente nada
pode ser que meus esforços se esvaeçam num caminho impossível
e que a escuridão me complete, tome o lugar do farol, que é o meu sonho.
Venho dizer que o silêncio me tortura
como se os galhos fossem pontudos, minha pele fria e frágil
não tenho escamas que me protegem. Estou neste mar e nado com a pele nua.
Não vou dizer o que estou sentindo
tentarei mascarar meus pensamentos, também
vou dar-te um lago.
Mergulhe se quiser. Ele estará congelado.
Cuidado para não quebrar a cabeça tentando!
Pode ser que os dez minutos transformem-se em cinco
e que as notas que nos trazem a saudade
não passam de meros pensamentos
Pequenos. Fúteis. Indiscretos.
E eu sinto...
mas não vale a pena dizer o quê.
Eu sinto...
mas nem mesmo sei dizer o que é.
Apenas está aqui. Isto me basta. É triste, é cinza, é silencioso e solitário.
Digo que é ruim, mas não quero dizer se é
apenas quero que seja. Quero permitir estar.
...nesta noite sem lua...
E eu sinto...
talvez esteja escondida porque sabe o que eu sinto
Sabe que sou um mar de incertezas
que podem te trazer um beijo e um abraço a qualquer momento
Você não está completamente segura se desprendeu-se de mim. Este é o problema.
Você é o risco.
E eu sinto...
apenas sinto. Sem permitir que nada vá em conta.
Eu sinto...
Um silêncio no sozinho.
Uma dor vaga no meio do preto no branco
Uma poesia sem rimas,
Blues sem dor.
Saudade. Pronto. É isso.
E eu sinto...
estas notas sempre me trazem pra cá,
aqui
dói.
Queria ir até você e conversar algo sobre qualquer coisa
perguntar-lhe sobre seu dia, se conseguiu sorrir hoje
Desejar-lhe um boa noite e desejar encontrá-la amanhã,
talvez quem sabe marcar um encontro. Não sei.
E eu sinto... já disse, mas não vou repetir.
Eu sinto...
Sallut
25.10.2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário