Deveria começar com um pedido de perdão.
Então
Me perdoe...
Vou gritar. Estilhaçar. Esvoaçar todos os cacos.
Farei uma grande festa no buraco que ficou depois de toda a destruição.
Usarei os destroços como enfeite e usarei o sangue como cor de contraste.
Se não chover no dia, fizer sol, usarei as sombras como refresco
da grande chama que atearei todos os corpos mortos que restarem.
E se desse jeito não te arrancar um sorriso, Óh querida,
desenterrarei o Saxofone do velho Miles
e tocarei a canção mais solene para você.
Óh, yeah. Tocarei as notas mais profundas e intensas.
Enviarei um verdadeiro relâmpago bem no centro da sua essência.
E como um piano cruel apertarei com a unha todas as suas feridas
fazê-las arder como o Inferno de que tanto falas.
E, veja só, em quantos poucos minutos
somos capazes de pensar e ir além
Levar a concepção do que é
a algum lugar desconhecido
e abandonar lá nossa velha opinião formada sobre tudo.
Uma boa seda
e uma boa cannabis de cor vívida
para enrolar e atear fogo
à paisagem da Lua.
Sallut
11.10.2013
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