Pesquisa !

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Enquanto os minutos passam.

Já era outra manhã.
Os dias estão passando tão rápido.
Parece que o meu lago borbulha, as águas não estão mais tão calmas...
alguém mergulhou
Neste lago frio e silencioso.
Rasgaram a tranquilidade das minhas águas como um relâmpago que atinge a uma árvore.
Esperneou e se debateu. Provocou vibrações.

E mesmo quando subiu para ter mais oxigênio continuou se mexendo revoltadamente,
como se não suportasse mais a permanência naquelas águas.
Mas acabou recobrando a consciência cedo o suficiente
e quando olhou para o céu lembrou de um sorrir que há muito já não via.
Sentiu aquele mergulho no fundo do peito, novamente
como um relâmpago.

Descobriu que no final as coisas são assim.
É preciso ter chances de acertar e aproveitá-las.
Nada tem tanto valor quando se tem uma nova chance e acaba desperdiçando-a
com um erro miserável.
Não que erremos propositalmente, as vezes caminhamos em solo tão frágil
que nem sabemos onde enfiar os passos.
Sob uma chuva de relâmpagos é ainda mais difícil.

Gostaria de te dizer que eu amo mergulhar neste lago que me lembra teu sorrir.
Simples assim. Por mais que doa profundamente em mim, e só em mim...
acreditarei no sentimento que tenho, ele insistiu todo esse tempo na vida em mim
preciso dá-lo algum retorno
fora as poesias e tudo aquilo que ele me inspira.

N'outra manhã talvez eu pare pra me inspirar em você, meu bem
mesmo que você desperte seu dia ao lado de outro amor e acorde-o com seus beijos.
Estarei acordando na minha cama, também. Sozinho.
Com algum ar de cansado caminharei até a escrivaninha e despejarei novamente
palavras que te revelarão como me sinto.

"Acorde numa manhã e abra seus olhos sem pestanejo como se já estivesse acordado há muito tempo. Levante-se e caminhe até o espelho, ascenda um cigarro. Lave o rosto, tome seu café da manhã, exercite-se. Quando sentir que não há mais nada pra ser feito volte pro quarto, procure seu papel em branco e sua lapiseira. Escreva."

Não existe limite. Nem um céu que eu não possa atravessar.
Procuro você
para destruir isso que acabei quebrando.
Outro dia te dei adeus, enquanto você me assistia pelo portão.
Procuro você.
porque sei que você é a luz original que será minha ajuda.
Você vive se escondendo
fazendo caminhos mais longos, não quer me ver.
Mas sabe que acabará encontrando.
Constantemente eu caio. Ando perdido morrendo.
Minha vida será uma mentira imutável se eu não te olhar nos olhos.
Sei que há outro lado para o fim da nossa história,
e eu só quero assistir isso acontecer. Pode ser perigoso
pois eu ainda te amo tão intensamente.
No silêncio declaro este sentimento para mim todos os dias
finjo e faço ele parecer uma mentira constante.
Mas acabo me tornando parte de tudo isso.
E ainda que você fique incrivelmente brava e zangada comigo
acabará ouvindo as músicas que eu te mando e pensará em mim a noite inteira.
Sabe que estarei naquelas frequências e, inevitavelmente você vem e me procura.

Estarei aqui e ali, em qualquer lugar, silenciado
perdido entre o "adeus" e o "Olá" que brilha junto ao Sol.
E qualquer nota que estiver ouvindo
será levada até você, mesmo que não seja seu dia.
E independente do lugar onde estiver ouvirá
vai sentir o que eu quero dizer.
Óh, meu bem...
Escrevo. Penso. Esperneio dentro de mim este sentimento.
Você não vê.
Eu grito tão alto que acabei perdendo as cordas vocais
ensurdeci-me com a própria voz
só para soltar no ar isto que tenho pra você.




Sallut
06.02.2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário