Cheguei aqui em outra noite.
E sinto que posso voar pelos céus,
mesmo que a gravidade diga o contrário
o peso do meu corpo é questão de comunicação.
Por isto ando te procurando. Dizendo olá.
Perguntando o que se passa nos teus dias,
mesmo que eu diga algo errado, no final,
quero saber como você se sente.
E caminho dia após dias procurando algum motivo pra não desistir deste simples "olá".
Enquanto remo e caio, machuco o ombro ou abro os pulsos. Um simples "olá".
Nós e você.
Sentimos algo que acabou quebrando, e todos os dias acenamos fazendo algum sinal.
Nós e você.
Temos algo em comum que já aconteceu. Nos ajudou.
E tudo o que é hoje pode nos dizer algo sobre o que ainda vai ser.
Em todo lugar que visito olho em volta e procuro algo em que eu possa assistir e acreditar,
todo mistério me faz parecer incrédulo com a sombra do meu próprio corpo.
Constantemente caio. Perco minhas chances.
Mas eu sei que uma hora, na vida, poderei mudar todas as coisas ao meu redor
e do outro lado da ponte, enquanto tudo acontece
olhará tudo como um show, aproximando-se do perigoso, constantemente.
Eu mantenho minha palavra certa no silêncio, pronta pra ser dita no momento certo
Pronto pra chamá-la de volta para casa...
As notas nunca pareceram-me tão sinceras.
O vento soa um ar refrescante inigualável
como se o calor que faz fosse proposital.
E eu caminho desesperado no meu silêncio
procurando algum brilho do seu silêncio fantasma
me sinto um estranho tentando recuperar o próprio brilho junto ao Sol.
E por onde quer que eu vá as notas que me acompanham dizem algo para mim
que me recordam belos e singelos quadros da minha vida.
Qualquer montanha, Cabana ou trilha.
Estarei ouvindo algo que me fará lembrar o que já se foi. Pois os minutos se vão
e algo os preenche, os fatos
dos mais puros aos mais intensos. É neles que me inspiro.
Quando perdido num mar de ondas ou num céu de estrelas.
Porque no final do dia é só o que tenho...
Sallut
07.02.2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário