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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

...quando chega no fim.

...não adianta, volto aqui de novo. E de novo. E quantas vezes mais me sobrar sentimento no peito pronto para ser traduzido. Ou na miséria das minhas tentativas de expulsar a cachoeira de palavras que tenho trancada no peito. Não é com todo mundo que você pode abrir suas portas e permitir que tudo desabe.
Precisamos ter as pessoas certas. Precisamos confiar nas pessoas certas. Tudo isso é um jogo.
Algumas dessas pessoas certas você vai perder por não merecê-las, outras vão embora como suas amigas e deixarão outro lago de wish you where here para visitarmos todas as noites de lua cheia.
É difícil explicar o que há dentro de mim quando nem eu mesmo entendo.
Nesta manhã comecei a ouvir Animals e aquelas notas me levaram para um lugar que eu já sabia que existia, mas aqui estou eu de novo. N'outra data.
Minha alma parece estar se afogando no sentimento que tenho, as paredes ao meu redor não tem espaço o suficiente para guardar-me como segredo de todo o mundo. Eu só queria sair para regar e apresentar o meu jardim.

Sinto que a cada dia vou perdendo um suspiro de algo importante. Meu amor já se foi. Amigos, viagens, lembranças. Clamo por Deus e me sinto perdido aqui, sozinho com minha alma e minha sombra.
Este pensamento não precisa fazer sentido, estou expulsando-o.
Esta noite presenteei lágrimas ao universo. Com um pouco de insegurança fui despejando-as por onde caminhei. Os céus, as montanhas e tudo mais que existe. As trilhas me levaram até cidades que já não existiam, havia botas no meu pé mas desgastadas e sem condições de uso. Mas ainda no meu pé.
Continuo caminhando mais sozinho do que nunca. Os cães latem no horizonte e posso ouvi-los, sei que querem me aconselhar a algo que não entendo. Isso é uma droga.
Mas continuarei seguindo, se meu braço coçar tudo bem, deve ser alguma pulga. Preciso me manter forte.

Nem sei mais o que eu sou ou o que quero. Juiz, promotor, escritor ou poeta. Músico. Vagabundo. Pensador. Skatista. Nada disso.
Minha vida trilhará um caminho que nem consigo imaginar, não sei quais detalhes sairão de mim de forma tão específicas. Espero poder encontrar as pessoas que mais amo outras vezes na trilha.
Antes dela ir embora fomos à praia, foi uma missão bem sucedida e divertida. Eu amo aquela garota.
Mas agora ela se foi e terei um grande tempo de solidão para pensar, não irei continuar escrevendo coisas sem sentido para que simplesmente fiquem aí.
Terei outros planos, outras atitudes. Serei outro ser-humano.
Tentarei me transformar de menino para homem, no pouco a pouco. Não quero continuar perdendo estrelas.
O tempo passa, o album toca, continuo escrevendo. Esta é minha trilha.
Mas, as vezes, inexplicavelmente, tudo termina.




Sallut
03.02.2014

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