Sentado com o olhar vago entristecido me lembrei de você, não sei porque... Aí então lamentei outra vez tê-la perdido.
Pensei no seu toque, no teu sorriso e no efeito que me causava. Pensei na sua presença e há quanto tempo já não a tinha por perto, senti saudade... e agora estou aqui escrevendo outra vez sobre você, e me sinto péssimo.
Queria coisas que sei que não me fariam melhor, queria abandonar o sentimento que você despertou em mim, queria acordar e antes de abrir os olhos sentir vivo e vigoroso meu coração dentro do peito, queria que o pesadelo de te amar aqui sozinho chegasse ao fim, queria voltar a vida em que existe o sorrir e o ser feliz. Queria dormir e só dormir, acordar quando o céu não for mais azul e na minha mente não houver mais você.
Talvez você sinta alta estima ao saber que ando assim, sei do seu orgulho e te vejo forte resistente, superou aquele nosso amor. Digo com um sorriso triste, porém sincero, de te ver bem. Vejo as vezes seu novo amor na rua, e acompanho o seu caminhar com os olhos pensando que fora ele quem levou a Princesa embora do meu castelo de horrores. Me dá vontade de sorrir mas não dá, não consigo.
Sou menino, sou Poeta e também sou Trasgo. Vivo aqui e agora estou pensando, escrevendo.
Sou menino, sou Poeta e também sou Trasgo. Me apaixonei, me entreguei e agora vivo morto.
Sou menino... sou poeta... sou trasgo... mas não sou ninguém sem você e já estamos em julho, nossa...
Dói dizer com certeza que já passou mais da metade de um ano e ainda não me libertei de você.
Amanhã fará Sol, vou acordar de um sonho que não terei memórias e viverei outro dia como os outros dias. Lembrarei de você e como todo começo de mês vou ficar ansioso até chegar nosso dia que já não é mais nosso, me deitarei na cama ao lado da tristeza e vou enterrar mais um pouco o que eu ainda sinto por você.
Vou desviar meu olhar, tentar distrair meu pensamento, agir como um durão e enfrentar a humilhação de vê-la com outro de queixo erguido. Vou passar reto por você ao vê-la na rua, vou ignorá-la se encontrá-la por aí, vou fazer de conta que você não existe e que nunca te conheci. Vou te esquecer.
Mas não se preocupe o tempo não para... e quando o mês acabar e outro começar vou lembrar novamente de você e este será outro momento de olhar vago entristecido.
Sallut
01.07.2012
seria esse o poema, lembrei de mim quando li..
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