Soube que o vento andou soprando...
soube que homens andam morrendo...
soube que homens.. estão matando...
Ouvi até falar que era fim dos tempos, realmente... não acredito. Acho que o fim já veio, passou, deixou seus rastros e simplesmente foi embora sem ser notado. O resultado é o mundo em que vivemos.
Um mundo cinza sem cheiro de rosas, de nada
O concreto endurecido pelo tempo não vale nada
O homem pensou erradamente num meio de se organizar
Quando tudo o que se precisava era conversa
Uma conversa entre dois homens que querem Paz,
Mas o homem por algum motivo é ganancioso, e isso manchou o seu sangue
Hoje são rios de sangue à correntes de lágrimas de mães que tiveram seus filhos assassinados
pela ignorância de não saber viver e respeitar a vida. E é só.
Não sei se existe algum Diabo, sei que o mal existe e ele está presente. O caos é real.
Mas o bem e a paz precisa surgir de cada um de nós, essa é a verdade. É isso que muda o universo.
...é como já disse, O Pensamento é força criadora, irmão.
Sallut
31.10.2012
Pesquisa !
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Para um leitor que nunca vai ler...
Preso a um amor que insiste em continuar vivo. Pura tristeza...
Não sei se acho engraçado o fato de sempre voltar a lembrá-la, fazer questão de visitar sua página e passar o olho por uma ou duas fotos para saber como anda.
Preso a um amor que insiste em existir, em ser lembrado. Pura tristeza...
O que um dia me rendeu o sorrir mais puro já experimentado, hoje me condena intensa solidão e só. Esquecimento.
Tento não me deixar inspirar por este sentimento cinza, sujo de dó e compaixão, sujo de lembranças maravilhosas. Fracasso. Aqui estou, falando dela... e me pergunto no fim das contas se sequer sonha que aqui o meu peito ainda pulsa pensamentos por ela, pra ela. Um nome que precisou ser riscado e julgado proibido, que eu gostaria de esquecer mas não consigo. Não consigo.
Dei tanto tempo ao tempo que agora acho que não é o tempo que vai me curar, nem mesmo ser paciente vai me tirar daqui. Talvez eu deva me jogar pra saber onde paro, com quem. Talvez deva me jogar, é isso. Não sei.
Ainda tenho aquele instinto inseguro de não me deixar aproximar de qualquer pessoa, de continuar pensativo e observador o mais quieto possível. Tentar não ser visto no universo. Meu jeito de viver me garante sempre bastante tempo para pensar em tudo, para lembrar...
Aí penso em escrever, tento me inspirar numa história cheia de fantasia e belas palavras que possam dar vida a um Imaginar poético e romântico, algo que atraia para mim o doce aroma das rosas que tanto anseio a gozar.
Mesmo sozinho não deixo de ter um amor, isso é bom eu sei. Mesmo sem vê-la, tocá-la ou sequer ouvir sua voz. Nem mesmo sei se em espírito posso tê-la presente. Mas sei que em algum lugar dentro de mim ela ainda vive, e eu ainda sou apaixonado por ela. Talvez eu tenha assinado essa minha sentença quando ofereci ingenuamente aquele coração frágil e indefeso, que fora largado numa cela gelada e cheia de poeira condenado ao vazio do esquecimento. O drama das grandes obras fazem a coisa acontecer, realmente...
Mas eu sempre acredito no amor.
É importante que haja amor, mesmo que o sentimento não seja recíproco. A própria vida já vi que é um mar de rosas...
Sallut
30.10.2012
Não sei se acho engraçado o fato de sempre voltar a lembrá-la, fazer questão de visitar sua página e passar o olho por uma ou duas fotos para saber como anda.
Preso a um amor que insiste em existir, em ser lembrado. Pura tristeza...
O que um dia me rendeu o sorrir mais puro já experimentado, hoje me condena intensa solidão e só. Esquecimento.
Tento não me deixar inspirar por este sentimento cinza, sujo de dó e compaixão, sujo de lembranças maravilhosas. Fracasso. Aqui estou, falando dela... e me pergunto no fim das contas se sequer sonha que aqui o meu peito ainda pulsa pensamentos por ela, pra ela. Um nome que precisou ser riscado e julgado proibido, que eu gostaria de esquecer mas não consigo. Não consigo.
Dei tanto tempo ao tempo que agora acho que não é o tempo que vai me curar, nem mesmo ser paciente vai me tirar daqui. Talvez eu deva me jogar pra saber onde paro, com quem. Talvez deva me jogar, é isso. Não sei.
Ainda tenho aquele instinto inseguro de não me deixar aproximar de qualquer pessoa, de continuar pensativo e observador o mais quieto possível. Tentar não ser visto no universo. Meu jeito de viver me garante sempre bastante tempo para pensar em tudo, para lembrar...
Aí penso em escrever, tento me inspirar numa história cheia de fantasia e belas palavras que possam dar vida a um Imaginar poético e romântico, algo que atraia para mim o doce aroma das rosas que tanto anseio a gozar.
Mesmo sozinho não deixo de ter um amor, isso é bom eu sei. Mesmo sem vê-la, tocá-la ou sequer ouvir sua voz. Nem mesmo sei se em espírito posso tê-la presente. Mas sei que em algum lugar dentro de mim ela ainda vive, e eu ainda sou apaixonado por ela. Talvez eu tenha assinado essa minha sentença quando ofereci ingenuamente aquele coração frágil e indefeso, que fora largado numa cela gelada e cheia de poeira condenado ao vazio do esquecimento. O drama das grandes obras fazem a coisa acontecer, realmente...
Mas eu sempre acredito no amor.
É importante que haja amor, mesmo que o sentimento não seja recíproco. A própria vida já vi que é um mar de rosas...
Sallut
30.10.2012
domingo, 28 de outubro de 2012
Chuva de Verão.
A chuva cai... é noite de verão está quente, enquanto a chuva cai algo me inspira, o som que me inspira. Não sei se neste momento tristeza ou só solidão, saber que não terá ninguém para me ouvir agora. Sei que o som da chuva me toma, como as gotas que quando atingem a janela escorregam lentamente roubando meu olhar vago.. perdido... pensativo...
Gostaria de escrever um desabafo, mas sei que fazendo assim não conseguirei um escrito que me eleve à algo, quero criar uma história. Uma que não tenha a ver com o que estou sentindo neste momento, uma que a chuva pode me contar enquanto cai me contemplando com o seu próprio som. O som da chuva de verão.
"Esta é uma história que veio para falar especificamente de um casal em tempos muito antigos, um casal que se conheceu por acaso num momento oportuno, e que por um único acontecimento viveu para contar muitas lembranças de superação e provas. Graças a este acontecimento escrevo este texto, esta carta, digo ao endereçado que leia com as portas do Imaginar abertas, tentarei descrever vida com as palavras...
- Sei que se eu começasse a falar de repente que acordei no meu mundo feliz e satisfeito você não entenderia, não saberia o que aconteceu para que isso fosse possível. As pessoas nos dias de hoje acreditam somente no que podem ver e tocar, o tal cético... acho que consequentemente as pessoas se subdividiram por valores do que podem ver e tocar. Dá impressão que ninguém vale muita coisa. Mas quando conhecemos alguém, notamos suas características, virtudes e defeitos, enfim. O vínculo muda o valor das pessoas no nosso subconsciente e, automaticamente, nossa forma de enxergá-la. Seja isso bom ou ruim.
Depois daquele pensamento ouvi por alguns instantes o universo acontecendo à minha volta, a chuva caindo, o mundo girando, eu escrevendo. Podia parecer louco mas eu sabia o que estava produzindo e eram somente meus pensamentos.
- Houve um dia que conheci uma pessoa, todos os dias estamos sujeitos a conhecer alguém novo à todo momento. Mas, sabe, as pessoas que cruzam nosso caminho mudam nosso trajeto na vida como uma ondulação no lago onde repousa um frágil barco de papel. Acontece que nada acontece sem um propósito e razão.
Notei que naquele momento descobri uma forma para permitir que o meu possível alter-ego falasse ao mesmo tempo que eu, de alguma forma, conseguíamos nos comunicar. A história estava ficando interessante.
- Durante muito tempo, digamos encarnei, em vários corpos e desta vez, um menino poeta, me fez notar coisas interessantes e diferentes quais eu realmente só poderia encontrar nestes dias. Não sei se consigo dizer o que aprendi de uma forma geral em apenas um parágrafo, mas me mudou mais do que todo o tempo que vivi antes.
Pareceu estranho, eu era jovem, não havia vivido tanto tempo. Pensei que a história vista de fora poderia parecer uma loucura, e seria mesmo, e a mim restaria apenas boas risadas. Gargalhadas de silêncio que meu pensar expressaria sem reação para esconder ao menos uma úncia gota da aparente sanidade. Eu me sentia um louco com aquela ideia de poder me comunicar com outra parte de mim, mas estava curioso e fui tomado e levado pela solidão, pelo silêncio, pelo som da chuva...
-...e foi um encontro que preparou o meu espírito para a próxima viagem, foi uma colisão, e quando dizemos adeus um ao outro coisas novas e diferentes passaram a acontecer, eu vi outras coisas, vivi em outros lugares e agora conto com outras lembranças. Faz tudo parte de um aprendizado para entender algo, para chegar a uma linha de raciocínio para conseguir Ser algo.
Eu sabia o que estava falando não era besteira eu realmente pensava assim, mas a forma como o estava fazendo estava confundindo até a mim mesmo. Não. Sei o que estou fazendo não estou confuso. Apenas ainda saboreio com dúvida as últimas gotas da ideia de isso não ser possível, acreditar que ainda posso ser normal. Penso o quê de interessante encontrariam ao ler este pensamento que me sentei para escrever e guardar. Penso no que pode-se entender de tudo isso que faço. Não sei se devo me sentir louco...
- Poderia dizer muitas coisas sobre a vida, coisas sábias. Mas prefiro não dizer nada, sabe? Porque a vida não precisa ser explicada e nem resumida, não vou te dizer como não errar em alguma situação ou passagem da vida, acredito que quem procura a evolução vai amadurecer de acordo com os próprios erros. O universo não te prejudica, seria tolice, pois você faz parte dele. Coisas acontecem para que seu espírito tenha vibrações que certamente farão parte de uma cadeia de acontecimentos, para que no fim tenhamos evolução. Não é difícil é lógico cheguei aqui penso assim.
Não sabia em algumas partes se quem estava falando era Sallut ou era eu, sabia que éramos o mesmo mas ainda assim parecia confuso. Eu estava escrevendo os meus pensamentos.
- Não sei se deveria dizer tanto, acho que já disse muito, mais poderia ser insuficiente. Por isso preste atenção nas coisas que acontecem, nas coisas que lê, nas coisas que sente. As coisas acontecem de forma inevitável mas o que acontece depende de cada um. Este que fala é quem pode sorrir, pode sonhar, pode viver e certamente está livre... este que escreve parte na escura noite com chuva ecoando um sorriso."
Sallut
28.10.2012
Gostaria de escrever um desabafo, mas sei que fazendo assim não conseguirei um escrito que me eleve à algo, quero criar uma história. Uma que não tenha a ver com o que estou sentindo neste momento, uma que a chuva pode me contar enquanto cai me contemplando com o seu próprio som. O som da chuva de verão.
"Esta é uma história que veio para falar especificamente de um casal em tempos muito antigos, um casal que se conheceu por acaso num momento oportuno, e que por um único acontecimento viveu para contar muitas lembranças de superação e provas. Graças a este acontecimento escrevo este texto, esta carta, digo ao endereçado que leia com as portas do Imaginar abertas, tentarei descrever vida com as palavras...
- Sei que se eu começasse a falar de repente que acordei no meu mundo feliz e satisfeito você não entenderia, não saberia o que aconteceu para que isso fosse possível. As pessoas nos dias de hoje acreditam somente no que podem ver e tocar, o tal cético... acho que consequentemente as pessoas se subdividiram por valores do que podem ver e tocar. Dá impressão que ninguém vale muita coisa. Mas quando conhecemos alguém, notamos suas características, virtudes e defeitos, enfim. O vínculo muda o valor das pessoas no nosso subconsciente e, automaticamente, nossa forma de enxergá-la. Seja isso bom ou ruim.
Depois daquele pensamento ouvi por alguns instantes o universo acontecendo à minha volta, a chuva caindo, o mundo girando, eu escrevendo. Podia parecer louco mas eu sabia o que estava produzindo e eram somente meus pensamentos.
- Houve um dia que conheci uma pessoa, todos os dias estamos sujeitos a conhecer alguém novo à todo momento. Mas, sabe, as pessoas que cruzam nosso caminho mudam nosso trajeto na vida como uma ondulação no lago onde repousa um frágil barco de papel. Acontece que nada acontece sem um propósito e razão.
Notei que naquele momento descobri uma forma para permitir que o meu possível alter-ego falasse ao mesmo tempo que eu, de alguma forma, conseguíamos nos comunicar. A história estava ficando interessante.
- Durante muito tempo, digamos encarnei, em vários corpos e desta vez, um menino poeta, me fez notar coisas interessantes e diferentes quais eu realmente só poderia encontrar nestes dias. Não sei se consigo dizer o que aprendi de uma forma geral em apenas um parágrafo, mas me mudou mais do que todo o tempo que vivi antes.
Pareceu estranho, eu era jovem, não havia vivido tanto tempo. Pensei que a história vista de fora poderia parecer uma loucura, e seria mesmo, e a mim restaria apenas boas risadas. Gargalhadas de silêncio que meu pensar expressaria sem reação para esconder ao menos uma úncia gota da aparente sanidade. Eu me sentia um louco com aquela ideia de poder me comunicar com outra parte de mim, mas estava curioso e fui tomado e levado pela solidão, pelo silêncio, pelo som da chuva...
-...e foi um encontro que preparou o meu espírito para a próxima viagem, foi uma colisão, e quando dizemos adeus um ao outro coisas novas e diferentes passaram a acontecer, eu vi outras coisas, vivi em outros lugares e agora conto com outras lembranças. Faz tudo parte de um aprendizado para entender algo, para chegar a uma linha de raciocínio para conseguir Ser algo.
Eu sabia o que estava falando não era besteira eu realmente pensava assim, mas a forma como o estava fazendo estava confundindo até a mim mesmo. Não. Sei o que estou fazendo não estou confuso. Apenas ainda saboreio com dúvida as últimas gotas da ideia de isso não ser possível, acreditar que ainda posso ser normal. Penso o quê de interessante encontrariam ao ler este pensamento que me sentei para escrever e guardar. Penso no que pode-se entender de tudo isso que faço. Não sei se devo me sentir louco...
- Poderia dizer muitas coisas sobre a vida, coisas sábias. Mas prefiro não dizer nada, sabe? Porque a vida não precisa ser explicada e nem resumida, não vou te dizer como não errar em alguma situação ou passagem da vida, acredito que quem procura a evolução vai amadurecer de acordo com os próprios erros. O universo não te prejudica, seria tolice, pois você faz parte dele. Coisas acontecem para que seu espírito tenha vibrações que certamente farão parte de uma cadeia de acontecimentos, para que no fim tenhamos evolução. Não é difícil é lógico cheguei aqui penso assim.
Não sabia em algumas partes se quem estava falando era Sallut ou era eu, sabia que éramos o mesmo mas ainda assim parecia confuso. Eu estava escrevendo os meus pensamentos.
- Não sei se deveria dizer tanto, acho que já disse muito, mais poderia ser insuficiente. Por isso preste atenção nas coisas que acontecem, nas coisas que lê, nas coisas que sente. As coisas acontecem de forma inevitável mas o que acontece depende de cada um. Este que fala é quem pode sorrir, pode sonhar, pode viver e certamente está livre... este que escreve parte na escura noite com chuva ecoando um sorriso."
Sallut
28.10.2012
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Para não passar despercebido.
Hoje sou o desconhecido,
Hoje sou o mistério que está oculto,
Hoje sou o pensamento que não foi escrito,
Hoje sou a metáfora que não foi entendida,
Hoje sou o Poeta que não sofreu, nem sorriu
Hoje sou o vento que nunca soprou,
Hoje sou a nuvem que jamais pairou,
Hoje sou o amor que jamais morreu, sequer existiu
Hoje sou a lágrima que nunca escorreu
Hoje sou eu disfarçado de mim mesmo para confundir,
Hoje não uso máscaras,
Hoje sou confuso.
Hoje sou a sombra que te persegue,
Hoje sou os passos que te rodeiam,
Hoje sou o ruído que te assombra,
Hoje sou o pesadelo que te cerca e amedronta,
Hoje sou a ponte que você nunca irá atravessar,
Hoje sou o campo que você nunca vai explorar,
Hoje sou o coração que nunca ninguém terá posse,
Hoje sou o amante da dor e fiel ao amor,
Hoje sou um Corvo que trás notícias,
Hoje sou a coceira que te incomoda,
Hoje sou aquela leitura que você não entende,
Hoje sou a presença que te conforta,
Hoje sou a lembrança que você nunca esqueceu,
Hoje sou aquele que você odeia por ter amado, se entregado
Hoje sou a música que te desconecta do mundo,
Hoje sou a vida que te trás ao mundo,
Hoje sou o sono que te descansa, mas também o clarear que te desperta
Hoje sou a prova que você não soube amar,
Hoje sou prova que você amou, apesar disto
Hoje não digo nada, mas digo tudo isso mesmo que não fazendo sentido... para você... porque hoje, para você, sou Sallut.
Sallut
24.10.2012
Hoje sou o mistério que está oculto,
Hoje sou o pensamento que não foi escrito,
Hoje sou a metáfora que não foi entendida,
Hoje sou o Poeta que não sofreu, nem sorriu
Hoje sou o vento que nunca soprou,
Hoje sou a nuvem que jamais pairou,
Hoje sou o amor que jamais morreu, sequer existiu
Hoje sou a lágrima que nunca escorreu
Hoje sou eu disfarçado de mim mesmo para confundir,
Hoje não uso máscaras,
Hoje sou confuso.
Hoje sou a sombra que te persegue,
Hoje sou os passos que te rodeiam,
Hoje sou o ruído que te assombra,
Hoje sou o pesadelo que te cerca e amedronta,
Hoje sou a ponte que você nunca irá atravessar,
Hoje sou o campo que você nunca vai explorar,
Hoje sou o coração que nunca ninguém terá posse,
Hoje sou o amante da dor e fiel ao amor,
Hoje sou um Corvo que trás notícias,
Hoje sou a coceira que te incomoda,
Hoje sou aquela leitura que você não entende,
Hoje sou a presença que te conforta,
Hoje sou a lembrança que você nunca esqueceu,
Hoje sou aquele que você odeia por ter amado, se entregado
Hoje sou a música que te desconecta do mundo,
Hoje sou a vida que te trás ao mundo,
Hoje sou o sono que te descansa, mas também o clarear que te desperta
Hoje sou a prova que você não soube amar,
Hoje sou prova que você amou, apesar disto
Hoje não digo nada, mas digo tudo isso mesmo que não fazendo sentido... para você... porque hoje, para você, sou Sallut.
Sallut
24.10.2012
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
O Despertar. [2]
Naquela manhã de sexta-feira lembro que acordei um pouco atordoado, despertei de um pesadelo que não me lembro muito bem, um que não permitiu que eu pregasse o sono sequer um minuto. Pra falar a verdade as últimas noites têm sido assim, sem sono. Me sinto exausto como se não tivesse dormido de ontem para hoje, isso está me matando.
Tive um sonho estranho, lá encontrei uma amiga e conversávamos no sofá da sala de minha casa, meu pai chega e começa a dizer coisas pra ela sobre mim. Eu grito com ele. Sou expulso de casa e minhas últimas lembranças sobre isso é que gritei dentro daquele sonho, gritei com todas as minhas forças o mais alto que eu conseguia, mesmo que eu não pudesse ouvir um ruído sequer da minha voz eu podia sentir. Eu gritei para expulsar alguma coisa de dentro de mim, para me livrar, mas acho que não consegui. Levantei antes que o despertador tocasse.
Acordei com uma sensação estranha, com o estômago ruim, e com os pensamentos embaralhados. Me levantei e fui preparar um capuccino quente ao leite, algo para mastigar. Me sentei diante do computador e fiz minha refeição esperando que a inspiração surgisse meio a esse silêncio, veja só.
Não sei o que está acontecendo comigo, me sinto estranho. Hoje é um dia importante.
Eu gostaria de poder entender mais sobre o psicológico humano, mais sobre eu mesmo. Talvez um dia eu consiga entender como já fiz com muitos, quem sabe um dia...
Sallut
19.10.2012
Tive um sonho estranho, lá encontrei uma amiga e conversávamos no sofá da sala de minha casa, meu pai chega e começa a dizer coisas pra ela sobre mim. Eu grito com ele. Sou expulso de casa e minhas últimas lembranças sobre isso é que gritei dentro daquele sonho, gritei com todas as minhas forças o mais alto que eu conseguia, mesmo que eu não pudesse ouvir um ruído sequer da minha voz eu podia sentir. Eu gritei para expulsar alguma coisa de dentro de mim, para me livrar, mas acho que não consegui. Levantei antes que o despertador tocasse.
Acordei com uma sensação estranha, com o estômago ruim, e com os pensamentos embaralhados. Me levantei e fui preparar um capuccino quente ao leite, algo para mastigar. Me sentei diante do computador e fiz minha refeição esperando que a inspiração surgisse meio a esse silêncio, veja só.
Não sei o que está acontecendo comigo, me sinto estranho. Hoje é um dia importante.
Eu gostaria de poder entender mais sobre o psicológico humano, mais sobre eu mesmo. Talvez um dia eu consiga entender como já fiz com muitos, quem sabe um dia...
Sallut
19.10.2012
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
O Despertar
Não sei. É isso.
Acordei pela manhã perdido e confuso. Meus olhos se abriram lentamente e a primeira coisa que vi foi o brilho do Sol nascendo bem na minha frente, estava sentado de frente para uma janela que dava para um campo enorme cheio daquele verde vívido. Não entendi muito bem achei que tinha adormecido, não me lembro quando e nem onde, mas aqui estou. Olhei em voltar e vi que estava em um quarto simples e pequeno, havia um quadro na parede à minha direita e uma cama, só. Sentado na cama havia um homem de cabelos grisalhos com um olhar fixo em mim, quando o notei abriu-se um sorriso doce e gentil em sua face. Olhei em seus olhos e me senti como se aquele olhar me conhecesse há muito muito tempo, mas não me recordava. O sorriso que me surgiu logo em seguida retribuiu-se sem que eu ao menos tivesse intenção. Ele não disse nada. Ficamos alguns minutos ali sentados enquanto observava o campo, ouvi ele se levantar e caminhar até meu lado pousando sua mão direita sob meu ombro esquerdo. Quando sua mão me tocou senti segurança, conforto, confiança. Naquele momento o olhei nos olhos e senti que nos entendíamos e que ele sabia o que eu era e o que estava sentindo naquele momento.
Antes de dizer qualquer coisa comecei a chorar descontroladamente. Soluçava enquanto tentava respirar de uma forma que não me engasgasse com as lágrimas. Nem sabia o porquê de estar chorando, apenas sentia as lágrimas escorrendo como um banho encharcando todo a minha camiseta.
- Não se preocupe em chorar, não se preocupe em parecer fraco. _disse com um tom calmo e reconfortante, sua voz fez meu choro cessar como se me desse a resposta ou a verdade que me libertara do motivo de continuar chorando.
Fiquei em silêncio apenas tentei acompanhar e compreender aquele momento.
- Você sabe o que está fazendo aqui hoje? _agachou-se do meu lado ainda com a mão em meu ombro. - Você está aqui hoje para mudar o mundo...
O olhei fixamente desesperado, assustado.
- ...e você pode chorar a vontade. _abriu um sorriso largo e divertido, espontâneo.
Como imediato ou ordem meus olhos se encharcaram de lágrimas e voltei a soluçar em prantos. Levava minhas mãos aos olhos tentando impedir ou fazer que aquilo parasse mas não adiantava, eram só lágrimas sem motivos que escorriam desesperadamente sem nenhum controle.
Aquele homem agachado ao meu lado apenas sorria.
Depois de alguns minutos quando finalmente consegui reunir forças para dar vida a minha voz, enxuguei meu rosto, circulei um pouco de ar e disse.
- Eu posso entender agora... _naquele instante sorri, foi tudo o que pude fazer antes das lágrimas começarem a escorrer incessavelmente de novo.
O homem levantou-se e deu dois tapinhas no meu ombro, admirou junto comigo por mais alguns minutos a paisagem e foi se guiando para fora do quarto em passos lentos e tranquilos. Quando chegou até a porta parou antes de sair, provavelmente me observava, senti uma sensação de alívio e parei de chorar. Olhei para trás e o vi sorrindo, observei fixamente em seus olhos enquanto fechava a porta e sua imagem era cortada e o êxtase me prende ao momento, a lembrança...
Talvez você não entenda,
talvez prefira não entender. Mas uma coisa é certa,
um dia saberá do que estou falando.
Sallut
17.10.2012
Acordei pela manhã perdido e confuso. Meus olhos se abriram lentamente e a primeira coisa que vi foi o brilho do Sol nascendo bem na minha frente, estava sentado de frente para uma janela que dava para um campo enorme cheio daquele verde vívido. Não entendi muito bem achei que tinha adormecido, não me lembro quando e nem onde, mas aqui estou. Olhei em voltar e vi que estava em um quarto simples e pequeno, havia um quadro na parede à minha direita e uma cama, só. Sentado na cama havia um homem de cabelos grisalhos com um olhar fixo em mim, quando o notei abriu-se um sorriso doce e gentil em sua face. Olhei em seus olhos e me senti como se aquele olhar me conhecesse há muito muito tempo, mas não me recordava. O sorriso que me surgiu logo em seguida retribuiu-se sem que eu ao menos tivesse intenção. Ele não disse nada. Ficamos alguns minutos ali sentados enquanto observava o campo, ouvi ele se levantar e caminhar até meu lado pousando sua mão direita sob meu ombro esquerdo. Quando sua mão me tocou senti segurança, conforto, confiança. Naquele momento o olhei nos olhos e senti que nos entendíamos e que ele sabia o que eu era e o que estava sentindo naquele momento.
Antes de dizer qualquer coisa comecei a chorar descontroladamente. Soluçava enquanto tentava respirar de uma forma que não me engasgasse com as lágrimas. Nem sabia o porquê de estar chorando, apenas sentia as lágrimas escorrendo como um banho encharcando todo a minha camiseta.
- Não se preocupe em chorar, não se preocupe em parecer fraco. _disse com um tom calmo e reconfortante, sua voz fez meu choro cessar como se me desse a resposta ou a verdade que me libertara do motivo de continuar chorando.
Fiquei em silêncio apenas tentei acompanhar e compreender aquele momento.
- Você sabe o que está fazendo aqui hoje? _agachou-se do meu lado ainda com a mão em meu ombro. - Você está aqui hoje para mudar o mundo...
O olhei fixamente desesperado, assustado.
- ...e você pode chorar a vontade. _abriu um sorriso largo e divertido, espontâneo.
Como imediato ou ordem meus olhos se encharcaram de lágrimas e voltei a soluçar em prantos. Levava minhas mãos aos olhos tentando impedir ou fazer que aquilo parasse mas não adiantava, eram só lágrimas sem motivos que escorriam desesperadamente sem nenhum controle.
Aquele homem agachado ao meu lado apenas sorria.
Depois de alguns minutos quando finalmente consegui reunir forças para dar vida a minha voz, enxuguei meu rosto, circulei um pouco de ar e disse.
- Eu posso entender agora... _naquele instante sorri, foi tudo o que pude fazer antes das lágrimas começarem a escorrer incessavelmente de novo.
O homem levantou-se e deu dois tapinhas no meu ombro, admirou junto comigo por mais alguns minutos a paisagem e foi se guiando para fora do quarto em passos lentos e tranquilos. Quando chegou até a porta parou antes de sair, provavelmente me observava, senti uma sensação de alívio e parei de chorar. Olhei para trás e o vi sorrindo, observei fixamente em seus olhos enquanto fechava a porta e sua imagem era cortada e o êxtase me prende ao momento, a lembrança...
Talvez você não entenda,
talvez prefira não entender. Mas uma coisa é certa,
um dia saberá do que estou falando.
Sallut
17.10.2012
O Livro Dos Espíritos. A. Kardec
Já há muito tempo tenho parado por breves instantes para observar minhas mãos, a realidade, o presente. Sentir minha existência viva enquanto toco minhas mãos e respiro fundo. Isso tem uma causa que se deu há muitos anos atrás... vim falar de um filme que fala de um livro, O Livro dos Espíritos.
Hoje algo foi construído dentro de mim, meu espírito sente como se uma nova semente acabasse de pousar sob Terras férteis de meu jovem interior. Estou prestes a entender coisas novas, ver a vida por outra face. Estou mudando meu pensamento. Posso notar pois posso sentir, isto é real. Sallut é real.
A vida está em constante evolução, mas é um processo gradual que pode demorar de um dia até uma vida inteira, cada um sofre e goza aquilo que plantou, pois Deus, é, de forma absoluta, justo e bondoso.
Ainda assim existem aqueles que negam sua existência... então olhe para o mar, para as montanhas. Repare nas rochas, estas ondas. Olhe as nuvens pairando pelo céu, feche os olhos filho... sente o vento? Ele é real. É pela obra que se conhece o autor...
Talvez hoje eu ainda não consiga alcançar as palavras certas, talvez eu não esteja falando da forma que vai realmente mudar alguma coisa. Mas este... vai mudar muita coisa.
"...nossa casa cheia de lembranças eternas que nunca jamais se perderiam no tempo, narrador de histórias, vidas. Não sabíamos do próximo dia, não sabia o que me esperava. Mas naquela noite apenas as notas suaves que a vitrola cantava de uma antiga orquestra nos guiou e nos preencheu aquele momento, a abracei com um toque delicado e apaixonado e apoiei minha cabeça contra a sua de olhos fechados, nossos passos deslizavam pelo chão da sala enquanto risos conformados se escondiam meio àquele nosso último momento. A sensação que oscilou dentro de mim enquanto dançava abraçado a ela não consigo descrever, nem quero. Pois as palavras limitariam muito o que o meu espírito faz questão que permaneça um mistério, pois o Amor que senti naquela noite continuou vivo dentro de mim mesmo depois da própria vida ter se desligado do meu corpo no próximo dia. Sinto tê-la deixado só na estrada da vida, mas assim como eu hoje você um dia também estará pronta. E será nesse amanhecer que estaremos juntos novamente."
- ...ainda me ama? _sua voz surgiu como uma lembrança que me fez sorrir por dentro.
- Para sempre... _guardei as duas alianças dentro daquele buquê de flores e parti sem olhar para trás.
Enquanto caminhava para fora dali encontrei uma mulher toda de preto, com certeza estava de luto, debruçada em lágrimas sobre um túmulo. Me aproximei dela e abri o livro diante de seu sofrimento, e na capa escrevi um lembrete para atiçá-la a entrar pela porta que um dia tive que tomar a decisão se entraria ou não. Entreguei o livro em suas mãos e segui minha caminhada...
Este livro mudou minha vida... André Luiz, O livro Dos Espíritos. Alan Kardec.
Sallut
17.10.2012
Hoje algo foi construído dentro de mim, meu espírito sente como se uma nova semente acabasse de pousar sob Terras férteis de meu jovem interior. Estou prestes a entender coisas novas, ver a vida por outra face. Estou mudando meu pensamento. Posso notar pois posso sentir, isto é real. Sallut é real.
A vida está em constante evolução, mas é um processo gradual que pode demorar de um dia até uma vida inteira, cada um sofre e goza aquilo que plantou, pois Deus, é, de forma absoluta, justo e bondoso.
Ainda assim existem aqueles que negam sua existência... então olhe para o mar, para as montanhas. Repare nas rochas, estas ondas. Olhe as nuvens pairando pelo céu, feche os olhos filho... sente o vento? Ele é real. É pela obra que se conhece o autor...
Talvez hoje eu ainda não consiga alcançar as palavras certas, talvez eu não esteja falando da forma que vai realmente mudar alguma coisa. Mas este... vai mudar muita coisa.
"...nossa casa cheia de lembranças eternas que nunca jamais se perderiam no tempo, narrador de histórias, vidas. Não sabíamos do próximo dia, não sabia o que me esperava. Mas naquela noite apenas as notas suaves que a vitrola cantava de uma antiga orquestra nos guiou e nos preencheu aquele momento, a abracei com um toque delicado e apaixonado e apoiei minha cabeça contra a sua de olhos fechados, nossos passos deslizavam pelo chão da sala enquanto risos conformados se escondiam meio àquele nosso último momento. A sensação que oscilou dentro de mim enquanto dançava abraçado a ela não consigo descrever, nem quero. Pois as palavras limitariam muito o que o meu espírito faz questão que permaneça um mistério, pois o Amor que senti naquela noite continuou vivo dentro de mim mesmo depois da própria vida ter se desligado do meu corpo no próximo dia. Sinto tê-la deixado só na estrada da vida, mas assim como eu hoje você um dia também estará pronta. E será nesse amanhecer que estaremos juntos novamente."
- ...ainda me ama? _sua voz surgiu como uma lembrança que me fez sorrir por dentro.
- Para sempre... _guardei as duas alianças dentro daquele buquê de flores e parti sem olhar para trás.
Enquanto caminhava para fora dali encontrei uma mulher toda de preto, com certeza estava de luto, debruçada em lágrimas sobre um túmulo. Me aproximei dela e abri o livro diante de seu sofrimento, e na capa escrevi um lembrete para atiçá-la a entrar pela porta que um dia tive que tomar a decisão se entraria ou não. Entreguei o livro em suas mãos e segui minha caminhada...
Este livro mudou minha vida... André Luiz, O livro Dos Espíritos. Alan Kardec.
Sallut
17.10.2012
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Boa Noite. [3] Malkavian.
Estou sentado numa cadeira, sinto meus pés submersos na água gelada que agora chega até meus joelhos. Meus cabelos estão mais longos que da última vez em que acordei aqui, parece que algo está escorrendo por minha face, é suor... não, é sangue. Posso sentir o gosto do ferro que constitui o meu sangue nos lábios, mas esse sabor... este sangue não é meu. Olho para o alto e enxergo uma lâmpada nua que me iluminava meio aquela escuridão. Aquela luz embaçada fez arder meus olhos, sinto minha pele arder. Sinto fome.
Mais daquele sangue escorre pelo meu rosto e tento lamber o máximo que posso, por incrível que pareça aquele gosto saciava algum desejo desconhecido dentro de mim. O gosto de sangue.
Não sei há quanto tempo estou aqui e nem imagino quanto mais devo ficar, sei que estou faminto, louco completamente desprovido de sanidade. Hoje, aqui, agora, sou Malkaviano.
Meus pensamentos são tantos que não consigo dar nome as quatro paredes que trancam minha loucura na escuridão, no silencioso, no quase inexistente. Só.
As vezes enquanto gargalho relembrando algo intensamente triste, um erro, paro e penso nessa minha existência vaga, então choro. Lágrimas negras que pingam na água e, como uma goteira no meio do silêncio, só ouço minhas lágrimas respingando. Agora entendo, vê também? Malkaviano.
Este sou eu...
Eu poderia dizer mais sobre esse novo eu, mas algo mais precisa ser dito antes...
Sallut
15.10.2012
Mais daquele sangue escorre pelo meu rosto e tento lamber o máximo que posso, por incrível que pareça aquele gosto saciava algum desejo desconhecido dentro de mim. O gosto de sangue.
Não sei há quanto tempo estou aqui e nem imagino quanto mais devo ficar, sei que estou faminto, louco completamente desprovido de sanidade. Hoje, aqui, agora, sou Malkaviano.
Meus pensamentos são tantos que não consigo dar nome as quatro paredes que trancam minha loucura na escuridão, no silencioso, no quase inexistente. Só.
As vezes enquanto gargalho relembrando algo intensamente triste, um erro, paro e penso nessa minha existência vaga, então choro. Lágrimas negras que pingam na água e, como uma goteira no meio do silêncio, só ouço minhas lágrimas respingando. Agora entendo, vê também? Malkaviano.
Este sou eu...
Eu poderia dizer mais sobre esse novo eu, mas algo mais precisa ser dito antes...
Sallut
15.10.2012
domingo, 14 de outubro de 2012
Fazer o necessário.
Gosto de viver o Eterno mesmo que um dia acabe
gosto de conversar, provocar risos
gosto de confortar as pessoas com minhas palavras.
Sou uma pessoa diferente em um detalhe pequeno
não é que me vejo poeta, nem nada especial
Apenas meus pensamentos que tento escrever
traduzi-los.
Nunca os entendo, é tudo um segredo
que a própria vida desvenda enquanto muda minha filosofia
Meu jeito de pensar.
Numa tarde de Domingo eu posso entender
sinto a saudade, sinto o amor...
sinto o vazio que anseio a preencher.
Paro pra sentir sangrar uma certa ferida
faço o sangue jorrar, esguichar
Sinto minha vida esvaindo pelas veias enquanto vejo suas fotos
enquanto lembro da sua presença, enquanto sinto saudade disso tudo.
Aí penso que só quero preencher o vazio, mais nada
As pessoas a minha volta conseguem fazê-lo com tamanha facilidade
e eu continuo num solitário silencioso cheio de vazio.
No sozinho, no silêncio com vazio. Sou eu.
Sei que sou um covarde por não fazer as coisas como deveriam ser feitas
Uma conversa a olhando nos olhos talvez mudasse tudo, mas essa conversa nunca existiu.
Eu não aguento mais dizer de formas diferentes que continuo te amando
mesmo longe, mesmo sozinho. Mesmo sem você.
É uma tortura.
Posso ver que as coisas continuam acontecendo aqui, aí
e em todo lugar. O tempo não para.
E se eu fechar os olhos posso sentir o meu coração batendo
Trancafiado, esquecido por necessidade
Superado.
Posso senti-lo inundado, talvez afogado em suas próprias lágrimas
Encharcado de sofrer.
Se eu fechar os olhos posso imaginá-la aí onde está
com aquele sorriso formidavelmente único e diferente,
se eu por um instante concentrar o meu olhar num lugar vago
É de você que vou lembrar, é em você que vou pensar
Mesmo que lute com todas as minhas forças contra isto
Contra estes pensamentos, contra você ainda dentro de mim.
Queria exterminá-la de mim,
e pelo resto da vida seguir como se nunca tivesse te conhecido.
É um desejo ingênuo e imaturo, um desejo desesperado para deixar de sentir
Mas não. Olhe como estou, observe a data e veja
Eu ainda sinto. Ainda amo.
Eu me lembro do primeiro dia deste ano, fiquei a observar a data por tanto tempo
Tinha você laçada em meus braços naquele dia, era diferente
Mas enquanto observava o relógio eu lembro,
sabia que este ano seria importante. Teria mudanças.
Sabe... no final das contas me vejo fraco, um tolo
Uma criança que se apaixonou e ainda sofre pelo óbvio de ter dado errado.
uma criança que cresce sofrendo às custas de um amor que já morreu,
E eu sei que escrever muda tudo, pensar muda tudo, ainda sentir muda tudo
Sei que estar aqui agora, neste dia, muda tudo.
E sei que
a noite pode durar o ano inteiro, eu admiro e me fascino pelo brilhar da Lua. Não tem problema.
Mas o Sol vai voltar a brilhar e iluminar a felicidade em meus olhos, ainda terei o gozo do ser feliz
Não quero estar feliz por breves momentos, viver a felicidade como um capítulo.
Sou o tipo de pessoa que prefere o solitário, o sofrimento,
sou o tipo de pessoa que encara a saudade como investimento
Sei que amor não machuca, não faz chorar
sei que amor é cura, é solução. O amor conjuga a paz.
É verdade o que dizem... de que vale a Felicidade do Poeta,
se o mesmo não superou a intensa tristeza?
Sallut
14.10.2012
gosto de conversar, provocar risos
gosto de confortar as pessoas com minhas palavras.
Sou uma pessoa diferente em um detalhe pequeno
não é que me vejo poeta, nem nada especial
Apenas meus pensamentos que tento escrever
traduzi-los.
Nunca os entendo, é tudo um segredo
que a própria vida desvenda enquanto muda minha filosofia
Meu jeito de pensar.
Numa tarde de Domingo eu posso entender
sinto a saudade, sinto o amor...
sinto o vazio que anseio a preencher.
Paro pra sentir sangrar uma certa ferida
faço o sangue jorrar, esguichar
Sinto minha vida esvaindo pelas veias enquanto vejo suas fotos
enquanto lembro da sua presença, enquanto sinto saudade disso tudo.
Aí penso que só quero preencher o vazio, mais nada
As pessoas a minha volta conseguem fazê-lo com tamanha facilidade
e eu continuo num solitário silencioso cheio de vazio.
No sozinho, no silêncio com vazio. Sou eu.
Sei que sou um covarde por não fazer as coisas como deveriam ser feitas
Uma conversa a olhando nos olhos talvez mudasse tudo, mas essa conversa nunca existiu.
Eu não aguento mais dizer de formas diferentes que continuo te amando
mesmo longe, mesmo sozinho. Mesmo sem você.
É uma tortura.
Posso ver que as coisas continuam acontecendo aqui, aí
e em todo lugar. O tempo não para.
E se eu fechar os olhos posso sentir o meu coração batendo
Trancafiado, esquecido por necessidade
Superado.
Posso senti-lo inundado, talvez afogado em suas próprias lágrimas
Encharcado de sofrer.
Se eu fechar os olhos posso imaginá-la aí onde está
com aquele sorriso formidavelmente único e diferente,
se eu por um instante concentrar o meu olhar num lugar vago
É de você que vou lembrar, é em você que vou pensar
Mesmo que lute com todas as minhas forças contra isto
Contra estes pensamentos, contra você ainda dentro de mim.
Queria exterminá-la de mim,
e pelo resto da vida seguir como se nunca tivesse te conhecido.
É um desejo ingênuo e imaturo, um desejo desesperado para deixar de sentir
Mas não. Olhe como estou, observe a data e veja
Eu ainda sinto. Ainda amo.
Eu me lembro do primeiro dia deste ano, fiquei a observar a data por tanto tempo
Tinha você laçada em meus braços naquele dia, era diferente
Mas enquanto observava o relógio eu lembro,
sabia que este ano seria importante. Teria mudanças.
Sabe... no final das contas me vejo fraco, um tolo
Uma criança que se apaixonou e ainda sofre pelo óbvio de ter dado errado.
uma criança que cresce sofrendo às custas de um amor que já morreu,
E eu sei que escrever muda tudo, pensar muda tudo, ainda sentir muda tudo
Sei que estar aqui agora, neste dia, muda tudo.
E sei que
a noite pode durar o ano inteiro, eu admiro e me fascino pelo brilhar da Lua. Não tem problema.
Mas o Sol vai voltar a brilhar e iluminar a felicidade em meus olhos, ainda terei o gozo do ser feliz
Não quero estar feliz por breves momentos, viver a felicidade como um capítulo.
Sou o tipo de pessoa que prefere o solitário, o sofrimento,
sou o tipo de pessoa que encara a saudade como investimento
Sei que amor não machuca, não faz chorar
sei que amor é cura, é solução. O amor conjuga a paz.
É verdade o que dizem... de que vale a Felicidade do Poeta,
se o mesmo não superou a intensa tristeza?
Sallut
14.10.2012
1 Dia antes da Morte.
Todas as manhãs vivo a mesma nostalgia de acordar e continuar minha vida. Observo até mesmo os meus pensamentos pacientes e silenciosos, meus olhares que tocam aqui e ali com cautela enquanto procuro entender o motivo desse novo dia. Raramente consigo me empolgar neste momento, na maioria das vezes me levanto e sinto vontade de voltar a dormir para sempre.
Dormir pode servir de remédio, pode amenizar talvez disfarçar mas ainda estará aqui quando você acordar pela manhã.
Não sei se foi no meu sonho, ultimamente tenho tido muitos quais eu não me lembro, ouvi que quando se quer mesmo uma coisa deseje-a em pensamento todas as manhãs que sua mente despertar do sono e isso vai atrair seu pensamento. Nesta manhã quando me levantei disse quero amar de verdade, ter um motivo para sorrir. Não tenho certeza se é mesmo isso, se é só isso, ou se isso poderia me tirar do cinza onde estou.
Estou confuso sobre aquele amor não sei se ainda vive dentro de mim. Queria ter certeza. Ela está longe mais distante ainda, dessa vez temo que fique assim por todo o resto do tempo. Ela não se importa.
Mas, sabe, adorei ter amado. Me entregado de coração, corpo e pensar.
Li assim: "Se quiser me ver ou falar comigo, venha você. Corra atrás. Você sabe onde me encontrar, tens o meu número, na verdade tens o meu coração. Então, se sentir falta estarei te esperando."
Tenho certeza que nunca mais vou voltar a ouvir o som da sua voz se depender de você, tudo bem, não importa... é como agora, sou como sou, mesmo que o tempo passe e meus pensamentos se confundam entre o amor e o ódio voltarei até aqui e tentarei me inspirar a escrever sobre algo, neste momento tudo que me inspira é você.
Mesmo assim, mesmo longe...
Sallut
14.10.2012
Dormir pode servir de remédio, pode amenizar talvez disfarçar mas ainda estará aqui quando você acordar pela manhã.
Não sei se foi no meu sonho, ultimamente tenho tido muitos quais eu não me lembro, ouvi que quando se quer mesmo uma coisa deseje-a em pensamento todas as manhãs que sua mente despertar do sono e isso vai atrair seu pensamento. Nesta manhã quando me levantei disse quero amar de verdade, ter um motivo para sorrir. Não tenho certeza se é mesmo isso, se é só isso, ou se isso poderia me tirar do cinza onde estou.
Estou confuso sobre aquele amor não sei se ainda vive dentro de mim. Queria ter certeza. Ela está longe mais distante ainda, dessa vez temo que fique assim por todo o resto do tempo. Ela não se importa.
Mas, sabe, adorei ter amado. Me entregado de coração, corpo e pensar.
Li assim: "Se quiser me ver ou falar comigo, venha você. Corra atrás. Você sabe onde me encontrar, tens o meu número, na verdade tens o meu coração. Então, se sentir falta estarei te esperando."
Tenho certeza que nunca mais vou voltar a ouvir o som da sua voz se depender de você, tudo bem, não importa... é como agora, sou como sou, mesmo que o tempo passe e meus pensamentos se confundam entre o amor e o ódio voltarei até aqui e tentarei me inspirar a escrever sobre algo, neste momento tudo que me inspira é você.
Mesmo assim, mesmo longe...
Sallut
14.10.2012
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Tomorrow Comes Today.
Tudo bem, vamos lá...
Pude ver um campo simplesmente enorme, havia uma trilha do lado esquerdo que contornava todo aquele maravilhoso pomar frutífero de rosas e plantas, árvores, folhas, insetos... joaninhas com asas vermelhas e pintas brancas que podiam ser vistas claramente, eu enxergava. Por um momento achei estar dentro daquele campo observando atentamente de perto cada inseto a cada detalhe, mas estava na trilha e novamente olhava para meus pés calçados de botas que estavam sujas de barro. Botas aparentemente resistentes, podia ver proteções nos tornozelos de ferro. Olho ao meu redor, havia algumas árvores, não enxergava prédios nem casas, nem pessoas, era um lugar onde só havia o natural erguido da vida. E eu estava lá.
Dei meu primeiro passo e me senti diferente, como se o solo do lugar tivesse tomado parte da química que compõe o meu corpo. Me senti parte daquele campo, e então caminhei a passos largos e confiantes. Observava o lugar com esplendor a cada olhar, não conseguia nem sequer ouvir meus pensamentos, somente meu olhar dominado pela curiosidade e ansiedade. Não precisava de outra pessoa para saber que meus olhos brilhavam.
Caminhei até chegar a um lago. Era um lago grande um tanto profundo rodeado de árvores, assim que observei a paisagem ganhei a presença de uma moça sentada na beira da água do outro lado, escondida nas sombras de uma mangueira simplesmente única. Havia mangas penduradas a galhos finos que sustentavam enormes frutos com leveza facilidade. E ela sentada ali observava a água como pensativa, naquele instante me desafiei a adivinhar seus pensamentos, sorri. Me aproximei do lago e ela nota minha presença, me observa durante alguns instantes atônita. Sentei numas das raízes grossas que saltavam da Terra de uma enorme Laranjeira e a observei. Naquele momento fixamos nossos olhares e ficamos nos olhando até que ela se dispõe a caminhar pela beira do lago espreitando às folhas secas que ouvia mesmo de longe. Em poucos segundos a perco de vista, mas ainda ouvia seus passos guiando-a por um mar de verde vivo brotado da Terra. Seus passos a entregam e a noto surgindo de uma possível trilha atrás de mim, segurando o vestido branco que usava com a mão esquerda para que não se arrastasse no chão. Surgiu com um olhar curioso disposta a conseguir qualquer coisa.
- Olá... _me fitou da cabeça aos pés e depois me olhou séria nos olhos.
- Olá. _receoso.
- O que faz aqui?
- Descobri um lugar para sentar e pensar em paz num lugar que me agrada o espírito.
- Esse jeito de falar... _me olhou desconfiada e calou-se.
- O que? Estranho?
- Não... _deixou a completar.
Olhei para o lago e fiquei pensando no que poderia ser este pensamento, sabia que estava-o escrevendo e naquele momento, neste momento, posso saber quem sou eu.
- É diferente. _disse e sua voz me despertou de um devaneio enquanto pensava.
- Já ouvi isso antes.
- Você parece jovem, quantos anos tem? _disse como se já fosse moça com idade o suficiente para me ver como garoto.
- Não importa, acho melhor que você me conheça pelo caráter além de tudo.
Nossos olhares se cruzaram e não pude pensar em nada enquanto a olhava. Apenas sentia algo dentro de mim se rachando e ficando muito quente. Não souber interpretar direito, sequer expressar.
Sentou-me do meu lado e compartilhou o silêncio comigo.
No mesmo momento pensei que nunca havia feito isso com ninguém, compartilhar o silêncio. Os pensamentos mesmo que calados, ocultos. Saber que apenas pensamentos silenciosos e nos contentar com isto, com a presença. E só.
- Me chamo Sallut... _disse depois de longos minutos calado.
- Sou Cristina, você se lembra?
- Sim, eu li. Me lembro perfeitamente.
- Então você é Sallut... _disse contemplando o fato que aparentemente a comovia.
- Sim, sou eu. Você por acaso sabe de algo sobre mim que eu não saiba?
- Talvez eu tenha ouvido falar... _disse pouco como se não pudesse revelar muito.
- Sei... _olhei novamente ao lago...
Sei que estou num sonho, um Imagine, sei que posso fazê-lo e que preciso. Pois posso escrever e isso é ótimo, me ressuscita, me trás vida, me rega o espírito de uma forma que as palavras simplesmente não podem explicar. E eu digo isso de olhos fechados, juro, escrever...
- Acho que preciso despertar, este está ficando longo e geralmente não me atrevo... _me interrompeu.
- Deveria continuar, está se conhecendo de uma forma que nunca o fez. Isso é diferente. Isso é você.
- Isso é Sallut?
Sorriu.
- Isso é Sallut!
Seu sorriso me iluminou como se me resgatasse de uma longa tortura ao léo. O seu sorriso.
Também sorri, não pude nem sequer pensar em evitar.
- Cristina... _contemplei.
- Esta sou eu. _sorriu novamente e riu. - Você pode vir quando precisar de paz, este é o melhor lugar sabia? Eu nunca visitei outro que mereça comparação. _disse com tanta confiança e felicidade que sua voz fez efeito em mim como se uma canção inspirasse este texto.
- Virei... _não conseguia ter muitas reações, apenas admirava. Seu sorriso era lindo, seus olhos tinham cor do castanho negro que tinha sob a luz do Sol um tom claro cheio de vida que revelava sua alma.
- Foi ótimo conhecê-lo... Sallut... _riu como se meu nome fosse uma ficha à cair em sua mente. - É o primeiro que encontro aqui. Isso é... diferente... _foi se afastando enquanto sorria.
Seus passos desfilavam sob as folhas secas seguindo num caminho obscuro como se a mata fosse sua casa, seu lar, seu quintal. E seu vestido branco como uma nuvem parecia nunca esbarrar em lugar algum, sua leveza e simplicidade nos movimentos a fazia flutuar naquela floresta.
Fiquei ali sentado por mais vários minutos pensando, observando. Eu não sei. Fiquei ali só eu e o silêncio, o verdadeiro solitário. Até no sonho havia um momento dedicado ao sozinho e eu estava lá.
Fiquei por alguns minutos e então me levantei, respirei fundo e segui caminhando por um caminho que não sei onde me levaria, dei alguns passos e um clarão me trouxe de volta ao mundo dos homens, ao mundo do caos. Ao mundo cinza em que prédios ofuscam a Luz do Sol e o planar das nuvens. Mundo onde produz-se lixo para obter-se vida destruída em forma de papel que determina um valor inútil, ai que mundo pequeno... cá estou, não sei quem sou novamente.
Mas continuo escrevendo e pensando, não é estranho? Risos. Deve ser...
mas se você não entende as palavras do Poeta que dirá seus longos pensamentos?
Sallut
11.10.2012
Pude ver um campo simplesmente enorme, havia uma trilha do lado esquerdo que contornava todo aquele maravilhoso pomar frutífero de rosas e plantas, árvores, folhas, insetos... joaninhas com asas vermelhas e pintas brancas que podiam ser vistas claramente, eu enxergava. Por um momento achei estar dentro daquele campo observando atentamente de perto cada inseto a cada detalhe, mas estava na trilha e novamente olhava para meus pés calçados de botas que estavam sujas de barro. Botas aparentemente resistentes, podia ver proteções nos tornozelos de ferro. Olho ao meu redor, havia algumas árvores, não enxergava prédios nem casas, nem pessoas, era um lugar onde só havia o natural erguido da vida. E eu estava lá.
Dei meu primeiro passo e me senti diferente, como se o solo do lugar tivesse tomado parte da química que compõe o meu corpo. Me senti parte daquele campo, e então caminhei a passos largos e confiantes. Observava o lugar com esplendor a cada olhar, não conseguia nem sequer ouvir meus pensamentos, somente meu olhar dominado pela curiosidade e ansiedade. Não precisava de outra pessoa para saber que meus olhos brilhavam.
Caminhei até chegar a um lago. Era um lago grande um tanto profundo rodeado de árvores, assim que observei a paisagem ganhei a presença de uma moça sentada na beira da água do outro lado, escondida nas sombras de uma mangueira simplesmente única. Havia mangas penduradas a galhos finos que sustentavam enormes frutos com leveza facilidade. E ela sentada ali observava a água como pensativa, naquele instante me desafiei a adivinhar seus pensamentos, sorri. Me aproximei do lago e ela nota minha presença, me observa durante alguns instantes atônita. Sentei numas das raízes grossas que saltavam da Terra de uma enorme Laranjeira e a observei. Naquele momento fixamos nossos olhares e ficamos nos olhando até que ela se dispõe a caminhar pela beira do lago espreitando às folhas secas que ouvia mesmo de longe. Em poucos segundos a perco de vista, mas ainda ouvia seus passos guiando-a por um mar de verde vivo brotado da Terra. Seus passos a entregam e a noto surgindo de uma possível trilha atrás de mim, segurando o vestido branco que usava com a mão esquerda para que não se arrastasse no chão. Surgiu com um olhar curioso disposta a conseguir qualquer coisa.
- Olá... _me fitou da cabeça aos pés e depois me olhou séria nos olhos.
- Olá. _receoso.
- O que faz aqui?
- Descobri um lugar para sentar e pensar em paz num lugar que me agrada o espírito.
- Esse jeito de falar... _me olhou desconfiada e calou-se.
- O que? Estranho?
- Não... _deixou a completar.
Olhei para o lago e fiquei pensando no que poderia ser este pensamento, sabia que estava-o escrevendo e naquele momento, neste momento, posso saber quem sou eu.
- É diferente. _disse e sua voz me despertou de um devaneio enquanto pensava.
- Já ouvi isso antes.
- Você parece jovem, quantos anos tem? _disse como se já fosse moça com idade o suficiente para me ver como garoto.
- Não importa, acho melhor que você me conheça pelo caráter além de tudo.
Nossos olhares se cruzaram e não pude pensar em nada enquanto a olhava. Apenas sentia algo dentro de mim se rachando e ficando muito quente. Não souber interpretar direito, sequer expressar.
Sentou-me do meu lado e compartilhou o silêncio comigo.
No mesmo momento pensei que nunca havia feito isso com ninguém, compartilhar o silêncio. Os pensamentos mesmo que calados, ocultos. Saber que apenas pensamentos silenciosos e nos contentar com isto, com a presença. E só.
- Me chamo Sallut... _disse depois de longos minutos calado.
- Sou Cristina, você se lembra?
- Sim, eu li. Me lembro perfeitamente.
- Então você é Sallut... _disse contemplando o fato que aparentemente a comovia.
- Sim, sou eu. Você por acaso sabe de algo sobre mim que eu não saiba?
- Talvez eu tenha ouvido falar... _disse pouco como se não pudesse revelar muito.
- Sei... _olhei novamente ao lago...
Sei que estou num sonho, um Imagine, sei que posso fazê-lo e que preciso. Pois posso escrever e isso é ótimo, me ressuscita, me trás vida, me rega o espírito de uma forma que as palavras simplesmente não podem explicar. E eu digo isso de olhos fechados, juro, escrever...
- Acho que preciso despertar, este está ficando longo e geralmente não me atrevo... _me interrompeu.
- Deveria continuar, está se conhecendo de uma forma que nunca o fez. Isso é diferente. Isso é você.
- Isso é Sallut?
Sorriu.
- Isso é Sallut!
Seu sorriso me iluminou como se me resgatasse de uma longa tortura ao léo. O seu sorriso.
Também sorri, não pude nem sequer pensar em evitar.
- Cristina... _contemplei.
- Esta sou eu. _sorriu novamente e riu. - Você pode vir quando precisar de paz, este é o melhor lugar sabia? Eu nunca visitei outro que mereça comparação. _disse com tanta confiança e felicidade que sua voz fez efeito em mim como se uma canção inspirasse este texto.
- Virei... _não conseguia ter muitas reações, apenas admirava. Seu sorriso era lindo, seus olhos tinham cor do castanho negro que tinha sob a luz do Sol um tom claro cheio de vida que revelava sua alma.
- Foi ótimo conhecê-lo... Sallut... _riu como se meu nome fosse uma ficha à cair em sua mente. - É o primeiro que encontro aqui. Isso é... diferente... _foi se afastando enquanto sorria.
Seus passos desfilavam sob as folhas secas seguindo num caminho obscuro como se a mata fosse sua casa, seu lar, seu quintal. E seu vestido branco como uma nuvem parecia nunca esbarrar em lugar algum, sua leveza e simplicidade nos movimentos a fazia flutuar naquela floresta.
Fiquei ali sentado por mais vários minutos pensando, observando. Eu não sei. Fiquei ali só eu e o silêncio, o verdadeiro solitário. Até no sonho havia um momento dedicado ao sozinho e eu estava lá.
Fiquei por alguns minutos e então me levantei, respirei fundo e segui caminhando por um caminho que não sei onde me levaria, dei alguns passos e um clarão me trouxe de volta ao mundo dos homens, ao mundo do caos. Ao mundo cinza em que prédios ofuscam a Luz do Sol e o planar das nuvens. Mundo onde produz-se lixo para obter-se vida destruída em forma de papel que determina um valor inútil, ai que mundo pequeno... cá estou, não sei quem sou novamente.
Mas continuo escrevendo e pensando, não é estranho? Risos. Deve ser...
mas se você não entende as palavras do Poeta que dirá seus longos pensamentos?
Sallut
11.10.2012
O PENSAMENTO É FORÇA CRIADORA.
Os dias passam lentamente
Posso notar pela manhã que estou doente
Pois quando acordo sinto o vazio
espalhar-se pelo corpo como anestesia injetada
E vejo as pessoas como estão
Penso naquela que tem meu coração
E pensar nunca se tornou tão complicado,
Pensar nas coisas em que estou atrasado
Queria ser Feliz,
Colhendo a felicidade de alguém.
Queria sorrir,
Como reflexo do sorriso de alguém.
Queria amar,
Amar alguém que ainda não tenha ido embora
para nunca mais voltar.
Sallut
11.10.2012
Posso notar pela manhã que estou doente
Pois quando acordo sinto o vazio
espalhar-se pelo corpo como anestesia injetada
E vejo as pessoas como estão
Penso naquela que tem meu coração
E pensar nunca se tornou tão complicado,
Pensar nas coisas em que estou atrasado
Queria ser Feliz,
Colhendo a felicidade de alguém.
Queria sorrir,
Como reflexo do sorriso de alguém.
Queria amar,
Amar alguém que ainda não tenha ido embora
para nunca mais voltar.
Sallut
11.10.2012
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Eu Sempre Quis Pt.2
Eu sempre quis
Fazer diferente encarar os fatos como são
Ser sábio na hora "H" pra tomar a certa decisão
Sobreviver primô
Aqui nesse mundo não é facil não
Tem que ter disposição pra encara verme e leão. Pois quando
é só solidão
O Diabo se faz de companhia
Te oferece a saída de emergência pra fuder sua vida
Te joga num rio de desgraça miséria te lota de ódio
Em pouco tempo de trilha o que restou foram só os pecado
Marcado, seu nome no livro da vida já foi riscado
Embora induzido pelo mal e desviado foi perdoado
De joelhos dobrados e os olhos avermelhados
Lágrimas que se apresentaram do pobre injustiçado
Que sangrou até morrer na calçada da Favela
e a mãe que debruçou sobre o corpo na viela
Do seu filho, sua cria que tanto lutou pra sustentar
Hoje observa o corpo morto e tudo o que resta é chorar
É se conformar, seguir e aceitar
Ter que batalhar para se salvar
pra não se tornar mais um indigente abandonado disposto à penar
E falo de novo que a vida é difícil
Ela é batalha, é desafio
Não é impossível, veja o que é isso
Pra sobreviver não tive que dar tiro
Mas pipoquei foi muita gente
Quando pensei num Rap consciente
Mantive decente meu pensamento
Não me desviei pois não tive medo
Eu só confiei foi só o que fiz
Nesse meu Deus que sempre está aqui
Presente por mim e pelos irmãos
que tem muita garra e fé no coração
E olha a TV, do que tá falando?
Como de costume tá incriminando
Todos os negro que são da Favela
que nasce aqui dentro e morre por ela
Seja na rua ou no presídio
Seja no corre morto à tiros
Sempre tem um branquinho falando
que nóis é vilão e tamo espalhando
O terror pela cidade
Mas eu sim encaro a maldade
É olho no olho
Não passo transtorno
injeto coragem não pago de loko
Mas e se eu morrer qual vai ser o proceder
A minha família ninguém vai querer
Saber de cuidar, se preocupar
Quem é que vai se ajoelhar
Parar pra rezar
Conversar com o Pai
é neste instante que o Diabo sai
E a solidão que tanto sentia é só uma lembrança desaparecida
Hoje sou eu
Que canto amor
Numa letra de RAP cheia de louvor
E eu quero é mais
Só quero mais PAZ
Nos quatro canto que aqui se faz
De Leste a Oeste até Norte Sul
tento te mostrar que não sou só mais um
Quero te alcançar e vou te mostrar
onde está Deus e como te encontrar
Basta fechar
o olho e confiar
Que logo logo vai te iluminar
Mas preste atenção
aproveita o tempo
Porque ele também é detento
E mesmo o tempo um dia acaba
Como a vida tirada à facada
Os segundos são breves
tente perceber
Hoje sou eu
amanhã é você
Sallut
10.10.2012
Eu sempre Quis
Eu sempre quis
meu sonho sempre foi mudar o mundo
Revolucionar o modo de pensar absoluto
O modo de agir de decidir e de tomar as atitudes
O pensamento pode, conquista. Mas não se ilude
Óh, só, na humilde, não é papo de canalha
A vida é desafio cada obstáculo é uma etapa
E cada etapa é uma fase, um capítulo
Cada olhar e pensamento uma linha do livro
Que se escreve junto com o passar do tempo
Que é dito em segundos levados ao vento
Pelo irmão que foi preso, foi trancafiado
pelo erro cometido em meio ao desespero de um lar soterrado. Eram
meu sonho sempre foi mudar o mundo
Revolucionar o modo de pensar absoluto
O modo de agir de decidir e de tomar as atitudes
O pensamento pode, conquista. Mas não se ilude
Óh, só, na humilde, não é papo de canalha
A vida é desafio cada obstáculo é uma etapa
E cada etapa é uma fase, um capítulo
Cada olhar e pensamento uma linha do livro
Que se escreve junto com o passar do tempo
Que é dito em segundos levados ao vento
Pelo irmão que foi preso, foi trancafiado
pelo erro cometido em meio ao desespero de um lar soterrado. Eram
Dois filhos pequenos na responsa de criar
E na mente determinação olhar de fúria pra descarregar
Aí é implacável o resto cê imagina, né?
O Diabo soprando ideia errada no teu pé
A vida embaralha como num jogo impossível
As fita que aparece, cada problema imprevisível
Como num Teatro no elenco vários personagem
as vezes na crocodilagem, as vezes é loko entregado pro back. Nunca
Nunca se sabe o que o destino preparou
Ou qual foi a treta que seus passos te guiou
E na mente determinação olhar de fúria pra descarregar
Aí é implacável o resto cê imagina, né?
O Diabo soprando ideia errada no teu pé
A vida embaralha como num jogo impossível
As fita que aparece, cada problema imprevisível
Como num Teatro no elenco vários personagem
as vezes na crocodilagem, as vezes é loko entregado pro back. Nunca
Nunca se sabe o que o destino preparou
Ou qual foi a treta que seus passos te guiou
É assim mesmo meio que do nada começa um pesadelo
Daí pra frente receio de tudo, é medo dos outro é mó desespero
A vida muda quando você muda pelas mudança que a vida te causou
Se foi sofrimento, se foi dor servido pelo amor
Mas por favor, irmão. Não desiste não
De queixo erguido segue quente em frente na missão
O tempo tá acabando e Jesus já tá voltando
Mantenha a fé intácta, tenha garra tá acabando
Eu sei é duro todo dia levantar e ver no céu
O brilho de quem se perdeu no doce amargo sabor do fel
Quantos não souberam lidar com a posse da matéria
Que se iludiram e nem com roupas foram pra baixo da Terra
Daí pra frente receio de tudo, é medo dos outro é mó desespero
A vida muda quando você muda pelas mudança que a vida te causou
Se foi sofrimento, se foi dor servido pelo amor
Mas por favor, irmão. Não desiste não
De queixo erguido segue quente em frente na missão
O tempo tá acabando e Jesus já tá voltando
Mantenha a fé intácta, tenha garra tá acabando
Eu sei é duro todo dia levantar e ver no céu
O brilho de quem se perdeu no doce amargo sabor do fel
Quantos não souberam lidar com a posse da matéria
Que se iludiram e nem com roupas foram pra baixo da Terra
Eu sei conheci vários rostos mano
explorei foram várias ideias
Já toquei em vários assuntos
Já pensei e tracei minhas metas
Já tive amado defunto, perdi
Já vi a tragédia de perto e senti
Já vi a morte encapuzada levar loko metido a esperto e ouvi
explorei foram várias ideias
Já toquei em vários assuntos
Já pensei e tracei minhas metas
Já tive amado defunto, perdi
Já vi a tragédia de perto e senti
Já vi a morte encapuzada levar loko metido a esperto e ouvi
{Não sei como é a vida mas tô aqui que é pra trocar
Nem que seja coligação com o destino pra resultar
Sei que minhas palavras e meus escritos nunca vão
Se perder no nada ou fazer pouco caso, então
Sei que todo esforço é um tijolo pra construção
E no final é no seu castelo a inaguração
nem Que seja de madeira, de cimento ou no asfalto
Com a honra e o orgulho mas de joelho dobrado
Pra Jesus Cristo
Jesus Cristo O Salvador
O Dono da graça, da origem e do amor
Onde todo mal se anula e subtrai
Pois quando falo do Senhor nada que é contra é capaz}²
Nem que seja coligação com o destino pra resultar
Sei que minhas palavras e meus escritos nunca vão
Se perder no nada ou fazer pouco caso, então
Sei que todo esforço é um tijolo pra construção
E no final é no seu castelo a inaguração
nem Que seja de madeira, de cimento ou no asfalto
Com a honra e o orgulho mas de joelho dobrado
Pra Jesus Cristo
Jesus Cristo O Salvador
O Dono da graça, da origem e do amor
Onde todo mal se anula e subtrai
Pois quando falo do Senhor nada que é contra é capaz}²
E eu vim falar mais do amor
Eu vim incentivar o seu vigor
Eu vim abençoar com louvor
Eu vim incentivar o seu vigor
Eu vim abençoar com louvor
E eu vim pra somar mas só quem for
Que vai me escutar
Que vai me escutar
mas Quem vai me escutar
É só quem for
É só quem for
Que vai me escutar
Sallut
22.09.2012
22.09.2012
Perfeito.
...estávamos sentados num banco de praça um ao lado do outro, era um dia nublado e fazia um pouco de frio. Estávamos sob a sombra de uma Amoreira carregada e conversávamos sobre algo sério e triste...
-...é melhor deixar assim. _suspirou e fugiu o olhar de mim.
- Eu concordo. _olhei para minhas mãos e apertei uma a outra tentando conter as lágrimas que pesavam como uma verdadeira represa.
E é só...
Sallut
10.10.2012
-...é melhor deixar assim. _suspirou e fugiu o olhar de mim.
- Eu concordo. _olhei para minhas mãos e apertei uma a outra tentando conter as lágrimas que pesavam como uma verdadeira represa.
E é só...
Sallut
10.10.2012
Algumas coisas nunca deixam de ser
Nesta manhã acordei diferente, sentindo o meu corpo fraco e a sensação do vazio maior. Tentei procurar pensamentos que me confortassem, ou um raciocínio que me espancasse de verdades. Durante todo o ano estive com a mesma expressão sorrindo pelas mesmas coisas, fora da realidade pelos mesmos motivos, pouca coisa mudou. Tudo o que mudou é que você saiu e levou consigo tudo o que havia de bom e importante.
Me sentia num solitário esquecido e não era atoa, realmente estou. Presenteei meus sentimentos à prisão e agora estão atrás das grades. A liberdade não consta sem sorrir, sem felicidade.
Eu queria poder não cometer erros, queria ser como as pessoas ao meu redor, "normais". Mas não sou. Sou assim, diferente. Estranho. Pelo fato de ver o mundo da minha maneira, de apreciar o sofrimento com esperança de seu fim.
Me lembro de Sarayu quando cultivava o mar de rosas que havia em Mack, me lembro da oficina e o que significava tudo aquilo. Eu me lembro e acredito que Sarayu pode mexer no meu mar de rosas também.
Mas as vezes me sinto um tolo por pensar na vida como penso, ver o mundo como vejo, amar como amo. As vezes o vazio toma conta e a fé se torna quase inexistente, as vezes acho que sendo como sou sempre estarei sozinho e pensativo.
São momentos em dias como no nove de outubro que eu descubro outro caminho e tenho a escolha...
Eu não queria ser normal. Nasci louco e me desconfigurei com o passar do tempo, me apaixonei, me entreguei. Amei. Agora sou um insano Malkaviano que guarda um Poeta dentro de si com o psicológico abalado.
Não houve um dia sequer que meus pensamentos não lembraram de você. Isso não é uma declaração é uma confissão.
No dia 21 de abril de 2012. Quando saímos ambos por aquele portão você subiu para sua casa e eu desci a rua. Me sentei numa mureta e fiquei ali até anoitecer sem dizer uma única palavra, só observando e pensando sobre as coisas, sobre o que acabara de acontecer. Foi naquele dia que te perdi. Sim eu sei. Então comecei a me afastar até que desapareci de seus dias e você dos meus, e ficou assim durante meses.
Cada dia que passava me dava a certeza de que eu ainda amava. E foi alguns dias depois que você deu o seu próximo passo, talvez por necessidade como dissera. Foi apenas o primeiro andar do calabouço em que eu estava caindo.
O tempo continuou passando, vivi meus dias e fiz meus afazeres. Tentei superar um amor que nunca esqueci, nunca deixei de sentir. Tentei esquecer de alguém que nunca nem sequer deixei de pensar. E agora estou aqui.
Queria me expressar com palavras ditas pela minha voz enquanto meus olhos encaravam os teus fixamente. Talvez eu seja um covarde que se esconda atrás de palavras, um talvez... Talvez depois de ler este aqui eu não precise nunca mais dirigir uma palavra à você, talvez sejam realmente detalhes feitos à lápis.
Eu queria poder ver o seu rosto agora, queria poder observar enquanto seus olhos passeiam linha por linha concentrada querendo descobrir o que eu quero com tudo isso. E enquanto escrevo imagino que esteja pensando se está perdendo tempo, creio que não. Mas isso não servirá de nada para ninguém.
Sabe... tem muitas coisas que eu gostaria de dizer mas não é preciso que eu fale de todas elas, não importam. Já roubei muito da sua atenção.
Eu só queria te falar que, infelizmente por mais tristonho e poético que soe, eu te amei mesmo sem te ver, sem te ouvir ou saber de você, amei por simplesmente amar. Porque amei outro dia.
Você deveria saber... sou uma criança que sabe falar e sentir como ninguém, mas ainda tanto pra aprender...
O dia de nove de Outubro me deu isto, e a você apenas um texto.
Sallut
09.10.2012
Me sentia num solitário esquecido e não era atoa, realmente estou. Presenteei meus sentimentos à prisão e agora estão atrás das grades. A liberdade não consta sem sorrir, sem felicidade.
Eu queria poder não cometer erros, queria ser como as pessoas ao meu redor, "normais". Mas não sou. Sou assim, diferente. Estranho. Pelo fato de ver o mundo da minha maneira, de apreciar o sofrimento com esperança de seu fim.
Me lembro de Sarayu quando cultivava o mar de rosas que havia em Mack, me lembro da oficina e o que significava tudo aquilo. Eu me lembro e acredito que Sarayu pode mexer no meu mar de rosas também.
Mas as vezes me sinto um tolo por pensar na vida como penso, ver o mundo como vejo, amar como amo. As vezes o vazio toma conta e a fé se torna quase inexistente, as vezes acho que sendo como sou sempre estarei sozinho e pensativo.
São momentos em dias como no nove de outubro que eu descubro outro caminho e tenho a escolha...
Eu não queria ser normal. Nasci louco e me desconfigurei com o passar do tempo, me apaixonei, me entreguei. Amei. Agora sou um insano Malkaviano que guarda um Poeta dentro de si com o psicológico abalado.
Não houve um dia sequer que meus pensamentos não lembraram de você. Isso não é uma declaração é uma confissão.
No dia 21 de abril de 2012. Quando saímos ambos por aquele portão você subiu para sua casa e eu desci a rua. Me sentei numa mureta e fiquei ali até anoitecer sem dizer uma única palavra, só observando e pensando sobre as coisas, sobre o que acabara de acontecer. Foi naquele dia que te perdi. Sim eu sei. Então comecei a me afastar até que desapareci de seus dias e você dos meus, e ficou assim durante meses.
Cada dia que passava me dava a certeza de que eu ainda amava. E foi alguns dias depois que você deu o seu próximo passo, talvez por necessidade como dissera. Foi apenas o primeiro andar do calabouço em que eu estava caindo.
O tempo continuou passando, vivi meus dias e fiz meus afazeres. Tentei superar um amor que nunca esqueci, nunca deixei de sentir. Tentei esquecer de alguém que nunca nem sequer deixei de pensar. E agora estou aqui.
Queria me expressar com palavras ditas pela minha voz enquanto meus olhos encaravam os teus fixamente. Talvez eu seja um covarde que se esconda atrás de palavras, um talvez... Talvez depois de ler este aqui eu não precise nunca mais dirigir uma palavra à você, talvez sejam realmente detalhes feitos à lápis.
Eu queria poder ver o seu rosto agora, queria poder observar enquanto seus olhos passeiam linha por linha concentrada querendo descobrir o que eu quero com tudo isso. E enquanto escrevo imagino que esteja pensando se está perdendo tempo, creio que não. Mas isso não servirá de nada para ninguém.
Sabe... tem muitas coisas que eu gostaria de dizer mas não é preciso que eu fale de todas elas, não importam. Já roubei muito da sua atenção.
Eu só queria te falar que, infelizmente por mais tristonho e poético que soe, eu te amei mesmo sem te ver, sem te ouvir ou saber de você, amei por simplesmente amar. Porque amei outro dia.
Você deveria saber... sou uma criança que sabe falar e sentir como ninguém, mas ainda tanto pra aprender...
O dia de nove de Outubro me deu isto, e a você apenas um texto.
Sallut
09.10.2012
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Loucura de Remédio: Da garganta pro pensamento.
Talvez hoje eu não tenha nada para falar, ou talvez o que eu queira falar não possa estar falando agora. De qualquer forma vou dizer algo que não vou permitir ficar trancado. Desta vez falarei da loucura, da sanidade, da insanidade, da realidade e de alucinações.
Porque eu preciso de algo que estimule a minha cabeça aos delírios para que eu possa entender o verdadeiro significado da sanidade. Entre olhar os dedos nas mãos e depois observar em volta, notar o mundo ao seu redor, percebê-lo, senti-lo. Fazer deste mundo parte de você enquanto fecha os olhos enchendo o pulmão de oxigênio. Neste instante uma coisa espetacular acontece e você só precisa notar.
Talvez soe confuso enquanto escrevo não consigo encontrar os sentidos que gostaria na minha mente, queria ter todas as palavras ao meu alcance. Isso é só questão de tempo eu sei. Já estamos no mês 10 do ano 2012 logo este chegará ao fim, logo este ano terá fim...
Mas enquanto o mundo inteiro bebe e festeja lá fora me embebedo com uma boa leitura clássica à companhia de uma cachimbo com mato ao conforto de uma simples lareira alimentada por lenha.
Ou talvez sozinho naquela Cabana que já conhecemos, num Mês do Inverno, um que esteja realmente muito frio, levar meia dúzia de livros e vários álbuns de música. Pink Floyd, Black Sabbath, Led Zeppelin, GunsnRoses. Me deitar numa cama de casal a vontade com pão francês e manteiga, uma xícara de café e um computador para escrever meus pensamentos insanos. Sou um Malkaviano de puro sangue. Me entenda.
A loucura já passou por aqui, me lecionou algumas de suas matérias e me largou para aprender o resto sozinho, no calado. Ouvi depois de já muita prática não fale, pense.
"As coisas mais valiosas pra mim ainda são de graça: Um abraço, um sorrir, um Eu te Amo e uma mente blindada."
Sallut
08.10.2012
Porque eu preciso de algo que estimule a minha cabeça aos delírios para que eu possa entender o verdadeiro significado da sanidade. Entre olhar os dedos nas mãos e depois observar em volta, notar o mundo ao seu redor, percebê-lo, senti-lo. Fazer deste mundo parte de você enquanto fecha os olhos enchendo o pulmão de oxigênio. Neste instante uma coisa espetacular acontece e você só precisa notar.
Talvez soe confuso enquanto escrevo não consigo encontrar os sentidos que gostaria na minha mente, queria ter todas as palavras ao meu alcance. Isso é só questão de tempo eu sei. Já estamos no mês 10 do ano 2012 logo este chegará ao fim, logo este ano terá fim...
Mas enquanto o mundo inteiro bebe e festeja lá fora me embebedo com uma boa leitura clássica à companhia de uma cachimbo com mato ao conforto de uma simples lareira alimentada por lenha.
Ou talvez sozinho naquela Cabana que já conhecemos, num Mês do Inverno, um que esteja realmente muito frio, levar meia dúzia de livros e vários álbuns de música. Pink Floyd, Black Sabbath, Led Zeppelin, GunsnRoses. Me deitar numa cama de casal a vontade com pão francês e manteiga, uma xícara de café e um computador para escrever meus pensamentos insanos. Sou um Malkaviano de puro sangue. Me entenda.
A loucura já passou por aqui, me lecionou algumas de suas matérias e me largou para aprender o resto sozinho, no calado. Ouvi depois de já muita prática não fale, pense.
"As coisas mais valiosas pra mim ainda são de graça: Um abraço, um sorrir, um Eu te Amo e uma mente blindada."
Sallut
08.10.2012
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
Aquela menina quase mulher.
Estava nos últimos minutos do meu dia quando decidi escrever algo, procurei algo na mente tentei imaginar ou lembrar de alguma coisa. Lembrei de uma senhorita linda que roubou meu olhar e atenção, talvez uma paixão. Seu caminhar tão doce de menina, irônico que naquele dia foi fantasiada de menininha e carregava um urso de pelúcia por aí, meu olhar captava e notava cada um dos seus gestos. Corria pra lá e pra cá, feliz, menina grande quase mulher fantasiada de pequena, agindo como uma verdadeira Princesa pronta para ser conquistada. Queria que eu fosse o nome que ia bagunçar as coisas na sua vida, mas sou tão... covarde eu diria. Tsh...
Talvez seja um defeito meu nunca ultrapassar o limite do apenas observar, contemplar, adorar, admirar... aquela mocinha roubou meu olhar e atenção, talvez uma paixão. Logo eu, que tenho tanto andado por aí a procura de algum amor a me entregar. Logo eu. Mas continuo só, um fato. Louco por aventura, louco por romance, louco por vibrações nas camadas que constituem todo o meu corpo. Louco por borboletas no mar de rosas que existe dentro de mim, pronto para ser cultivado.
Não sei se você me entende mas sou um louco que adora amar, mas de que vale alguém com tanto desejo sem a atitude de atar a felicidade? Por isso sou só.
Vim confessar o meu pensar sobre aquela senhorita, aquele mocinha, aquela menina quase mulher.
Vim dizer que meus olhos se trancam em suas curvas a toda oportunidade.
Vim escrever o barulho que faz no silêncio do meu olhar enquanto te admiro.
Pareço um tolo escrevendo pensamentos deste tipo por alguém distante? Já devo ter passado da hora... não importa.
Quem sou eu?
Sallut
03.10.2012
Talvez seja um defeito meu nunca ultrapassar o limite do apenas observar, contemplar, adorar, admirar... aquela mocinha roubou meu olhar e atenção, talvez uma paixão. Logo eu, que tenho tanto andado por aí a procura de algum amor a me entregar. Logo eu. Mas continuo só, um fato. Louco por aventura, louco por romance, louco por vibrações nas camadas que constituem todo o meu corpo. Louco por borboletas no mar de rosas que existe dentro de mim, pronto para ser cultivado.
Não sei se você me entende mas sou um louco que adora amar, mas de que vale alguém com tanto desejo sem a atitude de atar a felicidade? Por isso sou só.
Vim confessar o meu pensar sobre aquela senhorita, aquele mocinha, aquela menina quase mulher.
Vim dizer que meus olhos se trancam em suas curvas a toda oportunidade.
Vim escrever o barulho que faz no silêncio do meu olhar enquanto te admiro.
Pareço um tolo escrevendo pensamentos deste tipo por alguém distante? Já devo ter passado da hora... não importa.
Quem sou eu?
Sallut
03.10.2012
terça-feira, 2 de outubro de 2012
O autor quis dizer isto.
É o fim da primeira segunda-feira do primeiro dia do mês de Outubro daquele ano, no céu uma Lua simplesmente espetacular brilhava meio a escuridão e vazio. Fazia frio, sentia minha garganta fria e quase inflamada. Tossia. Naquela noite tinha os pensamentos pesados e olhos lutando por um sono profundo e eterno. Não tinha sequer o dinheiro da passagem e estava só, tinha música e sensação de paz. Sensação. Mas por Benção do destino consegui chegar em paz até minha casa, para me entregar a um sono que pudesse me levar ao mais belo sonho eterno. Um que me faça sentir profundo e que até depois de acordar possa lembrar pequenos momentos por breves instantes.
"Lembro que naquele dia eu acordei muito mal-humorado. Estava decidido a não colaborar com nada que a vida me propusesse. Até quando me sentei para escrever procurei o relaxo, e o fiz. Não tinha absolutamente nenhuma vontade de viver. Ainda faltavam alguns meses para o ano acabar mas eu não queria ir ao seguinte. Tinha concluído aquela hora que minha vida não estava boa e que não fazia diferença, não valia a pena continuar. Pensamentos fracos...
Observava as coisas ao meu redor, tocava o vidro sentado no ônibus, podia ouvir a voz dos meus pensamentos falando e observando cada canto daquela cidade tomada pelo caos e ambição. E eu estava sozinho.
Havia o sopro do vento, é claro, e a Lua. Linda, maravilhosa, unicamente especial. Dona dos quatro cantos do meu coração, ou do que restara dele comigo.
Mas, de repente, aquele observar e contemplar despertou, acabou. Sinto o asfalto duro e frio contra meu rosto, meu corpo está jogado no meio de uma rodovia e está tudo silencioso. Fazia muito frio. Me sentei no chão e observei onde estava..
Podia enxergar outra rodovia do outro lado, e no espaço entre a rodovia em que acordei até a outra havia um pequeno campo de alguns 30 metros com algumas árvores e arbustos. Levei a mão a cabeça e ela voltou ensanguentada. Meu coração disparou de preocupação e eu quis me lembrar da última coisa antes daquele episódio começar, não me lembrei, nem sequer pude pensar em algo. Apenas senti uma dor absurda na cabeça e desmaiei.
Foi uma viagem de pensamentos, e eu sei que a vida queria me testar, me mostrar, me ensinar. E eu tinha de aprender mesmo que minha mente fosse dopada com uma realidade cruel cheia de sangue, tiros, balas, rosas, luxúria e lama. A vida é assim..."
Você sabe que o Poeta conta o conto fragmentado para segurar o seu interesse na obra, você entende... ou tente entender. Porque...
Sallut
02.10.2012
"Lembro que naquele dia eu acordei muito mal-humorado. Estava decidido a não colaborar com nada que a vida me propusesse. Até quando me sentei para escrever procurei o relaxo, e o fiz. Não tinha absolutamente nenhuma vontade de viver. Ainda faltavam alguns meses para o ano acabar mas eu não queria ir ao seguinte. Tinha concluído aquela hora que minha vida não estava boa e que não fazia diferença, não valia a pena continuar. Pensamentos fracos...
Observava as coisas ao meu redor, tocava o vidro sentado no ônibus, podia ouvir a voz dos meus pensamentos falando e observando cada canto daquela cidade tomada pelo caos e ambição. E eu estava sozinho.
Havia o sopro do vento, é claro, e a Lua. Linda, maravilhosa, unicamente especial. Dona dos quatro cantos do meu coração, ou do que restara dele comigo.
Mas, de repente, aquele observar e contemplar despertou, acabou. Sinto o asfalto duro e frio contra meu rosto, meu corpo está jogado no meio de uma rodovia e está tudo silencioso. Fazia muito frio. Me sentei no chão e observei onde estava..
Podia enxergar outra rodovia do outro lado, e no espaço entre a rodovia em que acordei até a outra havia um pequeno campo de alguns 30 metros com algumas árvores e arbustos. Levei a mão a cabeça e ela voltou ensanguentada. Meu coração disparou de preocupação e eu quis me lembrar da última coisa antes daquele episódio começar, não me lembrei, nem sequer pude pensar em algo. Apenas senti uma dor absurda na cabeça e desmaiei.
Foi uma viagem de pensamentos, e eu sei que a vida queria me testar, me mostrar, me ensinar. E eu tinha de aprender mesmo que minha mente fosse dopada com uma realidade cruel cheia de sangue, tiros, balas, rosas, luxúria e lama. A vida é assim..."
Você sabe que o Poeta conta o conto fragmentado para segurar o seu interesse na obra, você entende... ou tente entender. Porque...
Sallut
02.10.2012
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
A primeira manhã de Outubro.

não é chuva, não é granizo
São lágrimas.
Tem uma coisa brotando da Terra...
não é alimento, não são árvores
É maldade.
Tem algo de estranho nos homens...
não é doença, não é moda
É o pecado.
Viva, pense, repense, repare. E siga em frente... a vida é essa.
Tem algo de estranho nos homens...
não é doença, não é moda
É o pecado.
Viva, pense, repense, repare. E siga em frente... a vida é essa.
Sallut
01.10.2012
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