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terça-feira, 2 de dezembro de 2014
Morphine à Economia.
É uma ilusão ou é um milagre?
As vezes esta realidade mal dita e imprecisa me deixa confuso.
É uma miragem ou é uma viagem?
Minha mente me faz sentir incertezas quando paro pra pensar...
O conforto me abraça docilmente, mas no fundo ele só quer disfarçar a dor
que me segue, dizendo: Sua mãe não acredita mais em você, você sofrerá agora..
...então eu chego no limbo pensando não ser nada, além do fracasso.
Mas eu sei que dentro de mim há uma pérola que pode tocá-la, alcançá-la.
E quando eu te alcanço, baby, você sabe... que não pode escolher se entregar,
você não consegue evitar, assim como não tira os olhos da Lua numa bela noite.
Seu coração conspira contra você fazendo uma respiração ofegante, a maçã de seu rosto pigmenta e fica avermelhada. Algo está em profunda explosão ou eclosão dentro de você.
Você acredita no sacrifício do amor.
Quando vê a si mesmo no espelho enxerga um romancista fracassado, afogado em Whisky quente.
Você acha que um revólver carregado daria um jeito nisto tudo. Este seria o sacrifício.
Mas para o amor, meu bem, é preciso mais do que uma saída fácil.
Se uma mulher puder enxergar o motivo de tanto amor no fundo dos olhos de um homem sofrido,
então há pulmão que assopre o Saxofone. Há ainda alguma poesia para ser feita na flauta.
Pra mim são pequenas mentiras, assim como um falso e ilusório favo de mel vazio
de uma flor violada por uma abelha faminta.
Se for miragem, ilusão ou viagem...
É melhor eu ir dormir, o dia dois já chegou... é uma hora...
Foi dada a nota completa à Economia, curiosamente era tudo o que eu precisava.
Eu tenho esperanças de um futuro promissor...
Sallut
02.11.2014
domingo, 30 de novembro de 2014
Transcendendo À Pompéia.
Não havia muito a ser dito, mas por insistência as palavras acabaram vindo parar aqui. De alguma forma me trouxeram para Pompéia e minha mente esta delirante. Mas não como da última vez, tudo está bem lucido, me sinto bem. Tenho água e carreguei cinco litros por aí. Eu tinha uma Flauta de Pã amarrada no pescoço e quando a tocava os pássaros me indicavam o caminho até o rio mais próximo... além de atrair a comida e descobrir caminhos, a flauta causava desespero quando era noite de Lua Minguante. Não havia Lobo e nem sangue suga. Era apenas um ruído perfurando o silêncio da escuridão de uma mata completamente virgem e intocada. Alguns ruídos agudos que incidem como agulha, penetrando, à medida que a sensação de dormência se espalha por todo o rosto. Sua mente já não sabe mais o que houve.
Tudo porque aquela mente queria ir pro meio da Mata fechada assoprar uma flauta. Assoprar todos os ruídos que obscurecem o céu que deveria estar azul. A noite era linda e a lua abençoava ótimas inspirações, o coração almejava aquelas horas de paz. A verdade é que sempre acabamos nestes momentos, não nos é dado a primeira vez este mesmo cenário, e todas elas acabamos por descobrir sozinhos que a resposta está no próprio fato. O acontecimento por si só gera os resultados que permitem reflexos edificadores para a verdadeira realidade essencial da noite do dia trinta de novembro.
Podia ser um ruído assombroso, ou uma nota ré doce e escorregadia deleitando-se às curvas do seu ouvido, enquanto ouve. Sua mente pode sentir o sabor da intenção dos ruídos, e a coisa te dominava por inteiro. Alguns insetos se aproximavam e de repente, ao se darem conta do que encontravam ficavam parados. Tremendo. Rebuscando.
Haverão outras noites de Lua,
os pássaros estarão com a sinfonia cada vez mais afinada para recebê-lo.
Traga um bom violonista, liberte-se com a gaita e me faça poesias com a flauta.
Ainda tem uma ascensão à Lua; transcender ao Sol.
Sallut
30.11.2014
Tudo porque aquela mente queria ir pro meio da Mata fechada assoprar uma flauta. Assoprar todos os ruídos que obscurecem o céu que deveria estar azul. A noite era linda e a lua abençoava ótimas inspirações, o coração almejava aquelas horas de paz. A verdade é que sempre acabamos nestes momentos, não nos é dado a primeira vez este mesmo cenário, e todas elas acabamos por descobrir sozinhos que a resposta está no próprio fato. O acontecimento por si só gera os resultados que permitem reflexos edificadores para a verdadeira realidade essencial da noite do dia trinta de novembro.
Podia ser um ruído assombroso, ou uma nota ré doce e escorregadia deleitando-se às curvas do seu ouvido, enquanto ouve. Sua mente pode sentir o sabor da intenção dos ruídos, e a coisa te dominava por inteiro. Alguns insetos se aproximavam e de repente, ao se darem conta do que encontravam ficavam parados. Tremendo. Rebuscando.
Haverão outras noites de Lua,
os pássaros estarão com a sinfonia cada vez mais afinada para recebê-lo.
Traga um bom violonista, liberte-se com a gaita e me faça poesias com a flauta.
Ainda tem uma ascensão à Lua; transcender ao Sol.
Sallut
30.11.2014
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
Blues for Allah.
O paraíso é calmo.
...eles queriam dizer tanto,
as palavras entediavam até mesmo a trilha sonora
depois de tanto tempo
seu sono chegou rápido
que o sono despertou a mente em um instante.
Sallut
19.11.2014
E parece que as nuvens são tanto a terra quanto o mar, os anjos gostam de flutuar.
Eles não sentem dor, seus olhos enxergam além dos sentimentos carnais.
As coisas por dentro parecem mais azuis e vermelhas ao mesmo tempo. As coisas por dentro.
Os versos vão deslizando pro interior ultrapassando todos os lances de escada.
Seus passos vão ficando cada vez mais calmos, como se o destino nem fosse tão interessante.
Eu sinto o vento refrescar as feridas da subida.
Meus pés sobem com mais calma do que gostaria. Mas estou livre, livre para viver cada degrau com intensidade. Eu acabei descobrindo, alguns andares abaixo, que cada degrau preenchia um espaço de uma grande obra prima. Enquanto os andares iam ficando para baixo minhas pernas e panturrilhas envelheciam. Minha mente já nem pensava em tantas coisas, as vezes me distraia assoviando entre um andar e outro. Mas já havia virado algo mecânico e estava subindo pelas escadas.
E as notas vão caindo para dentro de você,
degrau por degrau,
antes que você tenha notado já havia todo um cenário construído. Eu lancei um feitiço em você.
Sua mente está presa nas palavras construídas, elas escalam um significado que eu mesmo ainda não alcancei. Minha mente vai subindo degrau por degrau, entre os parágrafos e andares, até alcançar a única porta daquela subida que poderia ser aberta.
Seu número era onze de novembro, Mas eu só cheguei lá no dia dezenove daquele mês...
Fiquei alguns instantes parado na frente da porta, ainda havia mais escadas que subiam. Me perguntei se não teria errado de destino, se minhas decisões foram feitas da melhor maneira que eu podia. Lembro-me de ter questionado muito, durante a subida, se o destino que tanto busco realmente é o meu mérito honorífico. Será se eu alcançá-lo!
Parado na frente daquela porta milhares de pensamentos me abraçaram a frequência, dei um meio passo para frente e uma gota de suor escorreu fria bem no meio da minha testa até a ponta do meu nariz, pingando no chão seco e empoeirado.
Parado na frente daquela porta milhares de pensamentos me abraçaram a frequência, dei um meio passo para frente e uma gota de suor escorreu fria bem no meio da minha testa até a ponta do meu nariz, pingando no chão seco e empoeirado.
Meu olhar está baixo e vermelho. Meus ombros enrijecidos e cansados. Minhas pernas velhas e exaustas. Minha mente ainda se pergunta se este é mesmo o meu caminho...
Enquanto as palavras vão se transformando
no que poderia ser uma sala-de-estar com um belo quadro de pelugem, bordado à mão.
Dois Cavalos, um negro e um castanho, corriam meio a selva juntos, meio a outros cavalos.
Seguiam seus caminhos. O longo caminho... seguiam seus caminhos. O longo caminho...
As rochas de qualquer caminho podem parecer duras, pontiagudas e desafiadoras. Algumas ferraduras suportam mais do que outras.
Mas o caminho que estes cavalos decidiram trilhar tem um destino que vale qualquer buraco ou pedra pontuda. O longo caminho...
Seguiam seus caminhos. O longo caminho... seguiam seus caminhos. O longo caminho...
Durante a tortuosa corrida começou a chover, e esta chuva fez o corpo ficar pesado
a mente estava cansada de tanta corrida, pouca água, comida e descanso. As vezes só queremos um Sol de domingo e um grande celeiro. Água potável.
Algumas manhãs acordamos nos perguntando se queremos realmente continuar essa corrida. Olhamos um na bola do olho do outro e sabemos a resposta. Estamos juntos num longo caminho.
Seguimos nosso caminho.... um longo caminho...
N'outro dia a chuva parou e veio o Sol, a noite trouxe a Lua com estrelas
eu sempre soube que certas coisas desta corrida valiam todo o esforço
as vezes encontrávamos um lago com água gelada e cristalina pela noite. Enquanto seguíamos nossos caminhos... o longo caminho. Seguíamos nosso caminho... o longo caminho.
É um longo caminho. Você está trilhando-o comigo. Este caminho? É um longo caminho.
Você sabe que é um longo caminho. Longo caminho. É um longo caminho.
Eu sei, estamos juntos. É um longo caminho, longo caminho...
as festas finalmente chegaram e devemos dançar
a noite finalmente caiu e a fogueira precisa queimar
os tambores rufarão durante toda a noite e devemos possuir um ao outro.
Me aqueça com esta sua sede, me permita que eu levo o fogo.
Não pestaneje quando desejar meu beijo num olhar descarado cheio de desejo.
Seu sorriso chega a enfeitiçar até as veias que me pulsam a vida pelo coração.
Nenhuma corrida foi difícil o bastante, ou longa o suficiente
uma noite em seu domínio já conquistara meu espírito e toda minha força de vontade.
Uma vida de felicidade. Uma noite de prazer.
Uma vida de corrida. Uma noite fria de sede e fome.
...eles queriam dizer tanto,
as palavras entediavam até mesmo a trilha sonora
depois de tanto tempo
seu sono chegou rápido
que o sono despertou a mente em um instante.
Sallut
19.11.2014
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
Inside. Outside.
Nós tentamos preencher o silêncio e a distância com diversos títulos de gêneros diversos do mundo da música. O caminho foi longo e muitos versos foram cantados durante os passos que se deram por um largo tortuoso. Não sabíamos direito a onde iria dar mas estávamos confiantes de nosso destino.
Adquiri algo durante os passos e os versos, parece que me apeguei a instrumentos sem saber usá-los.
É o que diz-se.
Mas quando os toco possuo algo. E é onde quero chegar.
Pois com tanto vazio e silêncio num caminho destes
coloquei alguns ruídos mal tocados, despreparados e inexperientes como ilustrativos.
Muitas vezes diria triste. A maioria diria profundo ao melancólico. Talvez encontre um jardim aí no meio. Algumas rosas e abelhas, girassóis e gromelhas. Sejam o suficiente para mostrá-la que não é o suficiente.
Mas de gromelhas temos Morfina, grande percussionista da dor. Óh, dor.
Não sejamos utilitaristas. As coisas não giram em torno de dor e prazer. Tenho algo mais aqui.
Talvez a história conte as coisas que me tomam, ora o amor de mulher, ora o amor pela música.
Uma história sem pestanejo de fazer sentido ou de encaixar-se com o que é certo. O comum.
As almas vagam ano após ano... há muitas ladeiras para descer de skate.
Mas, cá entre nós, sabemos que não é dos sentidos que estamos falando.
Seu coração sabe o que sente ao debruçar-se sobre uma obra. Você é uma obra inacabada.
Algo que precisa ser amado, admirado, observado com atenção. Com interesse.
Mas não por apreço ao público, mas porque uma arte deve guardar blindada dentro de si sua certeza.
É quando você vem com um sorriso mais largo que a face me perguntando o que passa,
e eu digo que já passou e esqueceu de levar junto as lembranças.
Se eu disser que tenho quatro vozes com opiniões e personalidades diferentes sobre a vida
você diria que isso é loucura. Isto é Quadrophenia. Mas é só uma besteira que acabei ouvindo e injetando sem saber do que se tratava. Minha mente está cheia de ideias intensas, coisas que trouxe de outros horizontes e depositei no meu solo mais fértil. Meu mundo das ideias. As sementes estrangeiras penetraram neste solo e criaram raízes.
"...eu vejo a música da mesma forma como posso encarar a vida, é como uma árvore. Se olharmos para ela veremos seu tronco, seus galhos e suas folhas. Poderemos perceber e apanhar seus frutos estejam eles bons ou ruins. É possível compreender o que a árvore se tornou com uma mera observação.
Mas se quisermos saber de onde a árvore veio e porque ela é assim teremos de escavar a Terra e procurar suas raízes. Cavar com as unhas toda a Terra que esconde as raízes. Cavar até encontrar o néctar, a nata escondida como tesouro por debaixo da terra dura. A raiz de uma árvore e sua história estarão imortalizados agora, por sua escavação. E mesmo com os dedos sangrando e doloridos basta-nos saber o que foi adquirido para se obter um sorriso."
Sallut
27.10.2014
Adquiri algo durante os passos e os versos, parece que me apeguei a instrumentos sem saber usá-los.
É o que diz-se.
Mas quando os toco possuo algo. E é onde quero chegar.
Pois com tanto vazio e silêncio num caminho destes
coloquei alguns ruídos mal tocados, despreparados e inexperientes como ilustrativos.
Muitas vezes diria triste. A maioria diria profundo ao melancólico. Talvez encontre um jardim aí no meio. Algumas rosas e abelhas, girassóis e gromelhas. Sejam o suficiente para mostrá-la que não é o suficiente.
Mas de gromelhas temos Morfina, grande percussionista da dor. Óh, dor.
Não sejamos utilitaristas. As coisas não giram em torno de dor e prazer. Tenho algo mais aqui.
Talvez a história conte as coisas que me tomam, ora o amor de mulher, ora o amor pela música.
Uma história sem pestanejo de fazer sentido ou de encaixar-se com o que é certo. O comum.
As almas vagam ano após ano... há muitas ladeiras para descer de skate.
Mas, cá entre nós, sabemos que não é dos sentidos que estamos falando.
Seu coração sabe o que sente ao debruçar-se sobre uma obra. Você é uma obra inacabada.
Algo que precisa ser amado, admirado, observado com atenção. Com interesse.
Mas não por apreço ao público, mas porque uma arte deve guardar blindada dentro de si sua certeza.
É quando você vem com um sorriso mais largo que a face me perguntando o que passa,
e eu digo que já passou e esqueceu de levar junto as lembranças.
Se eu disser que tenho quatro vozes com opiniões e personalidades diferentes sobre a vida
você diria que isso é loucura. Isto é Quadrophenia. Mas é só uma besteira que acabei ouvindo e injetando sem saber do que se tratava. Minha mente está cheia de ideias intensas, coisas que trouxe de outros horizontes e depositei no meu solo mais fértil. Meu mundo das ideias. As sementes estrangeiras penetraram neste solo e criaram raízes.
"...eu vejo a música da mesma forma como posso encarar a vida, é como uma árvore. Se olharmos para ela veremos seu tronco, seus galhos e suas folhas. Poderemos perceber e apanhar seus frutos estejam eles bons ou ruins. É possível compreender o que a árvore se tornou com uma mera observação.
Mas se quisermos saber de onde a árvore veio e porque ela é assim teremos de escavar a Terra e procurar suas raízes. Cavar com as unhas toda a Terra que esconde as raízes. Cavar até encontrar o néctar, a nata escondida como tesouro por debaixo da terra dura. A raiz de uma árvore e sua história estarão imortalizados agora, por sua escavação. E mesmo com os dedos sangrando e doloridos basta-nos saber o que foi adquirido para se obter um sorriso."
Sallut
27.10.2014
Velharia.
Já há muito tempo tenho sentido dor nos ombros e nos braços. Uma dor latejante que atrofia o uso dos meus braços constantemente todos os dias. Durmo e acordo com esta dor, tenho pensado e me perguntando todos os dias o porquê desta dor. Coisas estranhas têm acontecido na minha região, durante os dias palavras estranhas são pronunciadas. Parece que as coisas estão todas direcionadas para um lugar não tão bom assim. Minha dor e os dias parecem que antecedem algo grande.
Talvez eu deva estar sempre preparado.
Do lado esquerdo do meu ombro tem duas picadas coçando. Elas parecem intencionadas, racionadas.
Meu braço parece dormente enquanto cada tecla me faz expulsar um pouco disto.
É quando meus sentidos captam o mundo e vice-versa. Minha cabeça pesada sente uma leve dor do lado esquerdo atrás do olho, sinto que devo fechá-lo e continuar com o direito. Mas é difícil caminhar com um só olho aberto.
A confusão da dor e da picada que talvez a tenha causado se resume num pâncreas cansado, um fígado envenenado e um pulmão em cinzas. Talvez queira conversar sobre a vida comigo.
Mas numa tarde do dia vinte e sete do ano quatorze eu deveria estar estudando
Algo sobre os direitos civis do homem ou sua economia.
Os minutos passam. Este meu ombro tem me incomodado. Talvez eu dê um fim nisto tudo.
Cada vez que retorno vejo que é mais difícil encontrar um trilho que me conduza à Coroa da Criação.
O grande lago, a mangueira. A floresta, A Cabana. Lugares que não alcanço com meus pensamentos.
O ritmo do bulbo e o coração fazem pulsar uma energia que plana no céu como um avião
à base de motores. Combustível.
Deve ser mais fácil pra um velho gordo ouvir velharias clássicas e fazer sua música
do que deixar a dor dominá-lo e ganhar o jogo assim mesmo.
Seja lá onde quis chegar... eu não alcancei.
Sallut
27.10.2014
Talvez eu deva estar sempre preparado.
Do lado esquerdo do meu ombro tem duas picadas coçando. Elas parecem intencionadas, racionadas.
Meu braço parece dormente enquanto cada tecla me faz expulsar um pouco disto.
É quando meus sentidos captam o mundo e vice-versa. Minha cabeça pesada sente uma leve dor do lado esquerdo atrás do olho, sinto que devo fechá-lo e continuar com o direito. Mas é difícil caminhar com um só olho aberto.
A confusão da dor e da picada que talvez a tenha causado se resume num pâncreas cansado, um fígado envenenado e um pulmão em cinzas. Talvez queira conversar sobre a vida comigo.
Mas numa tarde do dia vinte e sete do ano quatorze eu deveria estar estudando
Algo sobre os direitos civis do homem ou sua economia.
Os minutos passam. Este meu ombro tem me incomodado. Talvez eu dê um fim nisto tudo.
Cada vez que retorno vejo que é mais difícil encontrar um trilho que me conduza à Coroa da Criação.
O grande lago, a mangueira. A floresta, A Cabana. Lugares que não alcanço com meus pensamentos.
O ritmo do bulbo e o coração fazem pulsar uma energia que plana no céu como um avião
à base de motores. Combustível.
Deve ser mais fácil pra um velho gordo ouvir velharias clássicas e fazer sua música
do que deixar a dor dominá-lo e ganhar o jogo assim mesmo.
Seja lá onde quis chegar... eu não alcancei.
Sallut
27.10.2014
quinta-feira, 16 de outubro de 2014
Crown of Womam.
Você voltou pouco tempo depois apenas para dizer que os fatos refletiram de forma intensa,
e onde nossa vista pôde alcançar ofuscada por prédios víamos esperança num futuro breve.
Nossas crianças mais próximas se interessaram por música. Os fatos reverberaram.
E enquanto os versos constituem-se diferentes uns dos outros
uma bateria constante faz, não tão alto, uma voz tranquila e fina, de homem, iniciar...
Ele diz: Ei mulher de woodstock, você deve devolver meu coração antes de voltar pro palco. Não me parece justo ter a minha viagem sem o motor cheio de gasolina com meu flo.
Eu me lembro como você levou.
Ei mulher de woodstock, você devia voltar para me dar um último adeus.
As loucuras deste lugar me fazem improvisar em gerações.
Esta minha geração está louca de fantasmas. E eu me sinto tão bem...
A verdade é que a guitarra entrou no flo e o coração já se foi há tanto que agora tenho uma gaita.
Ei, mulher de woodstock. Lembre-se de quando ainda tocava outros ritmos neste palco.
E eu venho do futuro para tentar mais três vezes
deixar as misérias do passado enterradas.
Tirou um e pôs outro, de que adiantou.. ?
... e seus passos conduziram a um pomar estranho onde relampejou com sua chegada,
a chuva intensa condensava seu espírito dentro da carne
que conversava com bezerros e crianças pela mente ao mesmo tempo.
E as luzes coloridas coloriam o ar que preenchia meu pulmão.
Eu sinto e preciso viver a vida para saber o quão real e bela ela pode ser.
Para que encontremos o fim, e só...
Criança.
As vezes andamos na beira de lagos pensando no hoje, enquanto as águas vem contando histórias do passado. Tudo isto acontece quando temos a mente pensando em algo distante. Ter um filho e deixar a fama da juventude e todas as aventuras que podem ser proporcionadas. Os jogos, as festas, as loucuras.
E quando você se dá conta a velhice já te alcançou antes que a música terminasse. Sorria, você tem um pequenino.
Sallut
16.10.2014
e onde nossa vista pôde alcançar ofuscada por prédios víamos esperança num futuro breve.
Nossas crianças mais próximas se interessaram por música. Os fatos reverberaram.
E enquanto os versos constituem-se diferentes uns dos outros
uma bateria constante faz, não tão alto, uma voz tranquila e fina, de homem, iniciar...
Ele diz: Ei mulher de woodstock, você deve devolver meu coração antes de voltar pro palco. Não me parece justo ter a minha viagem sem o motor cheio de gasolina com meu flo.
Eu me lembro como você levou.
Ei mulher de woodstock, você devia voltar para me dar um último adeus.
As loucuras deste lugar me fazem improvisar em gerações.
Esta minha geração está louca de fantasmas. E eu me sinto tão bem...
A verdade é que a guitarra entrou no flo e o coração já se foi há tanto que agora tenho uma gaita.
Ei, mulher de woodstock. Lembre-se de quando ainda tocava outros ritmos neste palco.
E eu venho do futuro para tentar mais três vezes
deixar as misérias do passado enterradas.
Tirou um e pôs outro, de que adiantou.. ?
... e seus passos conduziram a um pomar estranho onde relampejou com sua chegada,
a chuva intensa condensava seu espírito dentro da carne
que conversava com bezerros e crianças pela mente ao mesmo tempo.
E as luzes coloridas coloriam o ar que preenchia meu pulmão.
Eu sinto e preciso viver a vida para saber o quão real e bela ela pode ser.
Para que encontremos o fim, e só...
Criança.
As vezes andamos na beira de lagos pensando no hoje, enquanto as águas vem contando histórias do passado. Tudo isto acontece quando temos a mente pensando em algo distante. Ter um filho e deixar a fama da juventude e todas as aventuras que podem ser proporcionadas. Os jogos, as festas, as loucuras.
E quando você se dá conta a velhice já te alcançou antes que a música terminasse. Sorria, você tem um pequenino.
Sallut
16.10.2014
terça-feira, 30 de setembro de 2014
Pergunte a sua Mãe.
Estava vindo de longe.
E quando cheguei foi como a nota mais alta que o Saxofone grave podia alcançar.
Algo grave, agudo e suave. Tudo ao mesmo tempo agora.
Eu tirei minhas velhas roupas do guarda-roupa
estou caminhando com minha bota nova e estou indo à praia.
Talvez dê um mergulho para salgar com água do mar a poeira da minha antiga jaqueta de couro.
Preciso fazer uma corrida e fazer meu pulmão de fumante respirar.
Passei tanto tempo tocando a mesma dolorosa canção.
Hoje tenho um novo instrumento que me permite mostrar ao mundo o Show
que pode ser a melodia que emana as vibrações da minha alma.
Sou um cara simples
que precisa de uma boa sorte
para encontrar por aí uma garota que seja minha inspiração.
Vou correr pela praia, talvez esbarre na estrela que me fará ter uma Nova.
Sei que pode ser perigoso correr pelo amor desta forma, numa praia
mas alguém precisa correr em direção ao amor para encontrá-lo. De forma acidental.
Então, corra comigo, querida.
Depois da nota mais alta vem teclas suaves de piano. E outros sete instrumentos que trancam harmonia sem grandes dificuldades.
É como nadar de costas numa piscina de madrugada, no silêncio.
Você sente a água escorregar pelas curvas do teu corpo e o som tranquilo tilintar o silêncio como trovão.
Dá até pra convencer-se de que nadar de costas é mais fácil que correr ao amor.
As vezes me convenço de que não devia correr ou nadar de costa.
Chego momentos em que me pergunto:
O que foi que eu fiz? O que eu farei...
Queria poder tentar de novo, voltar do início.
Saudade de minha mãe e de como se preocupava.
Estou num caminho em que
ou corro ou nado.
é quando seu coração te pergunta
por que está fazendo isto?
e você simplesmente não consegue responder. Apenas pega sua flauta
e assopra notas pro silêncio que não se cala nunca.
Enquanto procuras algo que te preencha o vago espaço do estômago vazio
tente me dizer por que. Por quê gostaria de voltar do início?
Eu não sei.
Eu tenho o flo na minha corrente sanguínea e irei levá-lo até o ápice da sua mente.
Quando chegarmos lá apenas me beije e não diga que não pode. Não diga que tem compromissos.
Farei uma música para você caminhando por aí.
Algo que diga o quanto me senti mal por tê-la deixado sozinha.
É caminhando, querida, de pés no chão, que sinto o que deixei para trás...
Eu me pergunto: Por que?
Apenas uma pergunta... por que...
Queria poder voltar do início sem ter um porque.
Submergir da Terra de pés descalços com o corpo deitado de peito para cima.
Posso parecer maluco
mas queria pegar na sua mão mais uma vez para sentir aquela mesma energia...
e eu me pergunto por que..
Simplesmente não sei.
Talvez minha mãe me diga quando eu a encontrá-la de novo.
E eu vou correr até encontrar o som perfeito que preencha meu interior
Vou nadar até o fim do oceano atlântico para ter ar o suficiente
e assoprar as notas necessárias
que sejam capazes de me dizer o que irá preencher o vazio que eu mesmo causei
com os passos que dei chegando até aqui.
Aqui me pergunto: Por que?
...como cheguei aqui...
Sallut
30.09.2014
Uma parte caída.
Eu mal consigo explicar
como sinto meu coração neste momento.
É como se ele estivesse sofrendo uma pequena epifania.
Tenho momentos na vida,
horas que fico olhando pro meu próprio rosto,
tentando descobrir como vim parar neste lugar.
Um lugar tão estranho e ao mesmo tempo tão cheio de mim mesmo.
Você gostaria de ter chegado até aqui comigo
abraça as próprias lágrimas quando sente que todas as tentativas
as idas e as voltas daquela incansável viagem dolorosa
não deram em absolutamente nada.
Eu sinto vontade de chorar quando estou sozinho.
Mas pego todas as lágrimas e afogo em conhaque. Peço que todos saiam e que se retirem,
preciso ficar só...
Tenho momentos na vida
que mal consigo ouvir minha própria voz.
Não tenho muita escolha e o solitário silencioso é tudo o que me resta.
É tudo o que suporta ficar comigo.
Eu dei para uma moça que já se foi o meu coração,
ela levou consigo e se recusa a voltar para devolvê-lo.
O orgulho fez o Rei perder a guerra e a Rainha o seu marido.
e enquanto todos os motivos de continuar escrevendo desmoronam
algo me inspira como gotejo de palavras que não consigo evitar,
elas cruzam minha cabeça entrando pelo ouvido esquerdo indo em saída ao direito.
É como se alguém me dissesse tudo isso. Me sinto livre ao escrever.
É quando as gotas cessam que sua insanidade dá espaço para pensamentos não tão malignos
estes que ganharam cômodo foram os mesmos que trouxeram uma cachoeira inteira para desaguar
em plena noite trinta de Setembro.
Sallut
30.09.2014
como sinto meu coração neste momento.
É como se ele estivesse sofrendo uma pequena epifania.
Tenho momentos na vida,
horas que fico olhando pro meu próprio rosto,
tentando descobrir como vim parar neste lugar.
Um lugar tão estranho e ao mesmo tempo tão cheio de mim mesmo.
Você gostaria de ter chegado até aqui comigo
abraça as próprias lágrimas quando sente que todas as tentativas
as idas e as voltas daquela incansável viagem dolorosa
não deram em absolutamente nada.
Eu sinto vontade de chorar quando estou sozinho.
Mas pego todas as lágrimas e afogo em conhaque. Peço que todos saiam e que se retirem,
preciso ficar só...
Tenho momentos na vida
que mal consigo ouvir minha própria voz.
Não tenho muita escolha e o solitário silencioso é tudo o que me resta.
É tudo o que suporta ficar comigo.
Eu dei para uma moça que já se foi o meu coração,
ela levou consigo e se recusa a voltar para devolvê-lo.
O orgulho fez o Rei perder a guerra e a Rainha o seu marido.
e enquanto todos os motivos de continuar escrevendo desmoronam
algo me inspira como gotejo de palavras que não consigo evitar,
elas cruzam minha cabeça entrando pelo ouvido esquerdo indo em saída ao direito.
É como se alguém me dissesse tudo isso. Me sinto livre ao escrever.
É quando as gotas cessam que sua insanidade dá espaço para pensamentos não tão malignos
estes que ganharam cômodo foram os mesmos que trouxeram uma cachoeira inteira para desaguar
em plena noite trinta de Setembro.
Sallut
30.09.2014
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
Arte Fria.
Não era o frio da cidade,
eram arrepios de insanidade.
Calam-me com gritos de ferocidade.
Ouço os estalos, não é da chuva,
é a chama de tinta que borbulha.
Foi um pensamento gelado
que me abandonou acompanhado
de um quadro apagado.
Só precisava do fogo, já tinha combustível
quando o pintei o tornei visível,
tangível, corpóreo, material.
Ele era só fibra e tinta, mas o fogo era real.
Me limitei a sentir
meu coração gelado se pôs a agir
o sangue quente aquecendo as veias
o oxigênio é o que incendeia.
Eu posso dizer, como assinatura
que arte viva não se pendura, se atura
é como ser o inverno pra inspirar-se no verão
é como sonhar com romances e acordar na solidão.
Casaco inútil,
o que me aquece é minha Arte.

Sallut
24.09.2014
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Barrett, Syd. Por:
Começa da nota mais baixa,
até alcançar a mediana e levá-la às mais altas.
Volto pro meio estremecendo tudo
e começo de novo.
Do baixo ao alto, estremecendo no meio.
De novo.
Em baixo de mim
moram mãos atadas
penduradas sob desejos insanos
que esperam você ir embora.
Please, please. Baby Lemonade.
E só pela manhã é que você vai embora
quando aparece o sol você me mostra o amanhecer.
Vai como se fosse um fantasma.
Estou assustado, não sei que caminho seguir
sinto as maçãs despencando dos céus.
É como se as árvores se tornassem máquinas.
Me sinto tão sozinho nesta floresta metálica.
Please please. Baby Lemonade.
As notas te deixam louco
pois elas complementam a insanidade que já mora em você.
Em baixo de mim
moram mãos atadas por um desejo insano
de possuí-la e levá-la ao êxstase.
Please, please. Baby Lemonade.
É pela manhã que consigo te levar para baixo
e te faço perceber o valor que tem o Sol amanhecendo.
É então que você se vai como um fantasma que nunca esteve comigo.
Please, please. Baby Lemonade.
Sallut
19.09.2014
até alcançar a mediana e levá-la às mais altas.
Volto pro meio estremecendo tudo
e começo de novo.
Do baixo ao alto, estremecendo no meio.
De novo.
Em baixo de mim
moram mãos atadas
penduradas sob desejos insanos
que esperam você ir embora.
Please, please. Baby Lemonade.
E só pela manhã é que você vai embora
quando aparece o sol você me mostra o amanhecer.
Vai como se fosse um fantasma.
Estou assustado, não sei que caminho seguir
sinto as maçãs despencando dos céus.
É como se as árvores se tornassem máquinas.
Me sinto tão sozinho nesta floresta metálica.
Please please. Baby Lemonade.
As notas te deixam louco
pois elas complementam a insanidade que já mora em você.
Em baixo de mim
moram mãos atadas por um desejo insano
de possuí-la e levá-la ao êxstase.
Please, please. Baby Lemonade.
É pela manhã que consigo te levar para baixo
e te faço perceber o valor que tem o Sol amanhecendo.
É então que você se vai como um fantasma que nunca esteve comigo.
Please, please. Baby Lemonade.
Sallut
19.09.2014
terça-feira, 16 de setembro de 2014
Céu de Terra Úmida.
O céu me mostra explosão.
Luz de um Sol que explode constantemente já há muitos anos.
Me pergunto se a Terra poderia explodir durante tanto tempo
e resistir emitindo a Luz que permeia vida n'outro lugar.
Tentamos durante os esforços encontrar recompensa.
Algo que faça brotar uma árvore da vida no meio deste trilho,
mesmo que seja de ferro construído meio as pedras.
Nascem cactos no Deserto.
E a verdade é que algumas plantas realmente não precisam de água nem de Luz.
Não é como ser auto-suficiente, mas depois de um tempo aprendemos a ser só.
Não por falta de companhia nem por escolha, mas porque de madrugada é o melhor a ser feito...
E você ainda me pergunta ao amanhecer:
Por que você demora tanto pra acordar?
Eu digo bocejando que estava cansado de mais pra acordar tão cedo.
Iremos dedicar horas incontáveis dos nossos dias a tarefas que não gostaríamos, os tais deveres.
É como sacrificar uma lágrima pelo sabor de sorrir enquanto ela escorre. Mas vai além disso...
Talvez seja como esmerilhar os dedos fazendo um solo de guitarra que seja capaz de dizer como se sente.
Mesmo sendo incapaz de traduzir-se continua tocando com todo o sangue que tiver pra escorrer.
Talvez seja o fato de sangrar a tradução dos teus sentimentos.
Enquanto houver algum para ser tocado ou esguichar manchando a parede branca de vermelho...
Eu queria você
mas não com um olhar quebrado de indiferença.
Todos os dias digo Adeus pela minha janela, te observando.
Eu queria você
mas sei que no fim é só um pedido de ajuda.
Porque eu falhei comigo mesmo quando decidi soltar sua mão e seguir meu caminho.
Agora no meio da estrada acredito estar sem combustível.
E enquanto você corre da minha presença perdida
coisas acontecem na sua vida que te fazem chorar pelas mudanças.
Absolutamente. Andando por um vale obscuro.
Você gostaria de estar acompanhada nestes tempos perigosos,
apesar de gostar de acreditar no poder que tem o silêncio e a solidão
de dizer que você dá conta de tudo sozinha.
E isto é tudo o que a vida tem de melhor a oferecer...
Me calei com o sentido que as palavras conduziram.
Cheguei frente a uma Torre sem porta. Não conseguia nem enxergar seu topo.
...e você acha que pode sobreviver sozinha no silêncio da solidão
mas hora ou outra irá perceber que a força está na sua sombra quando acompanhada.
Toquei minha flauta no pé da Torre até que você percebesse
e quando esgueirou-se para fora, apesar de não vê-la, pude notar
Sua energia esgueirou junto.
Senti seu olhar cravado em mim, lá dos céus...
Foi como tocar para você com os pés no chão
e o pulmão ao seu lado, nos céus...
Sallut
16.09.2014
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
Na rua em seu Caminho.
...no meio de notas leves e suaves,
selecionei palavras quando o trompete me iniciou,
quis dizer que vim falar de uma praia, uma estrada, uma dança e uma moça.
Sua cidade era tão enfeitada de tintas artificiais que descascavam com o tempo,
mas quando fechava os olhos podia até sentir vontade de sorrir. Havia uma praia.
A água gelada podia borbulhar nos meus pés e fazer todo meu corpo gelar,
os ventos tomavam conta do meu estado de espírito e me desafiavam a ficar de pé.
Sabia que se andasse de ponta a ponta beirando aquelas águas seria uma caminhada de sonhos.
Talvez até voltasse mais jovem... apaixonado...
Sempre que nos dispomos a visitar praias é uma longa caminhada até a alcançarmos,
nada mais convincente do que morar na cidade e ter o "conforto" de viajar até a praia de vez em quando.
Mas é na estrada que as coisas acontecem. Uma picape e um pen-drive com todas as selectas,
do rock'n'roll ao Miles Davis. E o caminho seria apenas o refrão de várias músicas por nossas vozes.
Uma dessas viagens pode ser louca, fumacenta e psicótica. Talvez queira viajar de motocicleta por segurança.
E por incrível que pareça a vida não se restringe apenas às maravilhas da natureza ou tecnologias.
Por além de tudo, quanto mais antigo for o piano melhor será sua música. Mais intensa será sua dança. Uma dança que não precisa ser romântica e nem agitada. Apenas algo que envolva o trompete suave para dar aos movimentos a liberdade.
De ser e querer ser para poder. Permitir que os movimentos sejam espontâneos e circulem no seu corpo como o sopro de uma flauta transversa, com todas suas saídas planejadas e organizadas.
O mais encantador de poder viver a vida
acaba não sendo visitar a praia ou viajar de picape, motocicleta...
Até mesmo uma dança de salão ao som do jazz mais fino
não teria peso e intensidade
do que o valor de uma Moça na vida de um cara.
Porque qualquer lugar que existir por mais belo que for,
...gostaria que você estivesse aqui...
E mesmo por ser livre a dança mais descompromissada só alcançaria o ápice de mãos dadas a alguém.
Mas no fim da música eu não diria objetivamente o que é de mais encantador nesta vida.
Leia e me diga você.
Sallut
11.09.2014
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
Harley Duas Pernas.
Minhas pernas poderiam correr tão rápido quanto o motor da minha motocicleta.
Eu acredito nisto!
Toda estrada que cruzei pelo país
acabou me apresentando algum diamante nos bares de acostamento.
Podia ser uma garota baixinha de olhos castanhos,
ou só uma gaita nova presenteada por algum barman interessado por Blues.
O tempo me passava tão rápido
que em determinada noite, bêbado no bar vazio do Eric,
percebi que minhas pernas eram o motor e minhas ideias o combustível.
Eu venho andando procurando um lugar para montar minha casa da árvore,
mas sempre acabo encontrando Diamantes.
Eu venho andando por aí
a procura de uma simples árvore pra construir minha casa.
Toda estrada que cruzei pelo país
me fez esbarrar em gritos estéricos e seios saltitantes.
Muitas moças deitaram-se no meu prazer. Minha guitarra gritou por todas elas.
Mas, querida, você é um Diamante.
Preciso encontrar um lugar pra construir minha casa da árvore.
Talvez com alguns galhos secos e grandes folhas
você tope ir se jogar comigo
pelas esquerdas e direitas das estradas que cruzam o país.
Sallut
05.09.2014
Eu acredito nisto!
Toda estrada que cruzei pelo país
acabou me apresentando algum diamante nos bares de acostamento.
Podia ser uma garota baixinha de olhos castanhos,
ou só uma gaita nova presenteada por algum barman interessado por Blues.
O tempo me passava tão rápido
que em determinada noite, bêbado no bar vazio do Eric,
percebi que minhas pernas eram o motor e minhas ideias o combustível.
Eu venho andando procurando um lugar para montar minha casa da árvore,
mas sempre acabo encontrando Diamantes.
Eu venho andando por aí
a procura de uma simples árvore pra construir minha casa.
Toda estrada que cruzei pelo país
me fez esbarrar em gritos estéricos e seios saltitantes.
Muitas moças deitaram-se no meu prazer. Minha guitarra gritou por todas elas.
Mas, querida, você é um Diamante.
Preciso encontrar um lugar pra construir minha casa da árvore.
Talvez com alguns galhos secos e grandes folhas
você tope ir se jogar comigo
pelas esquerdas e direitas das estradas que cruzam o país.
Sallut
05.09.2014
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
Hymn to Mother Earth.
Fui sem saber o que iria encontrar
encontrei sem saber o que esperar.
Enquanto os pomares iam se transformando em cinzas
meus passos traziam a água dos rios em sangue,
e toda nuvem que pairava no céu embolorou-se como se tivessem sido tragadas pela nicotina.
Os prédio rufavam tambores.
Somos todos
seres de um mundo que espera pela Ascensão.
Somos todos,
você e eu estamos pairando.
E você disse que finalmente encontrará
algo que fará você.
Algo que possa fazer sua mente.
Somos todos
óculos escuros no rosto de um negro cego.
Somos todos
estrelas procurando uma casa para voltar.
E você acredita
dia após dias, noite após noite
que algo nesta cidade possa te trazer
Trazer para você a visão. A visão que nunca teve.
A visão de um mundo harmônico. Sem guerras e sangue escorrido.
Onde você pode dançar
em qualquer lugar do planeta que há música
para começar uma bela dança.
É então que tudo começa a desmoronar.
É então que tudo lentamente vai igualando-se ao solo, em escombros.
É então que todo o encanto vira selva apodrecida. E um novo ritmo brota
como uma laranjeira surgindo no deserto brilhando a cor do Sol.
Nem havia sombra de prédio algum, a Terra era seca
ao redor não havia rios nem pessoas. Não havia muito o que se fazer.
Mas foi dali
dali surgiu um pé de laranjeira. No meio do deserto.
É incrível ver como pode ser
o universo que nos rodeia.
É incrível ver como pode ser
o universo que nos rodeia, é incrível...
E quando você se dá conta
algo na sua vida se deu conta: Um amigo.
Algo que você sempre precisou,
algo que você sempre teve medo de não ter.
Então você acorda um dia
e em um momento desse dia seu amigo se vai.
Somos todos
destinados à uma casa que vai brilhar.
Somos. Somos. Somos todos.
Isso é tudo que você vai encontrar.
E se isto não for suficiente
eu mesmo farei
farei com minhas próprias mãos a sua mente.
E mudarei os cantos mais obscuros, abrirei janelas, assoprarei poeras. Espirrarei lembranças velhas. Baterei tapetes nas janelas, balançarei a rede do quintal...
Enquanto os prédios rufarem...
Sallut
03.09.2014
encontrei sem saber o que esperar.
Enquanto os pomares iam se transformando em cinzas
meus passos traziam a água dos rios em sangue,
e toda nuvem que pairava no céu embolorou-se como se tivessem sido tragadas pela nicotina.
Os prédio rufavam tambores.
Somos todos
seres de um mundo que espera pela Ascensão.
Somos todos,
você e eu estamos pairando.
E você disse que finalmente encontrará
algo que fará você.
Algo que possa fazer sua mente.
Somos todos
óculos escuros no rosto de um negro cego.
Somos todos
estrelas procurando uma casa para voltar.
E você acredita
dia após dias, noite após noite
que algo nesta cidade possa te trazer
Trazer para você a visão. A visão que nunca teve.
A visão de um mundo harmônico. Sem guerras e sangue escorrido.
Onde você pode dançar
em qualquer lugar do planeta que há música
para começar uma bela dança.
É então que tudo começa a desmoronar.
É então que tudo lentamente vai igualando-se ao solo, em escombros.
É então que todo o encanto vira selva apodrecida. E um novo ritmo brota
como uma laranjeira surgindo no deserto brilhando a cor do Sol.
Nem havia sombra de prédio algum, a Terra era seca
ao redor não havia rios nem pessoas. Não havia muito o que se fazer.
Mas foi dali
dali surgiu um pé de laranjeira. No meio do deserto.
É incrível ver como pode ser
o universo que nos rodeia.
É incrível ver como pode ser
o universo que nos rodeia, é incrível...
E quando você se dá conta
algo na sua vida se deu conta: Um amigo.
Algo que você sempre precisou,
algo que você sempre teve medo de não ter.
Então você acorda um dia
e em um momento desse dia seu amigo se vai.
Somos todos
destinados à uma casa que vai brilhar.
Somos. Somos. Somos todos.
Isso é tudo que você vai encontrar.
E se isto não for suficiente
eu mesmo farei
farei com minhas próprias mãos a sua mente.
E mudarei os cantos mais obscuros, abrirei janelas, assoprarei poeras. Espirrarei lembranças velhas. Baterei tapetes nas janelas, balançarei a rede do quintal...
Enquanto os prédios rufarem...
Sallut
03.09.2014
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
De: Sonhos e Pesadelos.
...aí voltei pra dentro de casa
os ventos preenchiam minha alma como a certeza de uma felicidade.
Meu coração voltou diferente, parecia mais enérgico e o sangue fluía.
Senti como se pudesse ir voando a Faculdade. Nada de ônibus.
Então decidi ouvir o sir Galway e ele me levou a outro horizonte...
Senti que podia alcançar o incrível lado do céu que é como o mar,
longe tudo, inacessível para os que estão acorrentados ao corpo. Lugar apenas para a mente.
Lá nadávamos na cidade como barcos nadam nos rios de Veneza
cada um com seu subconsciente viajando pelas esquinas de uma encantadora cidade flutuante,
enquanto nossos passos escorregavam de um pensamento a outro
esbarrávamos nossas ideias e uníamos como em um só
por um momento senti que fui dominado por algum tipo de sentimento.
Algo tranquilo que desliza penetrando fibra por fibra como o som de uma Flauta
para dentro da mente e do coração... do espírito...
E antes de percebermos que nos esbarramos já éramos outro tipo de consciência,
diferente da que éramos antes, comouma mistura.
Não houve sorrir, não houve olhar, houve apenas o conflito de ideias. A mistura.
Enquanto continuávamos o nado em lados opostos com objetivos diferentes
pensávamos o dia inteiro no que poderia estar acontecendo lá fora, em outras superfícies...
Sallut
28.08.2014
os ventos preenchiam minha alma como a certeza de uma felicidade.
Meu coração voltou diferente, parecia mais enérgico e o sangue fluía.
Senti como se pudesse ir voando a Faculdade. Nada de ônibus.
Então decidi ouvir o sir Galway e ele me levou a outro horizonte...
Senti que podia alcançar o incrível lado do céu que é como o mar,
longe tudo, inacessível para os que estão acorrentados ao corpo. Lugar apenas para a mente.
Lá nadávamos na cidade como barcos nadam nos rios de Veneza
cada um com seu subconsciente viajando pelas esquinas de uma encantadora cidade flutuante,
enquanto nossos passos escorregavam de um pensamento a outro
esbarrávamos nossas ideias e uníamos como em um só
por um momento senti que fui dominado por algum tipo de sentimento.
Algo tranquilo que desliza penetrando fibra por fibra como o som de uma Flauta
para dentro da mente e do coração... do espírito...
E antes de percebermos que nos esbarramos já éramos outro tipo de consciência,
diferente da que éramos antes, comouma mistura.
Não houve sorrir, não houve olhar, houve apenas o conflito de ideias. A mistura.
Enquanto continuávamos o nado em lados opostos com objetivos diferentes
pensávamos o dia inteiro no que poderia estar acontecendo lá fora, em outras superfícies...
Sallut
28.08.2014
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
Vai comer? Preciso guardar.
Afogado
no fracasso de ser
o romântico fodido.
Atolado
no entulho que há
em ter um amor bêbado e vadio.
Mas se não tivesse amado de forma tão intensa
jamais teria sofrido o abismo que existia
no jejum de alguém que não comeu durante todo o dia.
E enquanto mudam as faixas, trocam-se os vinis,
o mesmo amor perpetua.
O mesmo romantismo afogado, atolado e fodido.
E n'outra manhã que amanhecer saberei que meu Amor está por aí
talvez em algum bar ou na cama de outro alguém.
Talvez saltitando no prazer de um ninguém.
Não teria sentido toda esta poesia
se antes desta não houvesse alegria.
Alegria passageira, alegria derradeira.
Um quadro tem de haver montanhas cinzas
mas logo acima das montanhas
há o céu de brancas listras lisas.
Uma vida tem de haver o romance da adolescência.
Uma poesia tem de haver o brilho da inocência.
As palavras tem de guardar o segredo e a indecência.
Mas o Amor que inspira as palavras, Ah... Este...
este é que leva consigo a minha essência.
Sallut
25.08.2014
Morfina, For The Last Time.
Quantas manhãs acordei
desejando que fosse
a última vez.
E então outra manhã chegou
e o mesmo pensar que me acordou.
Que seja pela última vez.
Você queria que eu estivesse errado,
adoraria ouvir sua própria música sendo cantada por mim
na porta da sua casa sem ter que ir embora depois.
Você deu sua última volta no meu coração,
mostrou a si mesmo a janela de saída. Preferiu pulá-lá ao sair pela porta.
Quis não me importar, pela última vez.
Mas logo terei outra manhã.
Você escolheu o momento certo para começar o seu jogo
de solitário, de explosões... por mais uma vez.
Eu não voltaria para dizer que você me pôs no chão,
pela última vez.
E quando levantei-me do chão quis apenas ir embora.
E fui.
Não há nenhum outro caminho que me faça esquecer todos os outros que já trilhei.
Não há nenhuma canção que me faça sentir melhor em uma manhã por uma última vez.
Não há nenhuma agulha afiada que possa perfurar o balão de pedra que se preencheu nesta música.
E você entenderia se não estivesse tão bêbado de si mesmo
entenderia se não tivesse usado as seringas pra injetar A Cura pra Dor.
Sallut
25.08.2014
desejando que fosse
a última vez.
E então outra manhã chegou
e o mesmo pensar que me acordou.
Que seja pela última vez.
Você queria que eu estivesse errado,
adoraria ouvir sua própria música sendo cantada por mim
na porta da sua casa sem ter que ir embora depois.
Você deu sua última volta no meu coração,
mostrou a si mesmo a janela de saída. Preferiu pulá-lá ao sair pela porta.
Quis não me importar, pela última vez.
Mas logo terei outra manhã.
Você escolheu o momento certo para começar o seu jogo
de solitário, de explosões... por mais uma vez.
Eu não voltaria para dizer que você me pôs no chão,
pela última vez.
E quando levantei-me do chão quis apenas ir embora.
E fui.
Não há nenhum outro caminho que me faça esquecer todos os outros que já trilhei.
Não há nenhuma canção que me faça sentir melhor em uma manhã por uma última vez.
Não há nenhuma agulha afiada que possa perfurar o balão de pedra que se preencheu nesta música.
E você entenderia se não estivesse tão bêbado de si mesmo
entenderia se não tivesse usado as seringas pra injetar A Cura pra Dor.
Sallut
25.08.2014
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
Embriagado de Silêncio.
...e das bombas que explodem no mundo
mantenho preso e intacto no túmulo
meu romance cinza e abafado
de um coração afogado.
Já não há tantos motivos
do que céus ou sorrisos
falsos e antigos
congelados no limbo.
E o amor? Você não disse que valia a pena? Não parece agora que vejo sua carne corroer arrependimento de ter se metido com isto. Achou que o romance iria curá-lo e sustentar o corpo que você acredita não precisar manter vivo. Você é quase que uma piada, se não fosse tão trágica a história.
E enquanto puderes enxergar verás os céus e as estrelas, em certas noites terás Lua. Mas jamais terá um braço confiável e cama terna para se aquecer da chuva de ácido seco.
Talvez arrumar um emprego, me meter numa casa de aluguel, ser auto-suficiente. Pensamentos limitados. Você adoraria pular de asa delta. Isto também é uma tristeza.
E as pedras que eu atiro no lago jamais retornam ecos tão doloridos que açoitassem o mais profundo do meu eu quanto o amor perdido. Já não faz sentido nenhum verso instigado a lagrima.
E por mais triste que possa ser este sangue morto suprimido
O coração dispõe pulsações para animar todo o corpo.
Sallut
22.08.2014
mantenho preso e intacto no túmulo
meu romance cinza e abafado
de um coração afogado.
Já não há tantos motivos
do que céus ou sorrisos
falsos e antigos
congelados no limbo.
E o amor? Você não disse que valia a pena? Não parece agora que vejo sua carne corroer arrependimento de ter se metido com isto. Achou que o romance iria curá-lo e sustentar o corpo que você acredita não precisar manter vivo. Você é quase que uma piada, se não fosse tão trágica a história.
E enquanto puderes enxergar verás os céus e as estrelas, em certas noites terás Lua. Mas jamais terá um braço confiável e cama terna para se aquecer da chuva de ácido seco.
Talvez arrumar um emprego, me meter numa casa de aluguel, ser auto-suficiente. Pensamentos limitados. Você adoraria pular de asa delta. Isto também é uma tristeza.
E as pedras que eu atiro no lago jamais retornam ecos tão doloridos que açoitassem o mais profundo do meu eu quanto o amor perdido. Já não faz sentido nenhum verso instigado a lagrima.
E por mais triste que possa ser este sangue morto suprimido
O coração dispõe pulsações para animar todo o corpo.
Sallut
22.08.2014
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
Sabe a quem.
Você sabe que eu tenho o amor
você sabe que amarei o amor.
Você sabe que eu amo amar
você sabe que amarei pra sempre.
Mas não por isto, aquilo ou outro
você gosta é dos meus transtornos.
Gosta da gota que pinga de sangue
de um coração morto mas cintilante.
Você não quer mais saber de mim
já não te importa minha rosa, jasmim.
Pois meu Jardim hoje é todo cinza
Asfaltei, transformei em Avenida.
Trancafiei meus pensamentos teus
Amordacei saudades tuas.
Saí bêbado descalço a noite
perdido e sem casa pelas ruas.
Não faz sentido voltar pra ti
com Lennon cantando por nós,
se minha vitrola não alcançá-la
é melhor enterrá-la.
Sallut
21.08.2014
você sabe que amarei o amor.
Você sabe que eu amo amar
você sabe que amarei pra sempre.
Mas não por isto, aquilo ou outro
você gosta é dos meus transtornos.
Gosta da gota que pinga de sangue
de um coração morto mas cintilante.
Você não quer mais saber de mim
já não te importa minha rosa, jasmim.
Pois meu Jardim hoje é todo cinza
Asfaltei, transformei em Avenida.
Trancafiei meus pensamentos teus
Amordacei saudades tuas.
Saí bêbado descalço a noite
perdido e sem casa pelas ruas.
Não faz sentido voltar pra ti
com Lennon cantando por nós,
se minha vitrola não alcançá-la
é melhor enterrá-la.
Sallut
21.08.2014
domingo, 17 de agosto de 2014
Tambourin.
...foi um caminho que não tinha sequer planejado,
a vida foi desembaraçando e desenrolando os quebrados e emaranhados,
até perceber que a esquina onde nos encontramos foi a lembrança que perpetuou na minha memória
de quando a conheci e a vi pela primeira vez.
Nenhum instinto poderia aconselhar-me a simplesmente tomar o rumo da esquerda, ao invés da direita.
Como se os sentidos não precisassem ser fixos e previamente determinados.
Mas aí você se pega olhando pro nada, observando que está acontecendo, afinal.
E percebe que nada acontece. Além do tempo que passa interruptivamente bagunçando os fatos...
E enquanto volta pra casa, cheio de calma, percebe que as três ruas que precisa subir são só aquelas de sempre. As três ruas da antiga vizinhança onde cresci.
E sempre observava os bares, os comércios e as pessoas mesmas que sempre passam por aí.
O tempo vai trazendo novas perspectivas de enxergar o mesmo amanhecere de Domingo.
O tempo vai levando velhas maneiras viciadas de sentir as notas de uma antiga playlist.
É quando percebemos que não falta nada
além daquilo que lhe trás a paz.
Mas encontra um dilema: Paz ou Felicidade.
Onde vivemos, afinal?
Sei que você quer chegar em algum lugar e podemos fazê-lo juntos,
mas só se estiveres por mim enquanto eu estiver por ti. Juntos.
Porque é um caminho de muita cafeína. Caminho Negro.
Onde precisamos estourar correntes para conseguir levantar às manhãs
e continuar trabalhando firme e docilmente no empenho que nos muda a vida.
Motivados pela melhora individual que é cada dia de trabalho.
Não pelo avanço tecnológico, não pela indústria automobilística...
por princípios e ideias dignos a valores humanitários básicos de existência humana.
Precisamos de uma nova estrada de rodagem
para transportar nossa mão-de-obra, nossa produção, para alimentarmos nosso próprio Mercado,
mas não pela ganância de enriquecer,
mas pela vontade exacerbada de libertar-se da repressão e exploração.
Mas da mesma forma como começou
terminamos sem um sentido que diga algum...
Sallut
17.08.2014
terça-feira, 12 de agosto de 2014
Nova Lua Cheia.
Óh, Lua.
Minha Lua.
Repousa sozinha neste vasto céu.
Óh, Lua.
Só ti, Lua,
pra ter consigo um palco como o céu.
E no fim do meu dia, cansado,
poderei olhá-la com desalento e preguiça, olhos ardendo,
encontrar em ti um motivo de ir dormir pra outro dia acordar.
Dias de luta, dias de guerra...
E por onde passamos, neste bairro antigo onde cresci,
posso encontrar doces lembranças que apertam meu coração em saudade.
Digo tudo bem. Digo tudo em paz.
com o Admirável Mundo Novo em mãos eu desço a rua...
Óh, Lua.
Minha Lua.
Tem pra ti o céu inteirinho sem uma nuvem sequer.
Óh, Lua.
Só ti, Lua,
pra me inspirar uma prosa meio ao mal me quer.
Sallut
12.08.2014
Minha Lua.
Repousa sozinha neste vasto céu.
Óh, Lua.
Só ti, Lua,
pra ter consigo um palco como o céu.
E no fim do meu dia, cansado,
poderei olhá-la com desalento e preguiça, olhos ardendo,
encontrar em ti um motivo de ir dormir pra outro dia acordar.
Dias de luta, dias de guerra...
E por onde passamos, neste bairro antigo onde cresci,
posso encontrar doces lembranças que apertam meu coração em saudade.
Digo tudo bem. Digo tudo em paz.
com o Admirável Mundo Novo em mãos eu desço a rua...
Óh, Lua.
Minha Lua.
Tem pra ti o céu inteirinho sem uma nuvem sequer.
Óh, Lua.
Só ti, Lua,
pra me inspirar uma prosa meio ao mal me quer.
Sallut
12.08.2014
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
Céu de Veneza.
Moça
Moça que surgiu
me encantou, levou consigo o meu eu.
Deixou dóceis lembranças para não te esquecer.
As ruas de Veneza jamais tiveram tanta alegria.
O caminhar colorido do vestido daquela Moça
alegrava até os velhos rabugentos sobreviventes da grande Guerra.
Ela sempre olhava para a Varanda que o menino tocava sua gaita
que gritava seu romance pra toda Veneza através de sopros.
Um sorriso gentil lhe inspirava toda vez que a Moça passava
e era uma longa tarde de declarações de amor em forma de notas,
em forma de sopros. Pra uma Moça de vestido nas ruas de Veneza.
E durante as noites as estrelas lhe serviam consolo
pois sabiam que seu coração, menino jovem e apaixonado,
jamais desceria da Varanda para cumprimentá-la como Moça.
Mas a Gaita, logo cedo, despertava a todos.
Até que a Moça também ouvira e vinha com seu vestido... cor de Sol...
Parecia tão mais feliz que a história de todo romance que já existiu,
foi diretamente a janela da Gaita.
Sentou-se e ouviu.
Sem sorrir, sem intenções. Séria pôs-se a ouvir.
E ouviu. Até o fim. Ao último sopro.
Foi quando sentiu dentro de seu coração alegre que a alegria ainda estava para lhe encontrar
e que o Sol não iria se pôr naquele dia
pois acabara de encontrar seu céu para brilhar.
Sallut
07.08.2014
Moça que surgiu
me encantou, levou consigo o meu eu.
Deixou dóceis lembranças para não te esquecer.
As ruas de Veneza jamais tiveram tanta alegria.
O caminhar colorido do vestido daquela Moça
alegrava até os velhos rabugentos sobreviventes da grande Guerra.
Ela sempre olhava para a Varanda que o menino tocava sua gaita
que gritava seu romance pra toda Veneza através de sopros.
Um sorriso gentil lhe inspirava toda vez que a Moça passava
e era uma longa tarde de declarações de amor em forma de notas,
em forma de sopros. Pra uma Moça de vestido nas ruas de Veneza.
E durante as noites as estrelas lhe serviam consolo
pois sabiam que seu coração, menino jovem e apaixonado,
jamais desceria da Varanda para cumprimentá-la como Moça.
Mas a Gaita, logo cedo, despertava a todos.
Até que a Moça também ouvira e vinha com seu vestido... cor de Sol...
Parecia tão mais feliz que a história de todo romance que já existiu,
foi diretamente a janela da Gaita.
Sentou-se e ouviu.
Sem sorrir, sem intenções. Séria pôs-se a ouvir.
E ouviu. Até o fim. Ao último sopro.
Foi quando sentiu dentro de seu coração alegre que a alegria ainda estava para lhe encontrar
e que o Sol não iria se pôr naquele dia
pois acabara de encontrar seu céu para brilhar.
Sallut
07.08.2014
O Salão de 1925.
"O salão não era tão grande mas tinha espaço o suficiente para nos permitir a mais bela noite do frio de Agosto. Havia um piano de calda e a minha gaita diatônica, sem dúvida em si. Você, sentada no piano com aquele vestino cumprido, a boneca pinup de cabelos negros que deveria estar ali. O piano, tão docilmente cantava o romance que ardia somente em nossos corações. Da nota mais baixa a mais alta. Seus olhos me olhavam com a certeza de que queriam morar em mim. Então a música nos conduziu a todos os cantos do pequeno salão suficiente. Seu corpo girava enquanto suas mãos confiantes e tranquilas repousavam sobre as minhas, que te fazia suar por dentro por não imaginar onde iríamos parar.
Talvez o gosto dos seus lábios desse a reposta pra pegunta de alguma dessas mentes.
Mas me sentia mais inspirado a cada rodopio que você dava pelo salão, pois tinha cada vez mais certeza de que sua mão estaria colada à minha confiante, sem hesitar uma única vez de querer estar ali.
Não tínhamos uma rosa, não tínhamos o Whisky nem o charuto Cubano. Tínhamos apenas nossos corpos alinhados numa frequência que curiosamente se desejava de uma forma arrepiadora e perigosa.
Até que o cenário quis nos levar ao mais tranquilo, ao mais dócil, ao mais romântico. Toda a chama apagou como se o frio de Agosto houvesse castigado. Movimentos curtos e intensos, seus pés e pernas colados ao meu corpo seguiam-me por onde quer que fosse. Seu olhar fixo encarava meu eu perguntando-se de onde viera tamanho desejo. Enquanto eu recuava você seguia colada em mim. Enquanto tentava recuar a perseguia com sua cintura nas mãos sob meu domínio. E era este o jogo. O Domínio e a Confiança.
O romance da dança era só ilustrativo e sabíamos disso. Por isso o piano e tudo o mais.
Mas quem poderia entender se numa noite fria como essa tudo o que há são passos curtos e intensos num salão?
Talvez se voltássemos à nossa época de ouro onde os músicos respiravam nosso ar,
onde os artistas andavam em nossas ruas,
Óh, época de ouro, que toda geração quer reviver novamentem
os fulgores e esplendores jamais desaparecerão da história.
Mas não obstante, meu bem.
Sua perna é capaz de subir e apoiar em meu ombro, encara-me com o corpo colado no meu, olhando-me fixamente nos olhos. É quando as coisas acontecem..."
Sallut
07.04.2014
Talvez o gosto dos seus lábios desse a reposta pra pegunta de alguma dessas mentes.
Mas me sentia mais inspirado a cada rodopio que você dava pelo salão, pois tinha cada vez mais certeza de que sua mão estaria colada à minha confiante, sem hesitar uma única vez de querer estar ali.
Não tínhamos uma rosa, não tínhamos o Whisky nem o charuto Cubano. Tínhamos apenas nossos corpos alinhados numa frequência que curiosamente se desejava de uma forma arrepiadora e perigosa.
Até que o cenário quis nos levar ao mais tranquilo, ao mais dócil, ao mais romântico. Toda a chama apagou como se o frio de Agosto houvesse castigado. Movimentos curtos e intensos, seus pés e pernas colados ao meu corpo seguiam-me por onde quer que fosse. Seu olhar fixo encarava meu eu perguntando-se de onde viera tamanho desejo. Enquanto eu recuava você seguia colada em mim. Enquanto tentava recuar a perseguia com sua cintura nas mãos sob meu domínio. E era este o jogo. O Domínio e a Confiança.
O romance da dança era só ilustrativo e sabíamos disso. Por isso o piano e tudo o mais.
Mas quem poderia entender se numa noite fria como essa tudo o que há são passos curtos e intensos num salão?
Talvez se voltássemos à nossa época de ouro onde os músicos respiravam nosso ar,
onde os artistas andavam em nossas ruas,
Óh, época de ouro, que toda geração quer reviver novamentem
os fulgores e esplendores jamais desaparecerão da história.
Mas não obstante, meu bem.
Sua perna é capaz de subir e apoiar em meu ombro, encara-me com o corpo colado no meu, olhando-me fixamente nos olhos. É quando as coisas acontecem..."
Sallut
07.04.2014
Ventos de Sopro.
...as muralhas da cidade antiga continham a curiosidade de muitos cidadãos, não a minha. Olhava de cima da montanha o que o mundo escondia em suas entranhas, enxergava um imenso azul que não me dava uma dica sequer pra onde iria. A flauta e a gaita. Os ventos. Estiveram comigo. Estão comigo. Vão comigo. São eu.
...mas você me perguntou um dia se eu iria com você pra onde fosse.
Sim, eu vou! Sim eu iria! Pra qualquer lugar que escolhesse... sim...
Mas acabei por perder o sonho
como soltar um laço no mar
e jamais vê-lo novamente.
Acabei por tentar rever o mesmo riso,
mas depois que o Sol já tinha ido embora. O sol já se foi...
Eu piloto minha mente pelos meus pensamentos.
Sim, eu piloto. E desvio de obstáculos! Escolhi assim... sim...
E eu queria poder olhá-la nos olhos e dizer:
Eu iria como um laço no oceano
em direção às suas ondas. Eu iria pra qualquer lugar que fosse
nas ondas do seu oceano... como um laço... Óh, sim.
Eu tento encontrar motivos pra não perder a lucidez nas ruas.
Sim, eu tento. Tento procurar. Mas encontro só motivos vazios.
Eu fui em direção à banca que vendia perdão, cumprimentei com um sorriso gentil.
Mas não havia figurinhas nem jornal naquela banca. Quem dirá perdão.
Perdão pra quem deixou o Sol partir. Óh, sim...
Eu piloto minha mente em meio a esses fatos.
Ah, piloto sim. É minha única escolha diante do mundo.
E mesmo os buracos e má vontade dos outros que pilotam por aí
eu tenho continuado o meu caminho com muita atenção.
Óh, sim.
Sallut
07.08.2014
terça-feira, 5 de agosto de 2014
Expansionismo limitado.
Tinha me convidado para uma dança
mas estava sem trajes de salão.
Estava vestido apenas de bermuda e regata, descalço.
Meus olhos levavam a certeza que tinha de alcançar os ecos já libertados.
Um concerto de assovio ou de flauta,
gaita ou saxofone,
a música tem residência em mim.
Tem moradia, tem lar, tem estadia.
Aqui, pra ela, só não tem pousada.
Não aceito que vá embora sem deixar-me lembranças.
E enquanto se for observarei até sumir no horizonte,
quando for noite ascenderei uma vela
ela derreterá levando pra ti o vento com minhas orações.
eu estava de olhos fechados
mas podia sentir a sensação de seu espírito ao ouvir minha flauta cantar
cada nota que a atingia arrepiava um canto de seu eu desconhecido.
Parecia que explorava-lhe o corpo pela primeira vez, através de ruídos
provocados por uma flauta transversa de maneira inesperada.
Tinha muito tempo para dizer à ela o que achava disso tudo
mas limitei-me a dizer só aquilo...
Sallut
05.08.2014
mas estava sem trajes de salão.
Estava vestido apenas de bermuda e regata, descalço.
Meus olhos levavam a certeza que tinha de alcançar os ecos já libertados.
Um concerto de assovio ou de flauta,
gaita ou saxofone,
a música tem residência em mim.
Tem moradia, tem lar, tem estadia.
Aqui, pra ela, só não tem pousada.
Não aceito que vá embora sem deixar-me lembranças.
E enquanto se for observarei até sumir no horizonte,
quando for noite ascenderei uma vela
ela derreterá levando pra ti o vento com minhas orações.
eu estava de olhos fechados
mas podia sentir a sensação de seu espírito ao ouvir minha flauta cantar
cada nota que a atingia arrepiava um canto de seu eu desconhecido.
Parecia que explorava-lhe o corpo pela primeira vez, através de ruídos
provocados por uma flauta transversa de maneira inesperada.
Tinha muito tempo para dizer à ela o que achava disso tudo
mas limitei-me a dizer só aquilo...
Sallut
05.08.2014
segunda-feira, 21 de julho de 2014
Passageiro.
...Até que pousei suavemente na ponta daquele prego,
senti minha pele espetar mas não doeu. Apenas pousei com o dedão do pé em cima do prego.
Era um mar de pregos fincados nas rochas firmemente. E eu passava por eles por leves saltos
apoiados pelo meu dedão calejado de coisas pontiagudas. Que perfuram.
Um ruído obscuro tentava atrapalhar a minha concentração,
algo tentava perfurar, como um prego, a minha mente que pensava
indo por caminhos perigosos tranquilamente, suavemente. Apoiado por um único dedo do pé. O dedão.
Meus pensamentos iam a um destino que talvez eu pudesse encontrar
depois do mar de pregos...
Enquanto aqui vou de salto em salto. Leve. Até onde meus dois dedos aguentarem.
Sei que o caminho vai além dos pregos e que eles são só a entrada deste Éden Infernal.
Mas o pomar que me espera vale a pena cada prego que venho pisando durante todos estes anos.
Todo mundo sabe que a entrada é a parte mais doce, mais suave. Por isso venho saltando, tranquilo.
Logo minha tranquilidade se transformará num arrepio de desespero contagiante.
Os céus não vão suportar as tempestades e Tornados
que estiverem à solta durante os próximos tempos.
Mas me sinto seguro agora, na entrada.
Nem me parece que logo poderei perder a vida. Não consigo sentir medo ou emoção alguma.
Apenas salto de prego em prego sabendo que uma hora ultrapassarei esta fase da minha vida.
No dia vinte e um do sete havia um gato branco no telhado arranhando o toldo
ele fazia um barulho suspeito, mas eu devia imaginar... um gato. Astuto e ardil.
...até que alcancei os céus,
senti meu corpo todo arrepiado, como se estivesse decolando de um grande avião pela primeira vez.
Os ventos passavam tão rápido que se eu abrisse a boca eles levavam meus dentes.
Me sentia livre nos céus.
Vestia uma capa azul com listras brancas
esta tinha muito significado. Era como um véu de estrela invadindo a constelação, vindo de longe...
Onde está você?
No meio deste universo que parece quebrado.
Algum dia espero encontrá-la passando pela rua vendo-a pela minha janela.
Onde está você? Enquanto todo mundo precisa da sua ajuda.
O que você diria se estivesse aqui no meu lugar, cercado de nada.
Você diria que sente muito por ter feito isso consigo mesma
e que acredita no perdão de alguém que possa perdoá-la
para finalmente sentir-se segura das sombras do universo.
Cachoeira constante. Morrendo perdido.
Como uma estrela procurando seu núcleo vital para recobrar sua função.
Você disse: Adeus. Até o dia em que tudo acaba.
Eu digo: Não tão tarde, meu bem. Vou olhá-la nos olhos mais uma vez.
Você tenta se esconder da verdade no meio do nosso silêncio
mas sabe que meu coração quebrado pulsa no seu peito
e você, sem forças para calá-lo, chora as mesmas lágrimas de saudade.
Mas pra onde me levaria se pudesse me encontrar agora, neste instante?
A levaria para qualquer lugar onde não haja silêncio entre nós
qualquer lugar onde eu possa ouvir o som da sua voz contando tudo o que aconteceu enquanto estava na sombra.
Eu sinto que esta parte de voar pelos céus também é só uma fase desta minha vida implacável.
Tenho muitos outros cenários e universos para conhecer.
Passei por acaso por esta galáxia e já me apaixonei por um alguém...
Não tem jeito. Uma essência incorrigivelmente romântica. Independente.
Sallut
21.07.2014
senti minha pele espetar mas não doeu. Apenas pousei com o dedão do pé em cima do prego.
Era um mar de pregos fincados nas rochas firmemente. E eu passava por eles por leves saltos
apoiados pelo meu dedão calejado de coisas pontiagudas. Que perfuram.
Um ruído obscuro tentava atrapalhar a minha concentração,
algo tentava perfurar, como um prego, a minha mente que pensava
indo por caminhos perigosos tranquilamente, suavemente. Apoiado por um único dedo do pé. O dedão.
Meus pensamentos iam a um destino que talvez eu pudesse encontrar
depois do mar de pregos...
Enquanto aqui vou de salto em salto. Leve. Até onde meus dois dedos aguentarem.
Sei que o caminho vai além dos pregos e que eles são só a entrada deste Éden Infernal.
Mas o pomar que me espera vale a pena cada prego que venho pisando durante todos estes anos.
Todo mundo sabe que a entrada é a parte mais doce, mais suave. Por isso venho saltando, tranquilo.
Logo minha tranquilidade se transformará num arrepio de desespero contagiante.
Os céus não vão suportar as tempestades e Tornados
que estiverem à solta durante os próximos tempos.
Mas me sinto seguro agora, na entrada.
Nem me parece que logo poderei perder a vida. Não consigo sentir medo ou emoção alguma.
Apenas salto de prego em prego sabendo que uma hora ultrapassarei esta fase da minha vida.
No dia vinte e um do sete havia um gato branco no telhado arranhando o toldo
ele fazia um barulho suspeito, mas eu devia imaginar... um gato. Astuto e ardil.
...até que alcancei os céus,
senti meu corpo todo arrepiado, como se estivesse decolando de um grande avião pela primeira vez.
Os ventos passavam tão rápido que se eu abrisse a boca eles levavam meus dentes.
Me sentia livre nos céus.
Vestia uma capa azul com listras brancas
esta tinha muito significado. Era como um véu de estrela invadindo a constelação, vindo de longe...
Onde está você?
No meio deste universo que parece quebrado.
Algum dia espero encontrá-la passando pela rua vendo-a pela minha janela.
Onde está você? Enquanto todo mundo precisa da sua ajuda.
O que você diria se estivesse aqui no meu lugar, cercado de nada.
Você diria que sente muito por ter feito isso consigo mesma
e que acredita no perdão de alguém que possa perdoá-la
para finalmente sentir-se segura das sombras do universo.
Cachoeira constante. Morrendo perdido.
Como uma estrela procurando seu núcleo vital para recobrar sua função.
Você disse: Adeus. Até o dia em que tudo acaba.
Eu digo: Não tão tarde, meu bem. Vou olhá-la nos olhos mais uma vez.
Você tenta se esconder da verdade no meio do nosso silêncio
mas sabe que meu coração quebrado pulsa no seu peito
e você, sem forças para calá-lo, chora as mesmas lágrimas de saudade.
Mas pra onde me levaria se pudesse me encontrar agora, neste instante?
A levaria para qualquer lugar onde não haja silêncio entre nós
qualquer lugar onde eu possa ouvir o som da sua voz contando tudo o que aconteceu enquanto estava na sombra.
Eu sinto que esta parte de voar pelos céus também é só uma fase desta minha vida implacável.
Tenho muitos outros cenários e universos para conhecer.
Passei por acaso por esta galáxia e já me apaixonei por um alguém...
Não tem jeito. Uma essência incorrigivelmente romântica. Independente.
Sallut
21.07.2014
Não confunda.
Frio inescrupuloso.
Dedos congelados.
A marcha começa às 04:50 da madrugada.
Eles me querem de pé determinado a marchar até o fim da cidade.
E depois voltar...
Eu sinto que deveria ser livre, escalar montanhas ao invés de andar em ruas.
Sinto que deveria pular de Asa Delta ao invés de pilotar caminhões que transportam pessoas
desinteressadas, entediadas.
Quem olha pra si mesmo
e enxerga o que precisa ser?
Enquanto o órgão dizia eu já nem entendia mais o que estava acontecendo,
talvez alguém em algum lugar fazia meu estômago tremer ansiedade.
Nesse frio... parece a cama já desarrumada do Domingo me chamando...
você precisa dormir pra ir às provas
você precisa estudar pra ir às provas
você precisa marchar pra ter a prova
você tem de voltar marchando pra ser a prova.
Você vai marchar durante a vida inteira
mas poderá ter intervalos curtos para fazer algo do que gosta. Não qualquer coisa.
Se gostar de música você é perigoso, vá marchar. Escolha outro hobbie.
Minha marca é uma escrita de música.
Sallut
21.07.2014
sexta-feira, 18 de julho de 2014
Bo's Veranda.
Eu acordei mais cedo naquela manhã de sexta-feira 18,
precisava trabalhar mais cedo pra poder estudar pela tarde
mandar bem nos testes. Precisava ter uma certeza na minha vida.
Queria muito visitar Itália.
Talvez você não queira saber, ainda assim eu escrevo.
Talvez você não queria ouvir, ainda assim eu toco e canto pra você.
E mesmo parecendo maligno este pensamento
mantenho-me perto o suficiente para não ter escapatória de desistência.
O futuro irá contar uma história em que eu insisti e persisti. Eis-me aqui na tal
sexta de um julho 18.
Enquanto eu caminhar não me veja como louco,
eu posso ser o que você deseja
desde que permita-me, em mínimo, ser o teu amigo.
Óh...
Meu Sax jamais foi tão profundo com as notas, baby
enquanto eu penso em você as viradas de bateria me fazem enlouquecer.
Se eu tivesse um Piano já teria encantado o mundo inteiro com este amor que tenho
as teclas, as cordas, o que quer que seja, sou capaz de transformar em mágica.
Se nas escritas me mantenho o tanto alucinado
eu não teria como finalizar aquele pensamento da manhã 18
apenas terminei.
Sallut
18.07.2014
precisava trabalhar mais cedo pra poder estudar pela tarde
mandar bem nos testes. Precisava ter uma certeza na minha vida.
Queria muito visitar Itália.
Talvez você não queira saber, ainda assim eu escrevo.
Talvez você não queria ouvir, ainda assim eu toco e canto pra você.
E mesmo parecendo maligno este pensamento
mantenho-me perto o suficiente para não ter escapatória de desistência.
O futuro irá contar uma história em que eu insisti e persisti. Eis-me aqui na tal
sexta de um julho 18.
Enquanto eu caminhar não me veja como louco,
eu posso ser o que você deseja
desde que permita-me, em mínimo, ser o teu amigo.
Óh...
Meu Sax jamais foi tão profundo com as notas, baby
enquanto eu penso em você as viradas de bateria me fazem enlouquecer.
Se eu tivesse um Piano já teria encantado o mundo inteiro com este amor que tenho
as teclas, as cordas, o que quer que seja, sou capaz de transformar em mágica.
Se nas escritas me mantenho o tanto alucinado
eu não teria como finalizar aquele pensamento da manhã 18
apenas terminei.
Sallut
18.07.2014
quinta-feira, 17 de julho de 2014
Milhões de Milhas de Distância.
O clima deserto fazia meu pulmão sentir-se minimamente livre, tudo o que via era areia montanhas de rocha e ambiente hostil. Alguns arbustos voavam sendo carregados suavemente pelos ventos. Havia um homem sentado na frente de um bar tocando seu violão, era William. Ele disse...
...quando você estiver com o pé na estrada
mantenha-se na faixa da sua mão, jamais dirija com sono.
E quando houver neblina, ascenda os faróis e segure firme nos volantes.
Coloque um Blues-rock pra tocar e ilustrar este teu caminho,
uma única música poderá dizer tudo o que esta sentindo.
Olho em volta e me vejo há Milhares de Milhas de distância.
Pensando nisso me sinto nauseado, poderia estar bem perto,
as coisas vão acontecendo antes que percebamos,
e quando se der conta já estará lá despejando todas aquelas palavras
provocando lágrimas que contiveram um sorriso...
Mas, há milhares de milhas de distância eu posso imaginar, mesmo num Deserto
como seria este caminho sem você. Com este Blues não posso me sentir tão sozinho.
Mantenho-me na minha faixa, procuro fazer bons amigos nas paradas.
Amanhã chego no bar do Rory e lá poderei assoprar minha gaita com quem é música.
Yea, yea, yeah!
Pisava fundo na última marcha mantendo a velocidade a todo vapor
o destino estava longe e era preciso muita determinação para alcançá-lo.
Teria de viajar noite e dia todos os dias que se passarem pro resto de sua vida.
Era uma viagem bastante intensa da qual tinha a certeza absoluta que valia a pena...
Sallut
17.07.2014
...quando você estiver com o pé na estrada
mantenha-se na faixa da sua mão, jamais dirija com sono.
E quando houver neblina, ascenda os faróis e segure firme nos volantes.
Coloque um Blues-rock pra tocar e ilustrar este teu caminho,
uma única música poderá dizer tudo o que esta sentindo.
Olho em volta e me vejo há Milhares de Milhas de distância.
Pensando nisso me sinto nauseado, poderia estar bem perto,
as coisas vão acontecendo antes que percebamos,
e quando se der conta já estará lá despejando todas aquelas palavras
provocando lágrimas que contiveram um sorriso...
Mas, há milhares de milhas de distância eu posso imaginar, mesmo num Deserto
como seria este caminho sem você. Com este Blues não posso me sentir tão sozinho.
Mantenho-me na minha faixa, procuro fazer bons amigos nas paradas.
Amanhã chego no bar do Rory e lá poderei assoprar minha gaita com quem é música.
Yea, yea, yeah!
Pisava fundo na última marcha mantendo a velocidade a todo vapor
o destino estava longe e era preciso muita determinação para alcançá-lo.
Teria de viajar noite e dia todos os dias que se passarem pro resto de sua vida.
Era uma viagem bastante intensa da qual tinha a certeza absoluta que valia a pena...
Sallut
17.07.2014
quarta-feira, 16 de julho de 2014
In the Morning.
Pela manhã
somente na manhã
Em minhas mãos, em minha mente.
Pela manhã
somente na manhã...
Você não quer ir embora
adoraria ficar na coberta dos meus braços pro resto do dia.
Faz um dia não tão frio lá fora
queríamos chegar em alguma cachoeira e tomar banho gelado,
colher trigo, ordenhar a vaca e tomar o leite, colher frutas pro almoço.
Mas pela manhã tudo o que queremos é guardar um ao outro nos braços quentes da preguiça.
Pela manhã
me conte a verdade.
Não esconda o seu amor de mim. Quero regá-lo e transformá-lo numa Selva.
Pela manhã
me conte a verdade...
Você não quer ir embora
adoraria ficar na coberta dos meus braços pro resto do dia.
Seu cheiro de sono, este olhar despretensioso,
seu corpo quente, seu halito forte.
Seus braços me cercam sem me deixar chance de fuga.
Olho pela janela e encontro um céu nublado, o Sol já veio mas não esquentou os campos.
Pela manhã eu prefiro ficar aqui. Com você. Sem sair.
Pela manhã eu toco flauta. Componho uma canção improvisada pra te demonstrar meu amor.
Mas só pela manhã... eu quero ficar contigo, meu bem...
Sallut
16.07.2014
somente na manhã
Em minhas mãos, em minha mente.
Pela manhã
somente na manhã...
Você não quer ir embora
adoraria ficar na coberta dos meus braços pro resto do dia.
Faz um dia não tão frio lá fora
queríamos chegar em alguma cachoeira e tomar banho gelado,
colher trigo, ordenhar a vaca e tomar o leite, colher frutas pro almoço.
Mas pela manhã tudo o que queremos é guardar um ao outro nos braços quentes da preguiça.
Pela manhã
me conte a verdade.
Não esconda o seu amor de mim. Quero regá-lo e transformá-lo numa Selva.
Pela manhã
me conte a verdade...
Você não quer ir embora
adoraria ficar na coberta dos meus braços pro resto do dia.
Seu cheiro de sono, este olhar despretensioso,
seu corpo quente, seu halito forte.
Seus braços me cercam sem me deixar chance de fuga.
Olho pela janela e encontro um céu nublado, o Sol já veio mas não esquentou os campos.
Pela manhã eu prefiro ficar aqui. Com você. Sem sair.
Pela manhã eu toco flauta. Componho uma canção improvisada pra te demonstrar meu amor.
Mas só pela manhã... eu quero ficar contigo, meu bem...
Sallut
16.07.2014
terça-feira, 15 de julho de 2014
Aos Seis minutos do mês Sete do dia Quinze.
Quando finalmente a encontrei tive vontade de abraçá-la sem escrúpulos, beijá-la nas bochechas, na boca, na testa, beijá-la inteira. Olhei bem dentro de seus olhos e tudo o que fiz foi apertar-lhe a mão como uma verdadeira Senhorita, com cordialidade. Caminhamos até um banco de praça onde podia me sentir seguro. Seguro de mim e do medo de errar de novo e acabar com tudo outra vez.
- O que você queria tanto dizer? _impaciente nem quis se sentar, como se já fosse logo embora.
- Queria dizer muitas coisas, mas não preciso falar tanto. Tudo o que eu queria dizer se resume num pedido de perdão. _a olhei dentro dos olhos sinceramente.
- Perdão do quê?
- Da ingenuidade e dos erros imperdoáveis que somos capazes de cometer. Das coisas que dissemos sem querer dizer. Sei que vai parecer besteira depois de tanto tempo dizer coisas tão... _me interrompeu.
-...você me chamou aqui pra isto? _Enraivecida.
Levantei-me.
- Só queria que soubesse que não vivi um único dia sequer sem tê-la nos meus pensamentos. _de pé em sua frente disse olhando-a nos olhos.
Ela estremeceu.
-...parei de escrever porque toda e qualquer inspiração me trazia saudade sua... _olhando pro chão tinha o ar de tristeza. - Eu me culpei durante muito tempo pelo sofrimento em que me meti, fui merecedor dos dias em cinza que amanheci e adormeci. _queria chorar mas contive.
- Por que você não me veio antes? _perguntava quase a si mesma.
- Fui uma criança. Ainda devo ser. Uma crescida.
- Muito tempo já passou, acredito que tanto eu quanto você tenha feito muitas coisas por aí...
- Eu fiz. Fiquei muitas noites sem dormir. Toquei muita música, ouvi muitos álbuns. Conheci muitas pessoas, fiz novos amigos. Passei por novas experiências. Acordei em dias que minha alma não queria sair do sono profundo. Tinha você nos pensamentos...
e eu me lembro de quando a tinha nos braços
Risos
Como um brilho do Sol.
Brilhe, louco diamante.
E novamente voltamos a este olhar com estes olhos
como um buraco negro no céu azul.
Então brilhe, louco diamante.
Eu tento sumir e desaparecer para sempre desta frequência que me trás você
me sinto leve como o vento
mas uma hora preciso voltar pra realidade
e esta me soa estranha porque você me foi tirada.
Diga bem vindo à Realidade
estranha sem mim.
Vamos lá, véu de incredulidade
se você for casca-grossa mesmo venha no Sax...
...e quando o Sax tocou, querida
eu me perdi. Já nem sabia se pensava em você, em nós ou só em mim.
O solitário me confundia com aquelas notas de wish you where here
porque afinal gostaria mesmo que você estivesse aqui.
Mas eu não quero forçar as energias, adoraria que elas fluíssem.
Pode parecer impossível, não é este o diálogo.
Vai além...
Mas, quando me permitires sei que as ondas vão se encaixar.
Eu não preciso imaginar como faria
porque meu espírito sonha com isso toda noite, meu bem...
Sallut
15.07.2014
segunda-feira, 14 de julho de 2014
Sugar Blues.
Acordei em outra manhã
encontrei outro rojão prestes a explodir.
Tentei agarrá-lo mas ele explodiu enquanto eu dormia.
Trágico.
Tão triste. Cara...
Eu queria encontrá-la para olhar-te nos olhos e dizer tudo o que guardo
os segredos, os medos e os muros que já atravessei.
Mas parece que também há uma bomba no seu peito esperando para explodir. A sua ainda espera...
Deve ser por isso que me repele em energia, em pensamento.
Então, meu bem, irei dar play no Canned Heat
e te desejar do mais profundo do meu eu sincero
que tenha um ótimo dia.
Sallut
14.07.2014
encontrei outro rojão prestes a explodir.
Tentei agarrá-lo mas ele explodiu enquanto eu dormia.
Trágico.
Tão triste. Cara...
Eu queria encontrá-la para olhar-te nos olhos e dizer tudo o que guardo
os segredos, os medos e os muros que já atravessei.
Mas parece que também há uma bomba no seu peito esperando para explodir. A sua ainda espera...
Deve ser por isso que me repele em energia, em pensamento.
Então, meu bem, irei dar play no Canned Heat
e te desejar do mais profundo do meu eu sincero
que tenha um ótimo dia.
Sallut
14.07.2014
sexta-feira, 11 de julho de 2014
Minimal says:
..,Enfim, o que queria dizer
Não são ondulações precipitadas que te levarão a algum lugar
pense bem,
quando voltamos de um dia que teve sua rota mudada, pausada, retomada,
as coisas não precisam ter um sentido tão exato.
Quero dizer brevemente que você precisa descansar porque... como prometeu, amanhã é um dia de estudos.
Sallut
11.07.2014
Não são ondulações precipitadas que te levarão a algum lugar
pense bem,
quando voltamos de um dia que teve sua rota mudada, pausada, retomada,
as coisas não precisam ter um sentido tão exato.
Quero dizer brevemente que você precisa descansar porque... como prometeu, amanhã é um dia de estudos.
Sallut
11.07.2014
domingo, 6 de julho de 2014
Espírito em Chamas.
Enquanto uivavam ventos naquela noite
tranquilamente me depus sob uma pedra
gentilmente apanhei minha lapiseira
e escrevi uma prosa improvisada
que em algum lugar fez um Pai espirrar. Saúde!
Talvez estes ventos furiosos te levem a algum lugar
que você imagina o que te espera.
Em algum momento da sua noite, enquanto dorme
alguém virá apanhá-lo. Nesta noite
tudo mudará para você.
Você pode entender o valor dos ventos e o sentido de sua liberdade
quando galopar no deserto à beira de um sufrágio
e seu último gole de água for dado a um estranho, por necessidade, bondade.
Talvez precisemos encontrar lugares que nos façam sentir mais, ainda não foi o suficiente.
Vou te contar que fui pela vida de Skate, de pé e de carona. Acabo sempre dormindo na minha cama.
As coisas que vejo por aí somente minha gaita vão dizer pra você,
bem de tardezinha, na hora do café daquela segunda-feira,
um momento que ainda não veio
um algo que está por vir mas que pode ser real nos teus pensamentos
basta você saber o que é e como materializá-lo...
Mas acabo dizendo que teus pensamentos. Os pensamentos
são capazes de tudo.
Sallut
06.07.2014
tranquilamente me depus sob uma pedra
gentilmente apanhei minha lapiseira
e escrevi uma prosa improvisada
que em algum lugar fez um Pai espirrar. Saúde!
Talvez estes ventos furiosos te levem a algum lugar
que você imagina o que te espera.
Em algum momento da sua noite, enquanto dorme
alguém virá apanhá-lo. Nesta noite
tudo mudará para você.
Você pode entender o valor dos ventos e o sentido de sua liberdade
quando galopar no deserto à beira de um sufrágio
e seu último gole de água for dado a um estranho, por necessidade, bondade.
Talvez precisemos encontrar lugares que nos façam sentir mais, ainda não foi o suficiente.
Vou te contar que fui pela vida de Skate, de pé e de carona. Acabo sempre dormindo na minha cama.
As coisas que vejo por aí somente minha gaita vão dizer pra você,
bem de tardezinha, na hora do café daquela segunda-feira,
um momento que ainda não veio
um algo que está por vir mas que pode ser real nos teus pensamentos
basta você saber o que é e como materializá-lo...
Mas acabo dizendo que teus pensamentos. Os pensamentos
são capazes de tudo.
Sallut
06.07.2014
Tenho perdido o controle.
"Você se importa
com o que acontece comigo.
E eu me importo também, mas você...?
Fica nesta condição, um caminho zigue-zague,
amolando a dor em si mesma. Ocasionalmente me responde dizendo "Olá..."
Mas quando a chuva acaba estou sublime, já não consigo te responder...
Todo cão precisa de um abrigo
enquanto os porcos voarem no céu..."
Você pensa que eu sou louco
e que pode brincar com a minha realidade.
Pensa que eu sigo fantasmas nas minhas lembranças enquanto caminho sozinho pelas ruas perigosas da cidade. Você tem seus olhos fechados.
Eu ando a pé mas nunca sozinho, sigo fantasmas mas não os da memória... estou além das paredes...
Como uma sombra acompanhando o segundo do relógio passar deixando um doce sorriso.
Você precisa acreditar, é verdade, eu sigo estes pensamentos que fogem de você.
Mas eles espreitam toda esquina preparados com aquela mesma faca, prontos a me pegarem pelas costas.
Você precisa se manter por perto enquanto houver sombra.
Agora, você acha que longe é mais seguro. Está enganado.
Enquanto você sobrevoa esta neblina de desconfiança você se torna um homem-nenhum,
se mantém longe o suficiente para não ser ninguém
mas perto o suficiente por ter sido tanto algum outro dia.
E acordamos para nós mesmos todas as manhãs,
Olhos ardendo, corpo preguiçoso e dolorido mesmo nas noites mais deliciosas de sono.
Mesmo acordado sem compromisso num dia de domingo ninguém quer sair da cama,
temos tantas coisas que podem ser feitas.
Neste domingo, por exemplo, tínhamos uma apresentação de teatro do incrível Mágico de Oz,
não obstante,
Brazilian Pink Floyd os acompanhará...
Os latidos dos cachorros me fazem levar os pensamentos além das fronteiras Terrestres,
eles sabem o que se esconde lá longe,
me falam por códigos,
este mesmo código que o solo de dogs grita pra mim... mas, meu bem, não se importe tanto.
Apenas tenha um ótimo Domingo dia seis do sete... ouvindo Animals.
Sallut
06.07.2014
com o que acontece comigo.
E eu me importo também, mas você...?
Fica nesta condição, um caminho zigue-zague,
amolando a dor em si mesma. Ocasionalmente me responde dizendo "Olá..."
Mas quando a chuva acaba estou sublime, já não consigo te responder...
Todo cão precisa de um abrigo
enquanto os porcos voarem no céu..."
Você pensa que eu sou louco
e que pode brincar com a minha realidade.
Pensa que eu sigo fantasmas nas minhas lembranças enquanto caminho sozinho pelas ruas perigosas da cidade. Você tem seus olhos fechados.
Eu ando a pé mas nunca sozinho, sigo fantasmas mas não os da memória... estou além das paredes...
Como uma sombra acompanhando o segundo do relógio passar deixando um doce sorriso.
Você precisa acreditar, é verdade, eu sigo estes pensamentos que fogem de você.
Mas eles espreitam toda esquina preparados com aquela mesma faca, prontos a me pegarem pelas costas.
Você precisa se manter por perto enquanto houver sombra.
Agora, você acha que longe é mais seguro. Está enganado.
Enquanto você sobrevoa esta neblina de desconfiança você se torna um homem-nenhum,
se mantém longe o suficiente para não ser ninguém
mas perto o suficiente por ter sido tanto algum outro dia.
E acordamos para nós mesmos todas as manhãs,
Olhos ardendo, corpo preguiçoso e dolorido mesmo nas noites mais deliciosas de sono.
Mesmo acordado sem compromisso num dia de domingo ninguém quer sair da cama,
temos tantas coisas que podem ser feitas.
Neste domingo, por exemplo, tínhamos uma apresentação de teatro do incrível Mágico de Oz,
não obstante,
Brazilian Pink Floyd os acompanhará...
Os latidos dos cachorros me fazem levar os pensamentos além das fronteiras Terrestres,
eles sabem o que se esconde lá longe,
me falam por códigos,
este mesmo código que o solo de dogs grita pra mim... mas, meu bem, não se importe tanto.
Apenas tenha um ótimo Domingo dia seis do sete... ouvindo Animals.
Sallut
06.07.2014
quinta-feira, 3 de julho de 2014
Indo em direção à casa.
Depois daquele prazer inescrupulosamente desconfortável vem a escrita, é claro, se confessando.
Sob notas de blues tocadas pelos clássicos...
Tudo para sempre
mudará sua mente.
Por mais que você resista e vá contra o vento da vida,
Oh... ouça-me, eu já vivi o bastante. Já me perdi no caminho de volta pra casa
mas dormi na minha cama todas as noites.
Alguns dos meus amigos pereceram ou desistiram no meio da caminhada,
no final das contas estávamos todos voltando cada um para suas casas
para dormir cada um em suas camas
aquecido cada um pelo seu amor.
E eu sei do que falo, maninho, acredite.
Eu sigo os passos do Sol guiado pela Lua.
Brilhe, brilhe e ganhe brilho no caminho pra casa.
Tenho certeza que muita música vai te distrair no caminho
e que conhecerá ritmos e tons que desconhecia quando distraído realmente.
Só tem mais uma coisa que penso...
Querida, eu tentei.
Tentei colocá-la nos pensamentos deste meu caminho.
Brilhar comigo num amor em uma casa que construiríamos juntos.
Oh Yeah! Oh Yeah!
Sallut
03.07.2014
Sob notas de blues tocadas pelos clássicos...
Tudo para sempre
mudará sua mente.
Por mais que você resista e vá contra o vento da vida,
Oh... ouça-me, eu já vivi o bastante. Já me perdi no caminho de volta pra casa
mas dormi na minha cama todas as noites.
Alguns dos meus amigos pereceram ou desistiram no meio da caminhada,
no final das contas estávamos todos voltando cada um para suas casas
para dormir cada um em suas camas
aquecido cada um pelo seu amor.
E eu sei do que falo, maninho, acredite.
Eu sigo os passos do Sol guiado pela Lua.
Brilhe, brilhe e ganhe brilho no caminho pra casa.
Tenho certeza que muita música vai te distrair no caminho
e que conhecerá ritmos e tons que desconhecia quando distraído realmente.
Só tem mais uma coisa que penso...
Querida, eu tentei.
Tentei colocá-la nos pensamentos deste meu caminho.
Brilhar comigo num amor em uma casa que construiríamos juntos.
Oh Yeah! Oh Yeah!
Sallut
03.07.2014
terça-feira, 1 de julho de 2014
Imagine. [11]
Cheguei no silêncio, em silêncio. Sentei-me e apenas observei. Devo ter calado até meus pensamentos, pois não sabia no que pensar. Apenas ouvi... o silêncio. Tentava não rompê-lo, apenas ouvi-lo. E lá escondiam-se coisas que mesmo depois de tanto tempo comigo eu não reconhecia. Não confundia-se com o escuro ou o obscuro...
Mas não é por aí que quero te levar, hoje... existe outro lugar...
"...o silêncio da madrugada era tudo o que precisávamos para ter a melhor noite de toda nossas vidas. Naquela cabana em cima daquela montanha eu estava dormindo esta noite, fazia uma belíssima noite. Estava uma noite quente mas os ventos faziam com que fosse uma noite não tão fria. A cama era ao lado da janela de madeira que estava aberta, deitado do lado esquerdo meu olhar fugiu do sono para encontrar atenção no céu estrelado da primeira noite de julho daquele ano. O cobertor de pano de xadrez me aquecia como uma fogueira. A Cabana era pequena e fria. Com a janela aberta meu corpo precisava de mais ajuda para manter-se quente. Mas em meus braços tinha meu amor, com as pernas envolvidas entre as minhas respirando contra meu peito. Estávamos seguros do frio. Ela dormia mas eu tinha o reflexo do céu nos olhos, não sabia que hora da madrugada era e nem gostaria. Vislumbrava com os olhos arregalados daquela particular insônia que trouxe minha mente para voar entre as nuvens, entre as estrelas. Me perguntava "Por quê as janelas estavam abertas? Por quê acordei com os olhos para o céu? Por quê esta noite é tão bela?...". Tinha dentro de mim o silêncio da madrugada trazendo consigo um quadro escuro feito pela própria realidade de um céu de julho. Tive vontade de ir lá fora e sentir os ventos passarem por mim, sentirem como eu os sinto, arrepia-los como me arrepiam. Desvencilhei cuidadosamente minhas pernas do abrigo e consegui levantar. Fui até minha mochila e peguei minha caixa, vesti a chinela e saí. Assim que abri a porta os ventos me receberam intensamente descontrolados, apertei os pés no chão e mantive-me firme, caminhei calmamente até o banquinho que tinha encostado na janela do lado de fora, próximo à minha cama, e sentei-me nele com cansaço, joguei meu corpo com meus ossos esperando que me recebesse confortavelmente duro como era, feito de uma madeira rústica e velha me fez dolorido os quadris. Tive alguns minutos ainda em silêncio ajustando minha mente à nova frequência de estar entre os ventos, na presença em corpo inteiro ao céu aberto e estrelado de uma noite daquela. Abri a caixinha com pêsame e sorrateiramente retirei de lá minha gaita em Mi..."
Você acorda fugido de um sonho
que te faz enxergar tudo escuro.
Parece pesadelo, mas é só o silêncio vestido de preto.
Ninguém e nenhum ruído. Solitário acompanhando.
Mas ao despertar deste sonho você tem um sorriso e uma música interestelar.
Sua primeira visão te trás o céu e uma sinfonia ao vivo de estrelas. Todas juntas brilhando pra você.
Um olhar atônito não descreveria sua reação. Ficou horas olhando sem sair da posição que despertou.
O olhar fixo no céu.
Lembrou-se só depois que tinha um diamante nos braços abraçado consigo, enrolado em si.
Pensou várias vezes antes de sair daquele abrigo para ver o céu. Mas aquele céu merecia, ela entenderia.
Conseguiu com sucesso e chegou preparado, como sempre desastrado, provocando dor desnecessária em si mesmo.
Quando começou a tocar aquela gaita me acordou abruptamente como se tivesse me cutucado no rim.
Senti meus braços vazios e o procurei em volta, a janela aberta me convidou a uma noite no exterior que eu já havia aberto mão faz tempo em troca do sono. Mas quando a vi com meus olhos eu entendi o que aquela gaita cantava.
Rompeu o silêncio da madrugada para ilustrá-la com uma digna canção.
As notas convidavam os astros à compartilhar o ritmo, clamava à Lua para chegar mais perto.
Nosso cachorro assistia deitado sentindo-se minimamente especial por ser a única plateia. Nosso amigo fiel.
Não imaginava o que seu coração sentia, esperava encontrar respostas quando voltasse pra cama.
Mas as horas foram passando e sua canção sobre aquela noite não terminava, estava ficando impaciente.
Decidi preparar café, logo amanheceria e teríamos fome. Uma hora seus pulmões parariam de assoprar para cessar fome.
O cheiro de café pareceu empolgá-lo mais, me deu bom dia com uma belíssima canção que foi do jazz ao blues, folk ao country em uma só noite. Amava ouvi-lo.
E quando parou, como se já fosse tempo, lá estava o Sol. Radiante e alegre explodindo no céu.
Já se foram as estrelas, já se foi a Lua... pelo menos enquanto for dia...
Levantou-se e caminhou para perto de mim...
- Bom dia, meu bem... _a abracei suavemente com preguiça.
Ela não me respondeu. Nem precisava.
Mesmo de costas...
...ele sentiu o meu sorriso...
Sallut
01.07.2014
Mas não é por aí que quero te levar, hoje... existe outro lugar...
"...o silêncio da madrugada era tudo o que precisávamos para ter a melhor noite de toda nossas vidas. Naquela cabana em cima daquela montanha eu estava dormindo esta noite, fazia uma belíssima noite. Estava uma noite quente mas os ventos faziam com que fosse uma noite não tão fria. A cama era ao lado da janela de madeira que estava aberta, deitado do lado esquerdo meu olhar fugiu do sono para encontrar atenção no céu estrelado da primeira noite de julho daquele ano. O cobertor de pano de xadrez me aquecia como uma fogueira. A Cabana era pequena e fria. Com a janela aberta meu corpo precisava de mais ajuda para manter-se quente. Mas em meus braços tinha meu amor, com as pernas envolvidas entre as minhas respirando contra meu peito. Estávamos seguros do frio. Ela dormia mas eu tinha o reflexo do céu nos olhos, não sabia que hora da madrugada era e nem gostaria. Vislumbrava com os olhos arregalados daquela particular insônia que trouxe minha mente para voar entre as nuvens, entre as estrelas. Me perguntava "Por quê as janelas estavam abertas? Por quê acordei com os olhos para o céu? Por quê esta noite é tão bela?...". Tinha dentro de mim o silêncio da madrugada trazendo consigo um quadro escuro feito pela própria realidade de um céu de julho. Tive vontade de ir lá fora e sentir os ventos passarem por mim, sentirem como eu os sinto, arrepia-los como me arrepiam. Desvencilhei cuidadosamente minhas pernas do abrigo e consegui levantar. Fui até minha mochila e peguei minha caixa, vesti a chinela e saí. Assim que abri a porta os ventos me receberam intensamente descontrolados, apertei os pés no chão e mantive-me firme, caminhei calmamente até o banquinho que tinha encostado na janela do lado de fora, próximo à minha cama, e sentei-me nele com cansaço, joguei meu corpo com meus ossos esperando que me recebesse confortavelmente duro como era, feito de uma madeira rústica e velha me fez dolorido os quadris. Tive alguns minutos ainda em silêncio ajustando minha mente à nova frequência de estar entre os ventos, na presença em corpo inteiro ao céu aberto e estrelado de uma noite daquela. Abri a caixinha com pêsame e sorrateiramente retirei de lá minha gaita em Mi..."
Você acorda fugido de um sonho
que te faz enxergar tudo escuro.
Parece pesadelo, mas é só o silêncio vestido de preto.
Ninguém e nenhum ruído. Solitário acompanhando.
Mas ao despertar deste sonho você tem um sorriso e uma música interestelar.
Sua primeira visão te trás o céu e uma sinfonia ao vivo de estrelas. Todas juntas brilhando pra você.
Um olhar atônito não descreveria sua reação. Ficou horas olhando sem sair da posição que despertou.
O olhar fixo no céu.
Lembrou-se só depois que tinha um diamante nos braços abraçado consigo, enrolado em si.
Pensou várias vezes antes de sair daquele abrigo para ver o céu. Mas aquele céu merecia, ela entenderia.
Conseguiu com sucesso e chegou preparado, como sempre desastrado, provocando dor desnecessária em si mesmo.
Quando começou a tocar aquela gaita me acordou abruptamente como se tivesse me cutucado no rim.
Senti meus braços vazios e o procurei em volta, a janela aberta me convidou a uma noite no exterior que eu já havia aberto mão faz tempo em troca do sono. Mas quando a vi com meus olhos eu entendi o que aquela gaita cantava.
Rompeu o silêncio da madrugada para ilustrá-la com uma digna canção.
As notas convidavam os astros à compartilhar o ritmo, clamava à Lua para chegar mais perto.
Nosso cachorro assistia deitado sentindo-se minimamente especial por ser a única plateia. Nosso amigo fiel.
Não imaginava o que seu coração sentia, esperava encontrar respostas quando voltasse pra cama.
Mas as horas foram passando e sua canção sobre aquela noite não terminava, estava ficando impaciente.
Decidi preparar café, logo amanheceria e teríamos fome. Uma hora seus pulmões parariam de assoprar para cessar fome.
O cheiro de café pareceu empolgá-lo mais, me deu bom dia com uma belíssima canção que foi do jazz ao blues, folk ao country em uma só noite. Amava ouvi-lo.
E quando parou, como se já fosse tempo, lá estava o Sol. Radiante e alegre explodindo no céu.
Já se foram as estrelas, já se foi a Lua... pelo menos enquanto for dia...
Levantou-se e caminhou para perto de mim...
- Bom dia, meu bem... _a abracei suavemente com preguiça.
Ela não me respondeu. Nem precisava.
Mesmo de costas...
...ele sentiu o meu sorriso...
Sallut
01.07.2014
sexta-feira, 27 de junho de 2014
Passeie.
...Nem sei da onde venho
não sei pra onde vou.
Tenho planos, objetivos. Mas minhas pernas estão cansadas.
Enxergo um caminho a minha frente, na verdade vários...
Posso seguir crente em qualquer um deles, vai de mim... ou de quem estiver comigo, sozinho só eu decido.
Mas, você sabe, nos álbuns, músicas começam, músicas acabam, até chegarmos na última música há muita história para ser contada.
Uma destas deve ser cantada para uma menina de cristal,
eternizada e escondida nas lembranças de um menino enterrado à sete palmos.
Uma viola toca todo entardecer observando o céu escurecer num azul celeste incrível.
Muita prosa poderia ser inspirada em tudo isso, mas nenhuma delas quis cantar em público.
Era só minha menina, um cristal eternizado e enterrado onde só eu sabia.
Talvez eu vá brincar na chuva ou correr na Terra e olhar o céu.
Pode ser que numa tarde qualquer eu acorde no jardim do meu quintal, num dia que não houver perigo, é claro... hehe.
O meu corpo reage a todas as coisas que me cercam, pois são muitas. As energias jamais silenciam-se ou terminam realmente. Os dias apenas seguem e depois de uma sexta-feira como essa só poder haver um sábado que eu não conheço.
Eu vou chegar de repente e dizer Olá da janela do seu quintal,
te chamar lá de longe me entregando pra você. Você...
E no meio de todos estes pensamentos eu tenho uma gaita que canta, acredite...
Ela vem cantando todos os dias, treinando as cordas para chegar no dia que cantará para ti, meu bem.
E olhe só que digo,
as músicas terminam mas o álbum não possui apenas uma.
...no meio da noite galopando um cavalo negro,
saiu de um velho cinema de faroeste rumo a um destino que sua mente trancafiava em segredo.
O galopar rumo em direção da Lua escondia um objetivo inabalável. Até o nobre cavalo confiado a esta missão sentia o dever de galopar no ritmo do coração que cantava em seu interior, em sua alma. Todas as notas que ecoavam no espaço antes disso foi voando mais alto que o vento, sonhando.
Meu peito bombava anseios de um coração que não estava lá, minhas veias secas querendo dançar com você.
Danças de salão. Rockabilly. Piano. Faroeste folk.
E no final do meu filme está rodando em câmera lenta,
seus olhos me contam histórias de um tempo mais longo
Deixei de te acompanhar neste tempo, e por isto eu sinto muito.
Não pude retornar para dizê-lo, força de egos...
...Mas em algum amanhecer, pela Terra ou pelos Muros,
pelo céu, sem o Sol eu não sei viver, sonhar me faz livre.
E estas noites vem cantando em meu interior uma canção que eu não consigo terminar de escrever.
Cada dia que retorno a este pensamento cansado de estar inspirado pela mesma canção digo coisas diferentes que ainda não havia sentido. O que será esta inspiração?
A música não silencia-se, apenas abaixa o tom. Com respeito.
Sallut
27.06.2014
não sei pra onde vou.
Tenho planos, objetivos. Mas minhas pernas estão cansadas.
Enxergo um caminho a minha frente, na verdade vários...
Posso seguir crente em qualquer um deles, vai de mim... ou de quem estiver comigo, sozinho só eu decido.
Mas, você sabe, nos álbuns, músicas começam, músicas acabam, até chegarmos na última música há muita história para ser contada.
Uma destas deve ser cantada para uma menina de cristal,
eternizada e escondida nas lembranças de um menino enterrado à sete palmos.
Uma viola toca todo entardecer observando o céu escurecer num azul celeste incrível.
Muita prosa poderia ser inspirada em tudo isso, mas nenhuma delas quis cantar em público.
Era só minha menina, um cristal eternizado e enterrado onde só eu sabia.
Talvez eu vá brincar na chuva ou correr na Terra e olhar o céu.
Pode ser que numa tarde qualquer eu acorde no jardim do meu quintal, num dia que não houver perigo, é claro... hehe.
O meu corpo reage a todas as coisas que me cercam, pois são muitas. As energias jamais silenciam-se ou terminam realmente. Os dias apenas seguem e depois de uma sexta-feira como essa só poder haver um sábado que eu não conheço.
Eu vou chegar de repente e dizer Olá da janela do seu quintal,
te chamar lá de longe me entregando pra você. Você...
E no meio de todos estes pensamentos eu tenho uma gaita que canta, acredite...
Ela vem cantando todos os dias, treinando as cordas para chegar no dia que cantará para ti, meu bem.
E olhe só que digo,
as músicas terminam mas o álbum não possui apenas uma.
...no meio da noite galopando um cavalo negro,
saiu de um velho cinema de faroeste rumo a um destino que sua mente trancafiava em segredo.
O galopar rumo em direção da Lua escondia um objetivo inabalável. Até o nobre cavalo confiado a esta missão sentia o dever de galopar no ritmo do coração que cantava em seu interior, em sua alma. Todas as notas que ecoavam no espaço antes disso foi voando mais alto que o vento, sonhando.
Meu peito bombava anseios de um coração que não estava lá, minhas veias secas querendo dançar com você.
Danças de salão. Rockabilly. Piano. Faroeste folk.
E no final do meu filme está rodando em câmera lenta,
seus olhos me contam histórias de um tempo mais longo
Deixei de te acompanhar neste tempo, e por isto eu sinto muito.
Não pude retornar para dizê-lo, força de egos...
...Mas em algum amanhecer, pela Terra ou pelos Muros,
pelo céu, sem o Sol eu não sei viver, sonhar me faz livre.
E estas noites vem cantando em meu interior uma canção que eu não consigo terminar de escrever.
Cada dia que retorno a este pensamento cansado de estar inspirado pela mesma canção digo coisas diferentes que ainda não havia sentido. O que será esta inspiração?
A música não silencia-se, apenas abaixa o tom. Com respeito.
Sallut
27.06.2014
quinta-feira, 26 de junho de 2014
Noite de Roubo.
-...e pra onde você vai depois? _com um tom triste me perguntou olhando pro chão.
- Não sei, pretendo ir até o campo, acampar no pé de alguma montanha... _despretensioso.
- E como você vai?
- A pé, é claro. Não há transporte que facilite meu caminho nesta vida que escolhi...
- Queria ir com você. _me olhou bem no fundo dos olhos com aquele brilho ainda esperançoso.
- Você poderia ir se quisesse de verdade...
Parecia tão simples
aquelas poucas palavras
dizendo coisas cujo sentido
só se encontraria lúcido
em muito depois de escritas.
Foi uma belíssima noite, apesar disto e aquilo...
Sallut
26.06.2014
- Não sei, pretendo ir até o campo, acampar no pé de alguma montanha... _despretensioso.
- E como você vai?
- A pé, é claro. Não há transporte que facilite meu caminho nesta vida que escolhi...
- Queria ir com você. _me olhou bem no fundo dos olhos com aquele brilho ainda esperançoso.
- Você poderia ir se quisesse de verdade...
Parecia tão simples
aquelas poucas palavras
dizendo coisas cujo sentido
só se encontraria lúcido
em muito depois de escritas.
Foi uma belíssima noite, apesar disto e aquilo...
Sallut
26.06.2014
sexta-feira, 20 de junho de 2014
Manhã barulhenta: Acorde.
Acabei retornando àquela frequência que já conhecíamos.
Acordei num dia barulhento e fiquei horas com o barulho tentando concilia-lo ao meu sono.
Claro que foi impossível, eu preciso de silêncio para dormir.
Mas é incrível como não tive forças para simplesmente levantar e ir viver o meu dia. Com sono.
Acontece que logo me levantei, assim que ouvi o despertador sem precisar que me acordasse, e fui.
Naquela noite sonhei algo diferente de todos os outros dias,
sonhei com um amor. Um romance.
A garota não importa muito, mas até lá encontrei um fim solitário. Fora este o fato que me deu bom dia.
Ainda posso ouvir o barulho que me acordou, já acordado.
Ainda posso sentir o anseio de amor do meu interior mais profundo.
Sei que mesmo daqui as coisas me tocam, me vêem, me sentem, mas não me curam.
Então eu volto para uma frequência dolorida e sangrenta que já existe em mim. Inevitável.
Como um barco atravessando uma tempestade sem tripulantes, sem conduta, sem destino.
Mas as nuvens relampejam e não protegem nada além de si mesmas.
Os relâmpagos não se preocupam em me atingir, apenas querem me dar medo,
quando na verdade me deixam apavorado. Desesperado.
É por isso que sempre estou aqui escrevendo algo que não aguento mais sentir.
Queria me desconciliar, desprender e esquecer simplesmente de tudo isso que já se foi. Impossível.
Tenho este vinil entre meus álbuns e jamais deixarei de ouvir
só porque eu Queria Que Você Estivesse Aqui.
Cansado de inspiração que sangra. Cansado de poemas que derrubam.
Cansado de notas que entristecem. Cansado de dias que adoecem.
Meu coração jaz numa prisão que não consigo resgatá-lo,
parece uma piada quando penso que foi eu quem o colocou lá. Pois é.
Romances...
...e mesmo depois de cada fim tenebre que encontrei não sinto nenhuma vontade de deixar de amar,
sinto pelo contrário, uma imensa razão me fortalecendo a esperança de aguardar um novo amor.
Porque é o amor, e se não for um dia será.
E mesmo que depois deste dia deixe de ser, ainda assim, continuará sendo. Pois amor, em verdade, permanece. Mesmo em dor e solitário.
Parece um pensamento bastante babaca e sem sentido, é verdade. Eu enxergo este ângulo, mas não.
"...eu me lembro quando olhou pra mim e sorriu
como o brilho do Sol.
Brilhe, seu louco diamante.
Agora eu me vejo aqui sozinho olhando pros meus próprios olhos no espelho,
vendo um buraco negro no céu.
Brilhe, seu louco diamante.
Você se confortou com a solidão, acostumou com o vazio que preencheu a solidão.
Perguntou diversas vezes para seus pais em que direção deveria ir,
quando decidiu ficar onde estava sem correr atrás de nada nem de ninguém.
Só.
E esta decisão petrificou todo o calor que nutri com bastante esforço quando era dia.
Agora, choramos pela Lua.
Brilhe, louco diamante.
Armadilhas nas sombras querem nos agarrar e explodir nossa visão..."
Algumas portas dizem Bem Vindo,
outras sequer abrem a fechadura para ver que chegamos.
Vamos lá, minha guia. Me leve para alguma porta.
Porque eu preciso deste amor para viver esta minha vida, você sabe... um romântico incorrigível.
Não procuro sentido para o meu amor e nem a quem depositá-lo ou investi-lo.
Apenas sinto, sabe. Eu sinto. Durmo noites e acordo dias sentindo-o...
e poderia espernear isto até o último segundo da minha vida, como tenho feito nestes últimos anos...
Mas vejo que não faz sentido desejar tanto que você estivesse aqui
porque você não mais estará.
Até meu interior anda enjoado de vir escrever sobre algo que já dissera diversas e diversas vezes.
Mas até este enjoo sente sua falta... é por isso que acabo voltando. Pra expulsar deste meu eu o que não quer mais fazer parte.
Temos uma passagem para um trem que já está partindo...
Sallut
20.06.2014
Acordei num dia barulhento e fiquei horas com o barulho tentando concilia-lo ao meu sono.
Claro que foi impossível, eu preciso de silêncio para dormir.
Mas é incrível como não tive forças para simplesmente levantar e ir viver o meu dia. Com sono.
Acontece que logo me levantei, assim que ouvi o despertador sem precisar que me acordasse, e fui.
Naquela noite sonhei algo diferente de todos os outros dias,
sonhei com um amor. Um romance.
A garota não importa muito, mas até lá encontrei um fim solitário. Fora este o fato que me deu bom dia.
Ainda posso ouvir o barulho que me acordou, já acordado.
Ainda posso sentir o anseio de amor do meu interior mais profundo.
Sei que mesmo daqui as coisas me tocam, me vêem, me sentem, mas não me curam.
Então eu volto para uma frequência dolorida e sangrenta que já existe em mim. Inevitável.
Como um barco atravessando uma tempestade sem tripulantes, sem conduta, sem destino.
Mas as nuvens relampejam e não protegem nada além de si mesmas.
Os relâmpagos não se preocupam em me atingir, apenas querem me dar medo,
quando na verdade me deixam apavorado. Desesperado.
É por isso que sempre estou aqui escrevendo algo que não aguento mais sentir.
Queria me desconciliar, desprender e esquecer simplesmente de tudo isso que já se foi. Impossível.
Tenho este vinil entre meus álbuns e jamais deixarei de ouvir
só porque eu Queria Que Você Estivesse Aqui.
Cansado de inspiração que sangra. Cansado de poemas que derrubam.
Cansado de notas que entristecem. Cansado de dias que adoecem.
Meu coração jaz numa prisão que não consigo resgatá-lo,
parece uma piada quando penso que foi eu quem o colocou lá. Pois é.
Romances...
...e mesmo depois de cada fim tenebre que encontrei não sinto nenhuma vontade de deixar de amar,
sinto pelo contrário, uma imensa razão me fortalecendo a esperança de aguardar um novo amor.
Porque é o amor, e se não for um dia será.
E mesmo que depois deste dia deixe de ser, ainda assim, continuará sendo. Pois amor, em verdade, permanece. Mesmo em dor e solitário.
Parece um pensamento bastante babaca e sem sentido, é verdade. Eu enxergo este ângulo, mas não.
"...eu me lembro quando olhou pra mim e sorriu
como o brilho do Sol.
Brilhe, seu louco diamante.
Agora eu me vejo aqui sozinho olhando pros meus próprios olhos no espelho,
vendo um buraco negro no céu.
Brilhe, seu louco diamante.
Você se confortou com a solidão, acostumou com o vazio que preencheu a solidão.
Perguntou diversas vezes para seus pais em que direção deveria ir,
quando decidiu ficar onde estava sem correr atrás de nada nem de ninguém.
Só.
E esta decisão petrificou todo o calor que nutri com bastante esforço quando era dia.
Agora, choramos pela Lua.
Brilhe, louco diamante.
Armadilhas nas sombras querem nos agarrar e explodir nossa visão..."
Algumas portas dizem Bem Vindo,
outras sequer abrem a fechadura para ver que chegamos.
Vamos lá, minha guia. Me leve para alguma porta.
Porque eu preciso deste amor para viver esta minha vida, você sabe... um romântico incorrigível.
Não procuro sentido para o meu amor e nem a quem depositá-lo ou investi-lo.
Apenas sinto, sabe. Eu sinto. Durmo noites e acordo dias sentindo-o...
e poderia espernear isto até o último segundo da minha vida, como tenho feito nestes últimos anos...
Mas vejo que não faz sentido desejar tanto que você estivesse aqui
porque você não mais estará.
Até meu interior anda enjoado de vir escrever sobre algo que já dissera diversas e diversas vezes.
Mas até este enjoo sente sua falta... é por isso que acabo voltando. Pra expulsar deste meu eu o que não quer mais fazer parte.
Temos uma passagem para um trem que já está partindo...
Sallut
20.06.2014
Waterfall.
Cachoeiras.
Lavam o espírito que há em mim.
Este mesmo espírito que atravessou a cidade a pé, alcançou as matas e caminhou até as cachoeiras.
Meu caminho tinha apenas um objetivo sorridente: Alcançar cachoeiras.
Eu posso ver quando minha janela se fecha
parece um sonho ao entardecer.
Muitas pessoas dizem que isto não vale a pena e que é fútil,
que cachoeiras servem apenas para fotografias.
Penso o contrário, gosto de mergulhos.
Gosto de verdades no banho de cachoeira.
Penso bastante na vida que venho levando.
Cachoeiras.
Nunca muda o caminho que leva até elas,
coisas podem acontecer no meio da mata
mas o caminho até a cachoeira é sempre o mesmo.
E mesmo que seja noite, ainda que perigoso para caminhar
a Cachoeira estará lá esperando por um mergulho destemido e sem frescura.
Nas noites mais belas de Lua com estrelas,
ou nas noites mais frias de céu nublado.
Poderíamos encontrar um outro mundo se tivéssemos disposição de caminhar todos os dias até a Cachoeira.
Por ficar longe e por valer a pena.
Logo eu que moro no centro da cidade...
gostar tanto de Cachoeiras.
Sallut
20.06.2014
Lavam o espírito que há em mim.
Este mesmo espírito que atravessou a cidade a pé, alcançou as matas e caminhou até as cachoeiras.
Meu caminho tinha apenas um objetivo sorridente: Alcançar cachoeiras.
Eu posso ver quando minha janela se fecha
parece um sonho ao entardecer.
Muitas pessoas dizem que isto não vale a pena e que é fútil,
que cachoeiras servem apenas para fotografias.
Penso o contrário, gosto de mergulhos.
Gosto de verdades no banho de cachoeira.
Penso bastante na vida que venho levando.
Cachoeiras.
Nunca muda o caminho que leva até elas,
coisas podem acontecer no meio da mata
mas o caminho até a cachoeira é sempre o mesmo.
E mesmo que seja noite, ainda que perigoso para caminhar
a Cachoeira estará lá esperando por um mergulho destemido e sem frescura.
Nas noites mais belas de Lua com estrelas,
ou nas noites mais frias de céu nublado.
Poderíamos encontrar um outro mundo se tivéssemos disposição de caminhar todos os dias até a Cachoeira.
Por ficar longe e por valer a pena.
Logo eu que moro no centro da cidade...
gostar tanto de Cachoeiras.
Sallut
20.06.2014
terça-feira, 10 de junho de 2014
Pense rápido.
Ela disse pra você segui-la, o que está fazendo aí parado?
Não se preocupe com o que está escrito, faça o que tem de ser feito!
As pessoas seguem seus instintos todos os dias, algumas delas acabam tristes por isso.
Não preciso dizer meus motivos,
mas posso atribuí-los três características notavelmente explícitas no dia de hoje.
Ela diz que o caminho está livre para ir até ela
mas a cerca, quando chego, está fechada. E ela diz para segui-la.
Esta garota quer embaralhar meu caminho.
Querer o amor de uma forma tão incansável nos faz ganhar ou perder
algumas coisas, outras coisas.
Mas sempre caminhamos pro mesmo caminho que é amar alguém em algum lugar.
Ela diz, mantenha-se por perto.
Ela diz, não se aproxime.
Ela diz, pule o muro e entre.
Ela diz, se pular terá cães.
Não me parece ser um problema este brilho oscilante, eu posso acompanhá-lo.
Eu poderia pular por qualquer janela ou muro, desde que encontre o brilho do Amanhecer do outro lado...
Sallut
10.06.2014
Não se preocupe com o que está escrito, faça o que tem de ser feito!
As pessoas seguem seus instintos todos os dias, algumas delas acabam tristes por isso.
Não preciso dizer meus motivos,
mas posso atribuí-los três características notavelmente explícitas no dia de hoje.
Ela diz que o caminho está livre para ir até ela
mas a cerca, quando chego, está fechada. E ela diz para segui-la.
Esta garota quer embaralhar meu caminho.
Querer o amor de uma forma tão incansável nos faz ganhar ou perder
algumas coisas, outras coisas.
Mas sempre caminhamos pro mesmo caminho que é amar alguém em algum lugar.
Ela diz, mantenha-se por perto.
Ela diz, não se aproxime.
Ela diz, pule o muro e entre.
Ela diz, se pular terá cães.
Não me parece ser um problema este brilho oscilante, eu posso acompanhá-lo.
Eu poderia pular por qualquer janela ou muro, desde que encontre o brilho do Amanhecer do outro lado...
Sallut
10.06.2014
Pense.
Tempos vadios me convidam a pular pela janela,
escapar deste escritório gelado.
Sair de boneless sem olhar para trás com o crachá no peito.
Não gosto de acordar cedo nas manhãs frias. Imagino que ninguém goste.
Mas todos acordam e seguem o rumo de um caminho que não tem sentido.
E mantém-se nele.
Todos tem direito a pular pela janela,
só não o fazem porque sabem que terão de voltar um dia
e pagar pelo prejuízo.
Precisamos e poderíamos mudar as coisas.
Fazer a vida com mais Arte, sem que pareça tão árdua.
Tocar música nos partos e Teatro nos funerais.
Seguir um ritmo inabalável que o Sol ou a Lua
jamais poderão se livrar
pois estará por toda parte em todo instante.
Sallut
10.06.2014
escapar deste escritório gelado.
Sair de boneless sem olhar para trás com o crachá no peito.
Não gosto de acordar cedo nas manhãs frias. Imagino que ninguém goste.
Mas todos acordam e seguem o rumo de um caminho que não tem sentido.
E mantém-se nele.
Todos tem direito a pular pela janela,
só não o fazem porque sabem que terão de voltar um dia
e pagar pelo prejuízo.
Precisamos e poderíamos mudar as coisas.
Fazer a vida com mais Arte, sem que pareça tão árdua.
Tocar música nos partos e Teatro nos funerais.
Seguir um ritmo inabalável que o Sol ou a Lua
jamais poderão se livrar
pois estará por toda parte em todo instante.
Sallut
10.06.2014
Vi ver.
Calce seus sapatos! Vista suas calças! Anda, põe esta camisa!
Não precisa ajeitar o cabelo, não precisa estar arrumado.
Apenas pegue uma maçã antes de sair porque você pode sentir fome no caminho.
Mas não se preocupe com muita coisa, estamos indo viver a vida.
Pelas ruas tudo que vamos precisar é de experiência, um instrumento.
Algo que siga você independente dos berros e dos péssimos dias...
E quando você estiver devagar com paciência reduzir-se a menor nota.
Sente-se numa cerca de madeira fincada no chão e olhe pro horizonte,
se você tiver uma gaita toque-a. As vacas e os pastos ouvirão.
Caminhe e corra pelo campo que te pertence. Esta Terra.
E quando já for noite faça uma fogueira, asse batatas, milhos.
Não se esqueça jamais de fazer música, a vida vai precisar.
E sempre mantenha por perto seus amigos de verdade,
a trilha obscura da vida vai te exigir sorrisos elegantes em situações que não merecem.
Mas um sorrir é muito mais do que só estar feliz, demonstre isto.
Sallut
10.06.2014
Esca chefishi ter
Assim como o retrato do power-ranger procurava o seu sentido para cada lado
aquele virado para mim era todo escuro. Apenas sombra e sua forma.
Em seu interior haviam pequenas bolhas de tinta eclodindo uma entre as outras.
O outro lado esconde algo...
Mas mesmo a Sombra com suas pequenas bolhas de tinta, me deu algo
por não parecer muito mas também nem pouco. Apenas Sombra e Tinta.
O que aquele ranger pensava enquanto na sombra da tinta?
Eu não sei. Você muito menos.
Aliás deve estar se perguntando, o que será que significa
algo de tudo isso, ou se tudo isso significa algo.
Eu também lhe pergunto, neste caso.
O que será que há na sombra com tinta, pra você?
Esca porque é inerte, fica e permanece. Como uma torre de farol no meio do Oceano, sinalizando para quem quer que seja que ali há Terra...
Chefishi com muito romance, dotado de saudade e tempero hostil. Daqueles que observam a Lua à champanhe em Veneza... ouvindo Grateful Dead...
Ter pois não basta ser,
a Arte tem de ser mais do que isto.
Sallut
10.06.2014
sábado, 7 de junho de 2014
Chore, querida.
...aí você vem com frequências, conversa de quem quer amolecer Montanhas,
mas sabe que não vai arrumar nada se não jogar duro.
Tem que consertar o mundo antes de voltar para casa.
E você sabe o que eu sinto, no final...
Não me deixe voltar sem tê-la olhado uma última vez, pra levar à vida.
Eu luto por dentro para dizer adeus, mas sempre ouço alguém e isto me desperta.
Por isto eu grito e corro para tantas viagens, casas e lagos. O ritmo vai aumentando enquanto andarilho.
Ninguém jamais acompanhá estes juvenis passos que dei na própria juventude.
Alguns dos choros jamais cessarão pois não escorrerão das nossas mentes.
Eu me inspiro no ritmo que eu tenho e este é inabalável.
Meu bem esteja aí enquanto eu estiver aqui.. vamos viver a vida,
"...deixe de gritar toda esta dor
guarde isto para você, tá bom? Nunca diga nada à ninguém.
Deixe de lembrar disso, deixe de sentir. Não é real.
Não é algo que se pode inspirar porque não existe.
Vamos lá. Viva sua vida."
Óh... baby...
Chore, baby...
Chore, baby...
E Janis me levou para o mundo irreal...
Sallut
07.06.2014
mas sabe que não vai arrumar nada se não jogar duro.
Tem que consertar o mundo antes de voltar para casa.
E você sabe o que eu sinto, no final...
Não me deixe voltar sem tê-la olhado uma última vez, pra levar à vida.
Eu luto por dentro para dizer adeus, mas sempre ouço alguém e isto me desperta.
Por isto eu grito e corro para tantas viagens, casas e lagos. O ritmo vai aumentando enquanto andarilho.
Ninguém jamais acompanhá estes juvenis passos que dei na própria juventude.
Alguns dos choros jamais cessarão pois não escorrerão das nossas mentes.
Eu me inspiro no ritmo que eu tenho e este é inabalável.
Meu bem esteja aí enquanto eu estiver aqui.. vamos viver a vida,
"...deixe de gritar toda esta dor
guarde isto para você, tá bom? Nunca diga nada à ninguém.
Deixe de lembrar disso, deixe de sentir. Não é real.
Não é algo que se pode inspirar porque não existe.
Vamos lá. Viva sua vida."
Óh... baby...
Chore, baby...
Chore, baby...
E Janis me levou para o mundo irreal...
Sallut
07.06.2014
sexta-feira, 30 de maio de 2014
Vivarte.
Não podia ser mais inexplicável
o modo como surgiu na minha mente. Inabalável
ritmo constante, trancado, sincero. A pura percussão acompanhada.
E Eu sou a gaita.
E se tiver dúvidas disto acorde e veja o céu, sinta os ventos.
Os pássaros cantam prosas que compomos juntos
numa frequência que eu ainda não dominei.
Muita calma para viver a vida. Óh, vida...
Tão plena cheia de sabedoria... a colher...
Enquanto os versos se esgotam, lá se vai a vida...
Mas é como o começo: Inexplicável.
Aquilo que só se sente. Um bom leitor pudera imaginar.
Mas eu sempre posso acreditar na essência que me trás as palavras.
Estas me levarão pra vida. Óh, vida...
E, poxa vida...
Meu violão se foi, minha gaita perpetua.
Novos horizontes e eu aqui fascinado pelos clássicos romances da literatura.
Óh, vida... bela vida...
São segundos preciosos que me vão nos dias,
que se passam tão rápido
em dias cada vez mais curtos
em anos cada vez mais árduos.
E quando acordo é que sinto a vida
me levando aos trilhos
de diversos rumos
à diversas Artes.
E se você tiver o olhar apurado vai aparecer algo pra perceber
que não estava lá
quando eu não pus,
mas que ficou
quando eu retirei.
Sallut
30.05.2014
o modo como surgiu na minha mente. Inabalável
ritmo constante, trancado, sincero. A pura percussão acompanhada.
E Eu sou a gaita.
E se tiver dúvidas disto acorde e veja o céu, sinta os ventos.
Os pássaros cantam prosas que compomos juntos
numa frequência que eu ainda não dominei.
Muita calma para viver a vida. Óh, vida...
Tão plena cheia de sabedoria... a colher...
Enquanto os versos se esgotam, lá se vai a vida...
Mas é como o começo: Inexplicável.
Aquilo que só se sente. Um bom leitor pudera imaginar.
Mas eu sempre posso acreditar na essência que me trás as palavras.
Estas me levarão pra vida. Óh, vida...
E, poxa vida...
Meu violão se foi, minha gaita perpetua.
Novos horizontes e eu aqui fascinado pelos clássicos romances da literatura.
Óh, vida... bela vida...
São segundos preciosos que me vão nos dias,
que se passam tão rápido
em dias cada vez mais curtos
em anos cada vez mais árduos.
E quando acordo é que sinto a vida
me levando aos trilhos
de diversos rumos
à diversas Artes.
E se você tiver o olhar apurado vai aparecer algo pra perceber
que não estava lá
quando eu não pus,
mas que ficou
quando eu retirei.
Sallut
30.05.2014
quarta-feira, 28 de maio de 2014
Eu tenho o Blues.
"...na verdade ele quis dizer o contrário,
a canoa sobe o rio, não desce.
Assim como o salmão na época de desova.
Não tão longe, não tão sozinho...
Você acha que pode se sentir bem assim, mas preste atenção.
Sim, querida! Eu estou bem aqui!
E tenho meu coração cheio de amor,
Eu tenho a gaita, meu bem. Tudo mudou. Eu tenho o Blues.
O Blues me têm quando estou triste, quando estou explosivo.
Minha gaita contém todo o meu orgulho e espirra ele pelo espaço.
Eu não quero me debruçar no chão,
mas eu quero você bem perto dos meus olhos.
Eu não quero voltar pra te deixar em casa.
Eu tenho o Blue, meu bem. E eu poderia amar você. Amar você.
Eu não quero nenhum beijo seu! Talvez mais tarde...
Eu não quero nenhum abraço seu! Quem sabe o apertado...
Eu não quero flertes duvidosos que gerem pensamentos.
Mas eu poderia amar você, amar você.
E eu me mantenho longe como um lobo sanguinário
prestigiando o que saciaria a intensa inspiração que culminaria em algo intenso.
Eu não quero ser seu amante! Não sou opaco.
Eu não quero ter segundas intenções! Eu vou além...
Eu não quero sair de mãos dadas! Eu tenho o Blue.
Mas eu poderia amar você, amar você.
Preste atenção porque jamais diria isso no microfone ao vivo nas ruas de São Paulo.
E eu poderia amá-la, baby.
Amá-la Yeah! Yeah! Yeah!
Eu não quero ser o amor da sua vida. Talvez algum dia.
Eu não quero que largue sua vida por mim. Talvez eu me torne ela...
mas eu poderia amar você, amar você baby... amar você."
Eu tenho um grande plano para esta noite
penso no que poderia estar fazendo em algum bar se pudesse gritar em notas isto que estou sentindo.
Eu sei que tenho o Blues, não sou um estranho nem um estrangeiro.
Eu sou livre.
Sallut
28.05.2014
a canoa sobe o rio, não desce.
Assim como o salmão na época de desova.
Não tão longe, não tão sozinho...
Você acha que pode se sentir bem assim, mas preste atenção.
Sim, querida! Eu estou bem aqui!
E tenho meu coração cheio de amor,
Eu tenho a gaita, meu bem. Tudo mudou. Eu tenho o Blues.
O Blues me têm quando estou triste, quando estou explosivo.
Minha gaita contém todo o meu orgulho e espirra ele pelo espaço.
Eu não quero me debruçar no chão,
mas eu quero você bem perto dos meus olhos.
Eu não quero voltar pra te deixar em casa.
Eu tenho o Blue, meu bem. E eu poderia amar você. Amar você.
Eu não quero nenhum beijo seu! Talvez mais tarde...
Eu não quero nenhum abraço seu! Quem sabe o apertado...
Eu não quero flertes duvidosos que gerem pensamentos.
Mas eu poderia amar você, amar você.
E eu me mantenho longe como um lobo sanguinário
prestigiando o que saciaria a intensa inspiração que culminaria em algo intenso.
Eu não quero ser seu amante! Não sou opaco.
Eu não quero ter segundas intenções! Eu vou além...
Eu não quero sair de mãos dadas! Eu tenho o Blue.
Mas eu poderia amar você, amar você.
Preste atenção porque jamais diria isso no microfone ao vivo nas ruas de São Paulo.
E eu poderia amá-la, baby.
Amá-la Yeah! Yeah! Yeah!
Eu não quero ser o amor da sua vida. Talvez algum dia.
Eu não quero que largue sua vida por mim. Talvez eu me torne ela...
mas eu poderia amar você, amar você baby... amar você."
Eu tenho um grande plano para esta noite
penso no que poderia estar fazendo em algum bar se pudesse gritar em notas isto que estou sentindo.
Eu sei que tenho o Blues, não sou um estranho nem um estrangeiro.
Eu sou livre.
Sallut
28.05.2014
terça-feira, 27 de maio de 2014
Baby Lemonade.
Naquela noite de segunda-feira eu tive de dar play na loucura de alguém que me inspirava muito.
Barrett...
E em algum momento
alguém pegou minha mão e disse: Tudo bem.
Grandes coisas em lugares grandiosos estão nos esperando.
Por favor, por favor, querida, uma limonada.
E pela manhã nos deitaremos na cama até a outra manhã,
em algumas ocasiões durante o calor de fantasmas.
Por favor, por favor querida, Uma limonada.
Eu estou assustado. Não sei que caminho seguir.
Sei que meus olhos dizem coisas legais do que tem por aí,
assisto a máquina do mundo a minha volta fazer-me sentir só.
Por favor, por favor querida, uma limonada.
Ando por aí como um perdido sem destino,
meus passos esperam por um caminho grandioso a ser trilhado.
Por favor, por favor querida, uma limonada...
Quando for noite iremos deitar no chão mesmo,
e pela manhã já estaremos na cama fugindo dos fantasmas da solidão.
Por favor, por favor querida, uma limonada.
Nada faz tanto sentido quando minhas notas perpetuam na inspiração de algo sem sentido.
Um buraco côncavo se abre dentro de mim quando preciso escrever
porque preciso pensar em algo... e aqui estou eu...
Pensando em você.
Sallut
27.05.2014
terça-feira, 20 de maio de 2014
De: Um menino frio, grosso e austero.
...aquela minha velha mania de perder Diamantes...
O que sou eu, afinal?
Pois não sei!
Sei onde quero chegar e tenho me esforçado para alcançá-lo.
Quero mudar tudo isso. Vai ser difícil.
Meu coração inflama quando penso que em algum lugar pensas em mim.
Óh... romancista... óh, boa vista...
Pra onde vão os poemas e poesias
quando se tem o sopro como anestesia.
Ficam largados ao leo do vento
lugar que gravidade é seu sustento.
Se for solene e pesado como Saxofone
corações cinzas ouvirão ao longe,
e mesmo sendo tão distante
Serão notas suaves e dilacerantes.
Me ouça quando grito súplica!
Me beije, óh, frio da rua.
Mas não me abrace, mentiras nuas
implacáveis falsárias de palavras cruas.
Alcançarei o céu, a Lua se quiser
mesmo sem asas, basta me por de pé
Um olho é o que preciso
cego do outro vejo apenas amigos.
E se a Lua quando lá estiver não me querer
voltarei pra Terra sem razão de viver.
E talvez na Terra, onde nascem rosas
eu encontre um motivo pra compor outra prosa.
Sallut
20.05.2014
O que sou eu, afinal?
Pois não sei!
Sei onde quero chegar e tenho me esforçado para alcançá-lo.
Quero mudar tudo isso. Vai ser difícil.
Meu coração inflama quando penso que em algum lugar pensas em mim.
Óh... romancista... óh, boa vista...
Pra onde vão os poemas e poesias
quando se tem o sopro como anestesia.
Ficam largados ao leo do vento
lugar que gravidade é seu sustento.
Se for solene e pesado como Saxofone
corações cinzas ouvirão ao longe,
e mesmo sendo tão distante
Serão notas suaves e dilacerantes.
Me ouça quando grito súplica!
Me beije, óh, frio da rua.
Mas não me abrace, mentiras nuas
implacáveis falsárias de palavras cruas.
Alcançarei o céu, a Lua se quiser
mesmo sem asas, basta me por de pé
Um olho é o que preciso
cego do outro vejo apenas amigos.
E se a Lua quando lá estiver não me querer
voltarei pra Terra sem razão de viver.
E talvez na Terra, onde nascem rosas
eu encontre um motivo pra compor outra prosa.
Sallut
20.05.2014
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