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sexta-feira, 30 de maio de 2014

Vivarte.

Não podia ser mais inexplicável
o modo como surgiu na minha mente. Inabalável
ritmo constante, trancado, sincero. A pura percussão acompanhada.
E Eu sou a gaita.

E se tiver dúvidas disto acorde e veja o céu, sinta os ventos.
Os pássaros cantam prosas que compomos juntos
numa frequência que eu ainda não dominei.

Muita calma para viver a vida. Óh, vida...
Tão plena cheia de sabedoria... a colher...

Enquanto os versos se esgotam, lá se vai a vida...

Mas é como o começo: Inexplicável.
Aquilo que só se sente. Um bom leitor pudera imaginar.
Mas eu sempre posso acreditar na essência que me trás as palavras.
Estas me levarão pra vida. Óh, vida...

E, poxa vida...
Meu violão se foi, minha gaita perpetua.
Novos horizontes e eu aqui fascinado pelos clássicos romances da literatura.
Óh, vida... bela vida...

São segundos preciosos que me vão nos dias,
que se passam tão rápido
em dias cada vez mais curtos
em anos cada vez mais árduos.

E quando acordo é que sinto a vida
me levando aos trilhos
de diversos rumos
à diversas Artes.

E se você tiver o olhar apurado vai aparecer algo pra perceber
que não estava lá
quando eu não pus,
mas que ficou
quando eu retirei.




Sallut
30.05.2014

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Eu tenho o Blues.

"...na verdade ele quis dizer o contrário,
a canoa sobe o rio, não desce.
Assim como o salmão na época de desova.

Não tão longe, não tão sozinho...

Você acha que pode se sentir bem assim, mas preste atenção.

Sim, querida! Eu estou bem aqui!
E tenho meu coração cheio de amor,
Eu tenho a gaita, meu bem. Tudo mudou. Eu tenho o Blues.
O Blues me têm quando estou triste, quando estou explosivo.
Minha gaita contém todo o meu orgulho e espirra ele pelo espaço.

Eu não quero me debruçar no chão,
mas eu quero você bem perto dos meus olhos.
Eu não quero voltar pra te deixar em casa.
Eu tenho o Blue, meu bem. E eu poderia amar você. Amar você.

Eu não quero nenhum beijo seu! Talvez mais tarde...
Eu não quero nenhum abraço seu! Quem sabe o apertado...
Eu não quero flertes duvidosos que gerem pensamentos.
Mas eu poderia amar você, amar você.

E eu me mantenho longe como um lobo sanguinário
prestigiando o que saciaria a intensa inspiração que culminaria em algo intenso.
Eu não quero ser seu amante! Não sou opaco.
Eu não quero ter segundas intenções! Eu vou além...
Eu não quero sair de mãos dadas! Eu tenho o Blue.
Mas eu poderia amar você, amar você.

Preste atenção porque jamais diria isso no microfone ao vivo nas ruas de São Paulo.

E eu poderia amá-la, baby.
Amá-la Yeah! Yeah! Yeah!

Eu não quero ser o amor da sua vida. Talvez algum dia.
Eu não quero que largue sua vida por mim. Talvez eu me torne ela...
mas eu poderia amar você, amar você baby... amar você."

Eu tenho um grande plano para esta noite
penso no que poderia estar fazendo em algum bar se pudesse gritar em notas isto que estou sentindo.
Eu sei que tenho o Blues, não sou um estranho nem um estrangeiro.
Eu sou livre.




Sallut
28.05.2014

terça-feira, 27 de maio de 2014

Baby Lemonade.

Naquela noite de segunda-feira eu tive de dar play na loucura de alguém que me inspirava muito.
Barrett...

E em algum momento
alguém pegou minha mão e disse: Tudo bem.
Grandes coisas em lugares grandiosos estão nos esperando.
Por favor, por favor, querida, uma limonada.

E pela manhã nos deitaremos na cama até a outra manhã,
em algumas ocasiões durante o calor de fantasmas.
Por favor, por favor querida, Uma limonada.

Eu estou assustado. Não sei que caminho seguir.
Sei que meus olhos dizem coisas legais do que tem por aí,
assisto a máquina do mundo a minha volta fazer-me sentir só.

Por favor, por favor querida, uma limonada.

Ando por aí como um perdido sem destino,
meus passos esperam por um caminho grandioso a ser trilhado.
Por favor, por favor querida, uma limonada...

Quando for noite iremos deitar no chão mesmo,
e pela manhã já estaremos na cama fugindo dos fantasmas da solidão.
Por favor, por favor querida, uma limonada.


Nada faz tanto sentido quando minhas notas perpetuam na inspiração de algo sem sentido.
Um buraco côncavo se abre dentro de mim quando preciso escrever
porque preciso pensar em algo... e aqui estou eu...
Pensando em você.




Sallut
27.05.2014

terça-feira, 20 de maio de 2014

De: Um menino frio, grosso e austero.

...aquela minha velha mania de perder Diamantes...

O que sou eu, afinal?
Pois não sei!

Sei onde quero chegar e tenho me esforçado para alcançá-lo.
Quero mudar tudo isso. Vai ser difícil.
Meu coração inflama quando penso que em algum lugar pensas em mim.
Óh... romancista... óh, boa vista...

Pra onde vão os poemas e poesias
quando se tem o sopro como anestesia.
Ficam largados ao leo do vento
lugar que gravidade é seu sustento.

Se for solene e pesado como Saxofone
corações cinzas ouvirão ao longe,
e mesmo sendo tão distante
Serão notas suaves e dilacerantes.

Me ouça quando grito súplica!
Me beije, óh, frio da rua.
Mas não me abrace, mentiras nuas
implacáveis falsárias de palavras cruas.

Alcançarei o céu, a Lua se quiser
mesmo sem asas, basta me por de pé
Um olho é o que preciso
cego do outro vejo apenas amigos.

E se a Lua quando lá estiver não me querer
voltarei pra Terra sem razão de viver.
E talvez na Terra, onde nascem rosas
eu encontre um motivo pra compor outra prosa.




Sallut
20.05.2014

terça-feira, 13 de maio de 2014

Jardins de Lua Quase Cheia.

Eu chegava em casa todas as noites,
olhava para o céu antes de abrir o portão, contava algumas poucas estrelas.
Antes de perder o contato visual com a Lua eu sorria para ela.
Numa noite específica a Lua estava quase cheia.

Quando cheguei na minha cama após o banho e a janta
pude perceber que o jardim vivo em mim alimentava-se do que eu sentia.
Vinha sentindo amor. O amor regava minhas belíssimas pétalas de rosas.
Vinha sentindo esperança. A esperança regava minhas belíssimas bromélias.

Fechei os olhos e quando tudo escureceu pensei no meu romance, naquele meu sentir.
Queria tanto que fosse verdadeiramente para sempre.
Mas antes de abrir os olhos pela manhã meu jardim morreu.

Fiquei algumas horas para abrir os olhos já acordado, e quando os abri vi o teto do meu quarto.
Gostaria muito de virar pro lado e ver um sorriso específico, mas meu jardim já não tinha mais rosas ou bromélias.
Desejei com todas as forças que o dia passasse sem que eu levantasse da cama. Meu jardim já não tinha mais rosas ou bromélias.

Mas tive de levantar. Levantei.
E antes que colocasse os pés no chão o Sol alcançou minha pele,
foi como se cada flor morta posta em cinzas do meu jardim tivesse ressurgido. Renascido.
Não pude esconder o sorriso espontâneo. Sorri.

Minha pele aqueceu-se confortavelmente enquanto calçava os chinelos.
Quando me levantei senti meu espírito erguer amor.
Quando me levantei senti meu espírito erguer esperança.
E ao meu primeiro passo a rosa mais bela se preencheu de cor e vida.

Quando cheguei no banheiro já tinha metade daquele meu jardim florescido,
ao olhar-me nos olhos do espelho vi que faltavam pássaros. Então cantei.
Minha voz criou montanhas com cachoeiras, riachos com cantareiras.
E quando cantei choveu. A chuva germinou novos sentimentos.

Tive vontade de chorar, adorava a roseira que tinha na janela do meu quarto.
Sempre que acordava ela estava lá. Já não estará mais. Chorei.
Tive vontade de gritar, adorava correr e me jogar no mar de plumas que tinha no quintal da minha casa.
Sempre que estava triste era lá que me refugiava. Gritei.

E quando acabaram-se lágrimas e gritos eu pensei:
Tenho um novo Jardim para conhecer.




Sallut
13.05.2014

domingo, 11 de maio de 2014

A única coisa.

Quando tive silêncio,
aquele mascarado dito como verdadeiro silêncio,
pude pensar em algo que já estava na minha mente, pairando
esperando um momento certo para sair suavemente formando as frases...

Não é preciso pensar bastante para encontrar algo além da loucura.
Não é preciso que derreta tantas vezes os pensamentos até perceber que não vale a pena.
Escrever, tocar e cantar, dançar. Procure a Arte. E vejamos.

Onde pudermos pisar será Sol,
onde pudermos observar será Lua,
onde pudermos viver será Vida.
Não se preocupe com o mar ele estará lá pela manhã também.

Mas preocupe-se com o som da minha música,
as coisas que digo transparecem segredos que nem conhecia,
facetas que eu sequer desconfiava a existência.

Mas aqui estou sob nova data, n'outra frequência.
Me abraça o pensamento de que não voltei para aquela mesma ilha desolada do mundo
agarrada e impregnada de um só lembrar.
Aqui faz uma belíssima noite de dia das mães.

Com certeza temos muito o que melhorar daqui pra frente.





Sallut
11.05.2014

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Morfine A Noite.

Quer saber algo interessante que faz sentir-me feliz, as vezes... corro com a mente por aí...
Algo do tipo. Você sabe...

Quer experimentar esta corrida algum dia? Basta estender-me a mão e te mostrarei novos lugares.
Outros olhares.
Sei que tem medo guardado aí neste sorriso de desejo.
Sei que tem interesse escondido aí neste silêncio desinteressante.

Mas de uma música para a outra coisas acontecem, meu bem... coisas mudam.

Eu me lembro de um céu grandioso que não cabia na minha visão
tinha expectativas de conhecê-lo e explorá-lo acompanhado.
Mas aqui estou eu pulando de asa delta sozinho.
Indo direto e reto ao chão. Indo direto e reto ao chão. Ao chão.

Você deve pensar que enlouqueci e que nada faz sentido.
Talvez tenha razão, você sempre soube observar muito bem estes fatos meus.
Venha até mim e eu mostrarei o que aprendi a fazer neste meio tempo.
Coisas incríveis me preenchem.
Tenho música constante ecoando nas minhas paredes internas, ninguém pode ouvi-la ou senti-la.
Ninguém e nenhum lugar.
Alguém em algum lugar me acolherá quando eu e meu Asa Delta chegar no chão.
Estamos indo direto e reto ao chão. Direto e reto ao chão. Ao chão.

Alguém caminha atrás de mim observando minha velocidade até o chão.
Este alguém não consegue me acompanhar. Apenas dá passos curtos.

E uma voz grossa me espera de braços abertos posto a me receber.
Óh, que tristeza... jamais terei tanto sucesso quanto o pulo que me trouxe até aqui.
Eu arquitetei meus passo e agora estou enfrentado os reflexos. Eu enfrentei. Eu enfrento.
Mas quando decidi saltar daquela montanha de Asa Delta fui direto e reto ao chão.
Indo direto e reto ao chão. Direto e reto ao chão. Ao chão.

E se isto tudo não fizer sentido, leia e releia, leia e releia.
Escale a montanha e salte de novo! Hahaha. Sádico.
E se não tiver vento para levá-lo por aí sorria, é porque não tens de pular logo hoje.
Talvez quando for noite e tivermos uma lua crescente no céu algo de bom acontecerá.
Como numa noite do dia oito de maio, às meia noite e cinco...
...com Morfina... A noite....




Sallut
08.05.2014

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Alcançá-la.

...e quando já estivermos no futuro?
Você vai ler aqueles textos do passado para mergulhar no mesmo lago nostálgico que te faz sentir?
Talvez tenha coragem e burrice o suficiente para isto. Talvez...

Você a noite fica só
pequena garotinha perdida no mundo.
Sente-se desfalcada sem seu amor inexplicável.
Você tem um momento ruim na sua história,
eu poderia ajudá-la se pedisse a minha ajuda.
Mas você nega dar-me seu olhar,
mas você me nega teu olhar.

Enquanto morremos lentamente durante o dia
a noite chega para nos dar um abraço frio
ajuda a secar as lágrimas que estão lá dentro, que não saíram.
Durante a noite tudo fica mais fácil
de expulsar, sentir. Menos ver.
Você pode mentir pra si mesmo, é uma possibilidade.
Você tem momentos ruins na sua história,
um momento de olhos fechados é tudo para lembrar-se deles.
Eu posso ajudá-la a livrar-se disso tudo,
mas você nega dar-me seu olhar,
mas você me nega teu olhar.

Uma voz grossa diz para você permitir o choro
enquanto tudo deságua não tem motivo de medo.
Não há buracos fundos o suficiente que possam nos esconder,
nem histórias longas o suficientes para nos distrair.
Talvez leia um livro de 700 páginas para encontrar novos mundos,
mas você sabe que o teu mundo estará sempre mergulhado na mesma dose de loucura, de paixão, de solidão.

Por trás do mundo as coisas são sempre mais tristes.
Você teve momentos ruins na sua história e manteve-se de olhos fechados todo este tempo.
Eu posso ajudá-la... mas não posso alcançá-la simplesmente esticando minhas mãos.
Você me nega teu olhar.

Você tem a mesma vontade de amar
ama os sentimentos enquanto deslizam nos fatos que te desviam do caminho que quer seguir.
Estarei aqui na rua debaixo durante todo o tempo.
Basta direcionar-me teu olhar.




Sallut
07.05.2014

terça-feira, 6 de maio de 2014

Pela última vez.

...acabo me pegando em notas diferentes que eu não conhecia, inspirando pensamentos teus.
Fato típico. Acabar me inspirando em você.

Você achou errado pela última vez.
Você descobriu uma canção em mim que sobreviveu o amor que foi virando cinzas, uma canção que canta até mesmo a solidão. E ela sempre diz cantar apenas por uma última vez.

Pela última vez. Só mais uma vez...
Então vá e permita ir.
Não prenda o teu coração às minhas lembranças, meu bem. . Pela última vez.
E quando você estiver caminhando para seu novo destino lembre-se de todos os sorrisos que demos juntos.
Valeram à pena.
E de todas as lágrimas que acabei derramando quando tudo acabou, uma canção me inspirou naquela última vez que toquei meu violão para você.
Pela última vez.

Era uma canção que cantava a dor de um coração que lembrava de seu primeiro dia,
momentos que se foram e jamais retornarão. Tão sozinho por enquanto. Enquanto você vai...
Canto aquela canção mais uma vez, só por você ter me deixado sozinho, mais uma última vez.
Mas gritarei as mesmas notas. Não chore. Eu estou sozinho mas continuo aqui.
Parado no mesmo muro pensando quantas vezes foram necessárias para a dor em mim apartar.
Jamais parou de sangrar, chorei durante tanto tempo que quando secou meu rosto havia petrificado.
As notas iam me levando para algum lugar que jamais visitei antes, tudo o que eu tinha era você nos pensamentos.
Não parece justo vendo pelo meu lado, mas foi eu quem errei. Acabei por apagar a estrela que conquistei o brilho. Eu sinto muito por isto.
Sei que o tempo já passou e que não faz sentido continuar escrevendo, escrevendo, escrevendo...
Estas palavras que me inspiram não querem dizer nada. Mas as digo, só mais uma última vez. De novo.

Enquanto o tempo passa aguardo pacientemente dentro de mim a oportunidade de amar novamente.
Belas moças me aparecem, belas personalidades me são apresentadas. Eu vejo tudo isso acontecer...
Mas acabo voltando para casa no fim da noite pensando no mesmo sorrir, tentando lembrar do mesmo cheiro.
Me parece inútil resistir a esse amor que vive em mim e que um dia dei moradia. Não faz sentido expulsá-lo ou trancafiá-lo para jamais expressar-se. Vou gritá-lo. Permitir que voe.
Então escrevo.
E acabo voltando às mesmas linhas em branco preenchendo-as com estas coisas que me levam a você.
Estou preso a esta miserável tortura que mereci criar. Preciso superar isto.
Mas só por esta noite eu vou chorar estas lágrimas mais uma vez, pela última vez...

...não faz sentido eu simplesmente esquecê-la...




Sallut
06.05.2014