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quinta-feira, 26 de maio de 2011

Meu sonho louco. Minha vida, minha morte.

...essa trilha é um pouco istreira e várias rochas ao seu redor, árvores secas com urubus pousados sobre seus galhos finos e deprimidos. No céu, tudo escuro... era horrível. Mas à nossa volta não estava escuro, estava claro e podíamos enchergar além de tudo, como se a escuridão naquele local não fosse nada. E foi lindo quando pude apreciar as estrelas de dia, e apoiar-me na lua, no cabide dos signos. É um sonho louco muito bem interpretado, me imagino somente viajando e escorregando de estrela a estrela, com se as visitasse uma por uma. E, uma por uma, deslizei sobre elas, e demorei milhares e milhares de anos. Mas foi tão bom que foram rápidos, e pouco notei. Não morria, não sentia fome e nem sede, eu não precisava dormir e nem comer, perfeito. Não é?
É...
Mas a escuridão as vezes me assustava, e eu me esgueirava encolhido pelas frestas finas das árvores finas, de galhos finos. Me escondia com cuidado para não acordar os urubus que há meses ameassava me comer. Me devorar vivo, é o que eles fazem.
Eu estava morto...
Era apenas o purgatório e o modo como eu imaginei, não era ruim e nem bom. Era perfeito...
E é como deve ser, perfeito. Não há defeito naquilo perfeito, mas a perfeição é um defeito.
...e continuo caminhando como um louro que procura desesperado por sua casa. Escorregava meus dedos frágeis nas árvores mortas e cada passo tornava-se "o" passo, não alcancei e não demorei. Apenas andei....
...eu andei por um longo tempo. E o cenário era sempre o mesmo, nunca mudava. Acostumei-me.
De alguns em alguns anos eu encontrava alguns por alguns cantos, nunca juntos. Todos assustados. Leigos da própria existência.
Como morri, e agora estou aqui? Outro mundo? Outra Vida? Outra Dimensão? Outro alguém?
Aproveita o que há hoje porque o amanhã é desconhecido.



#marchadaliberdade
Sallut
26.05.2011

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