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quarta-feira, 11 de abril de 2012

O Barulho que o Relógio Faz.

A forma como eu enxergo as coisas que acontecem, a forma como interpreto as coisas que são, a forma como sinto as coisas que deixaram de ser, a forma como meu espírito reage a cada acontecimento, a forma como sorrio ao passar o dedo sob as lembranças doces, a forma como bloqueio na garganta lágrimas ao sentir tristes lembranças acariciar meu rosto.
A forma como amo, como erro, como tento consertar meus erros, como tento me redimir, como me apoio em coisas sem estrutura para me levantar. A forma como sorrio, choro, abraço, beijo, cuido, aconselho, ouço, protejo, abençoo, entrego...
A forma como me lembro, sinto a paz invadir por breves instantes o meu espírito trazendo aquele ar de felicidade. Imaginar o seu sorriso, fechar os olhos e sentir saudade do seu beijo e o gosto que tinha seus lábios. O calor do seu abraço, o cheiro do seu cabelo, a forma como sua pele arrepiava-se quando eu a beijava com delicadeza. Princesas...
A forma como estou agora é resultado de tudo o que eu fiz. Tudo.
Eu não sei se fiz coisas boas, afinal. Todos ao meu redor estão ocupados tentando me corrigir pelos meus erros.
Olho para o céu e vejo o Azul ganhando ou perdendo vida, até a Lua parece com mais ou menos significado, o calor que sinto do Sol também está diferente. O amor está diferente. O mundo está bagunçado.
Formas, formas, formas... tudo isso são palavras quais poucos poderiam interpretar da forma como realmente é, ou será apenas eu? Não importa. Resta para mim a ideia de que o que resta de verdade é saudade. Saudade do que foi bom e já passou, do prometido ao eterno que já acabou, do verdadeiro que diluiu traços de quando eu me encontrava Anjo.
Sinto ódio de mim mesmo quando vejo que nada do que foi dito ou escrito surtiu efeito.
O que houve com os toques de carinho meus, será que foram trancados junto às areias que movem o tempo? Eu só espero, então, que o tempo não faça nada que seja um fato tornar-se uma simples mentira, ou algo que não seja verdade enfim.
O que seria de mim se não houvessem memórias para me trazer de volta tudo aquilo que não alcanço?




Sallut
11.04.2012

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