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quinta-feira, 7 de junho de 2012

Neste mês há um ano [2]

"...eu havia a convidado para um passeio enquanto conversávamos, nos sentamos num banco de praça e começamos a conversar. Não me lembro do assunto exatamente, mas estávamos mal. Ela estava triste comigo e nós estávamos prestes a acabar.
Mas não acabamos neste conto nem naquele banco de praça, foi bem depois. Mas, veja, lembro-me bem, tão bem do olhos dela... do sorriso, ai Deus...
É uma tortura essa coisa que veio junto comigo, Lembrar... ai Deus...
Surgiu no céu algo forte o suficiente para nos separar, nosso amor foi se transformando em algo irreconhecível, e quando notamos não era mais amor. Morreu.
No lugar ficou o silêncio entre nossos olhares vazios mas cheios de pensamentos, de quereres e desejares. Ficou na minha mente o seu cheiro, mas não consigo me lembrar, só me lembro de que gostava. Adorava. Amava.
No lugar ficou um penhasco, vou falar dele em breve então preste atenção, vou explicar, mas será de um jeito subjetivo para que só você entenda. Não adianta, no meu pensamento você não me visita mais, não consigo encontrá-la. A encontro somente na presença da saudade quando meu olhar se desvia e, lá estou eu com meus pensamentos... de novo."


Mas se você um dia parar pra lembrar do passado, olhar fotos nossas que já encheram-se de bolor, sorria meu amor. Sorria. Existimos e foi lindo, não foi? Achei que seríamos para sempre, fui um tolo. Me perdoe. Talvez se eu não tivesse sido eu mesmo não teria agora o olhar entristecido em lembrar que não lembro do seu cheiro.
Olha só, olha só isso...
Verdades implacáveis não existem mais, mas, droga... mesmo depois da guerra restou ainda uma, uma verdade implacável...




Eu ainda amo você.
Sallut
07.06.2012

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