O corvo se precipitou, eu digo.
Voou para longe procurando se encontrar, perdeu-se ainda mais. Voltou para os braços da dona que já não o queria, viu as portas fechadas com novas visitas, e então foi embora. Não se sabe para onde foi, mas foi para longe novamente... lá com certeza encontrará um novo horizonte, terá novas ideias e o fato diluído no sub consciente o fará florir novos sorrisos.
O sorrir é raro na pele de um Corvo, entenda.
Seus olhos ainda são negros, não se desviaram. Ouça esta canção e veja...
"...estava voando atravessando o oceano, queria alcançar outro lugar, outro continente talvez. Voava com o olhar fixo rumo ao brilhar do Sol, e sempre às noites subia o mais alto que conseguia acima das nuvens, e de lá observava a Lua sem o traduzir nublado de um céu poluído. Havia a Lua, um céu cheio de estrelas e um Corvo no meio da escuridão com o olhar cansado voando...
Mas o Sol surgia pela manhã, ainda voava mas baixo, planava as águas do mar se divertindo com o quebrar das ondas. Era um Corvo."
Se o que disse ontem contradiz o que fiz hoje, é porque mudei. Não se aborreça com minhas mudanças, apenas entenda. Não vou mudar para entristece-la, quero mantê-la pelo contrário... mas eu mudo. Meus passos querem encontrar alguém que entenda as mudanças do jeito que são realmente.
Mas estas são palavras de outro alguém falando de outra coisa num momento totalmente importuno.
Tenho novas histórias, procure um novo baú de segredos, Menino.
Um novo coração, quem sabe...
Sallut
19.06.2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário