No fim daquele dia já as 1 da manhã sentou-se enrolado em seu roupão de roupas baixas, curtiu cada gole de um delicioso vinho tinto furtado há pouco da adega do pai, era sexta-feira 18 agosto, e quando terminou de ler este se surpreendeu, quis escrever algo que o incentivasse a um sono livre de qualquer anseio ou pesadelo, e que seja quando acordar algo simples que faça a vida tomar outro rumo. Esperava algo que não sabia o que era, como era ou de que meio surgiria. Apenas com a fé de que chegaria.
Esperava uma senhorita, e cada canto que passava, cada esquina que seu olhar bisbilhotava curioso, nos pensamentos uma senhorita. Não se sabe quem é ela, nem como é ou de onde, apenas que existe e está vivendo neste exato momento. É loucura imaginar que o amor funciona assim?
Minha facilidade de mudar de assunto as vezes me deixa perdido, mas serei breve e hoje trouxe um conto...
"...eu sei que você pode se lembrar, havia há muito tempo um homem que vinha caminhando de longe com o coração já petrificado pela decepção, com os olhos encharcados e vermelhos, cheios de corrupções no espírito. Vinha de tão longe com passos quentes, mas frios, vagos, passos inválidos que guiavam um inválido. E nesse caminhar duro e sofrido chegou até um rio que seguia por mais longos quilômetros, a fauna selvagem tinha um clima bem quente, tropical, fazia muito calor. Podia ouvir animais gritando e fazendo barulho numa selva. Caminhava determinado a algum lugar, mas tão sem rumo quanto um bêbado sem casa e memória.
Encontrou escondida por entre as mais altas árvores da floresta uma pequena Cabana, sim, camuflada com cipós e folhas, palhas, ambiente. Era uma cabana bem pequena não muito alta, bem simples, para entrar eu precisava me abaixar um pouco, logo em cima da Cabana havia um pequeno morro de terra com raízes de árvores, não exitei e a memória me diz que entrei como se já conhecesse o lugar, já morasse ali. E quando entrei vi algo que as palavras que alcanço hoje não expressam nem traduzem, nem dão a entender, temo que nem mesmo as de amanhã ou depois. O que vi tornou-se uma lembrança que dentro mim vive tão intensamente quanto meu olhar ou minha respiração, é algo notável que apenas eu sei e sinto a existência. Uma lembrança."
Preciso aprender a manter um foco narrativo, não é? Pois bem...
Foi um conto, foi sim.
Sallut
18.08.2012
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