Sabe quando uma peça de Teatro acaba, as pessoas se levantam batem palmas e aos poucos vão se dirigindo cada uma às suas casas. Sou quem escreveu a história, sou quem a apresentou, sou quem cuidou do cenário, sou quem criou todas as máscaras, foi eu que apresentou todos os personagens e narrei a peça com minha voz. Fui eu quem abri e fechei as cortinas, eu que cuidei das luzes também. Fui eu quem ficou lá sentado, mesmo depois do fim da apresentação, observando o palco e lembrando de cada ato, cada diálogo, cada expressão... coisa típica de Teatro, coisa incrível.
Sou quem se encantou com o que era momentâneo, viu como incrível o que na verdade era muito simples, apenas fui ingênuo e imaturo. Apenas fui Jovem.
...,as luzes se apagaram e eu continuei ali. As pessoas visitaram outras peças, conheceram outras histórias, outros escritores. Eu continuei ali.
Canso de pensar, canso de observar, canso de sentir... mas nunca canso de escrever, principalmente sobre você, que é o que tenho feito ultimamente neste ano. Nunca canso de me escrever.
Neste livro até que falo pouco, o nome é Pensamento Jovem mas, sinceramente, não me atrevo a por em palavras tudo o que passa pela minha mente. Desconfio as vezes que você ainda vem me visitar, só pelo prazer de sentir viva a esperança dentro de mim. É bom, reconfortante.
Mas já é madrugada e eu deveria dormir, sei que quando desligar as luzes e fechar o computador não terei sono, terei você nos pensamentos e a saudade espalhada por todo canto, desde as cortinas até entre os dedos do meu pé. Tudo impregnado de saudade.
Que droga! Droga, droga!
Odeio esse meu jeito de amar.
No final desta história, já sei, apresentei a peça para você e você nem mesmo gostou. Foi eu quem se encantou, sozinho...
Sallut
14.08.2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário