Mortos, oficialmente, há mais tempo do que vivemos. Não sei se isso é triste somente para mim que ainda estou aqui com uma ferida a se fechar. Talvez eu não sinta saudade da garota que eu perdi, acho que as coisas que vieram em seguida é que me fazem sentir desta forma. Me sinto inutilmente fraco quando jogo tudo para o alto e decido ir visitar sua página, ver suas fotos, tatear um pouco das minhas consequências e sentir o doloroso calafrio que é a saudade.
Não sei se deveria me recordar de certas coisas, sei que relembrar é viver, mas por aqui ainda dói.
O pesadelo começa a fazer sentido quando eu paro pra ler meus pensamentos do ano passado, a maioria se declarava ou prometiam-se à você. Neste ano esta tudo tão diferente. Sequer a tenho para contar o que têm dado errado.
Ouvi dizer em algum lugar que o silêncio corrói, destrói e cala qualquer sofrimento.
Eu sou o próprio silêncio, a própria solidão, a própria escuridão, não é Sallut sou eu, e eu gostaria tanto de olhá-la nos olhos agora...
...imagino que aqueles olhos castanho-claro regariam um jardim de possibilidades que já morrera por falta do brilho destes mesmos olhos, que um dia já serviram de luz solar...
"Olhe ao redor e veja os vagalumes, estão brilhando
Olhe ao redor e veja a beleza da natureza, e como ela é
Olhe, meu amor, não existe nada mais belo do que admirar seu olhar
O castanho dos teus olhos me leva para um caminho infinito de prazer...."
21.11.2012
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