Veja só, entre os risos e os sorrisos
por mais vazios, mais explícitos
Caem as lágrimas, verdadeiros cálices compridos
carregados de um líquido
ora salgado, ora derretido
Me molha como se fosse areia
me lava igual sujeira
E se não fossem as lágrimas
seria só pedra
Igual à pescaria feita às pressas
Mas um dia a lágrima virou chuva
e de repente todo mundo ouviu
Alguns adormeceram ao seu som
outros contemplavam na janela o próprio dom
De enxergar na cidade fria uma triste poesia
por mais vazia de sentimento
cheia de alegria
E se não fosse o prato de comida e a cama quente
que cidade seria essa na chuva incandescente?
Sei que muitos abrigam as ruas
tantos gatos e cachorros às pruas
E quando me dei conta este verso já secou
foi bom o tempo
mas o tempo acabou.
Sallut
19.09.2013
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