O conto modificado...

Eram três irmãos, filhos do mesmo pai de mães diferentes. Um rei poderoso e autoritário, super protetor mas reservado. Dava tudo o que os filhos queriam sendo que apenas dois moravam com ele. A mãe do primeiro filho o cria longe do Reino em uma fazenda. A mãe do segundo filho vivia com o rei e morreu no parto da criança. A mãe do terceiro filho era uma guerreira e morreu em campo de batalha, o rei adotou a criança e a cria.

De tão poderoso, seus inimigos o temiam e suas crianças cada vez mais almejadas por serem príncipes de um reino tão grande. Em pouco tempo o rei morrerá e logo será decidido quais dos filhos será o único e verdadeiro herdeiro.

Foi-se ordenado aos três para que buscassem uma pedra perdida no mundo, uma pedra que poderia trazer paz e união à todo o planeta se possuída por pessoas de boas intenções, e assim foi. Os três irmãos partiram mundo à fora atrás da pedra.

O irmão mais velho, egoísta, possessivo e rude partiu sozinho com seu cavalo nobre e sua armadura. Buscou a pedra em todo o planeta e a encontrou na margem de um rio em que se deliciava com a água matando sua sede. Neste mesmo instante, veio um vulto encapuzado e com uma voz rouca e fraca disse: "Não lhe é de direito, ainda renderá muitas almas ruins para o outro lado". Neste momento, o homem levantou-se e retirou sua espada da bainha para combater a morte.

Assim, morre o irmão mais velho...

O irmão do meio partiu junto com o irmão mais novo e, sem se conhecerem muito foi uma viagem calada. Cavalgaram por todo o continente em busca da pedra e não a encontraram em lugar nenhum...

Depois de muitos e muitos anos, já amigos, um dos irmãos vê algo brilhando no topo de uma grande Eva. Ele escala a árvore e lá está a pedra que procurou todo esse tempo com o irmão.

Neste mesmo instante guardou-a consigo e decidiu não partilhar com o irmão que tinha divido angústias e sofrimento todo esse tempo. No mesmo instante, a morte apareceu novamente para o irmão do meio e disse: "Não é justo! Terás que andar sobre a tábua da vida e é lei que você caia".

Assim, morre o irmão do meio...

O irmão mais novo vê o seu pobre irmão mais velho despencando da árvore e corre para ajudá-lo, encontra a pedra em sua mão e a aperta com força de olhos fechados. Chorando, rezava por um milagre para que seu irmão voltasse à vida e que aquele "acidente" não tivesse acontecido.

Neste instante a morte aparece para o irmão mais novo e diz: "De bom grado irei te levar no seu tempo. Não há de acelerar sua ida, jovem, pois ela é certa. Viva a vida intensamente pois quando eu chegar eu espero que você tenha feito tudo o que quis fazer. Espero que não tenha tido medo de ser feliz e de fazer alguém feliz, espero que tenha vivido como era para se viver. É abençoado por mim e de hoje em diante, saberá em quem confiar a sua vida pois ela, não se desperdiça por um laço familiar. A vida uma vez confiou em mim e ingenuamente me estendeu a mão. Não só a puxei para o chão como a usei de apoio para me levantar... olhe onde estou".

O caçula ouviu aquelas palavra e parou de chorar na hora. Ficou conhecido por todo o continente não por ter sido o único irmão a voltar vivo da jornada, mas por uma frase tocante que se ditou como código para todo ser humano. Ela dizia:

"Eu conheci a morte, e ela estava viva..."

Sallut

13.11.2011