"...senti a água do mar gelar meus pés, olhava para o Sol, ainda estava cedo. O vento soprava calmamente enquanto de olhos fechados apreciava aquele momento, aquela sensação de liberdade. Neste momento sorri, abri um sorriso cheio de vida e sincero, simplesmente sorri. Aí abri os olhos e pensei um pouco, lembrei de algumas coisas e lentamente fui agachando e me sentando na areia. O sorriso já não era mais espontâneo e ia se desfazendo aos poucos em minha face, olhava para o Sol atônito, fixo e pensativo.
Não preciso dizer no que pensava.
Olhei para o chão e vi a areia úmida sob meus pés, risquei a areia com a ponta do meu dedo indicador direito, escrevi algo que li e reli durante várias horas, fiquei o dia inteiro ali sentado observando o Sol, sentindo o vento, a areia, o mar... a saudade. Tudo em volta me trazia lembranças, a poucos metros atrás de mim havia também uma Cabana, já disse sobre esta, estava lá com meus pertences cheia de mim dentro dela, mas vazia por ter apenas eu.
Naquele dia lembro-me de ter escrito um poema lindo que me encantou no instante em que o reli, era meu feito para alguém que já não existe mais em meus dias. Não era um poema de tristezas, nem de alegrias, não falava de lembranças e nem revelava um Imagine, era um Poema diferente que falava o que sempre quis falar da maneira certa.
Depois de todos aqueles pensamentos me levantei e entrei na minha casa, sentei-me no sofá e apanhei O Livro, o primeiro parágrafo diz o que isso quer dizer..."
Sempre vou voltar e escrever, mesmo que não faça sentido. Eu sei que são poucos que fecham os olhos e são capazes de enxergar alguma coisa. Eu sou.
Sallut
11.09.2012
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