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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

"O Primo Basílio"


O amor...
"...torno a falar do amor, inevitavelmente fracasso ao tentar evitá-lo. O amor sou eu. Vivo do amor. Mesmo que seja o amor abandonado e sem cores, aquele amor esquecido que já não jaz no coração de seu dono. Sabe-se que o amor é imortal, transmutável, mas original por si, o amor é inesquecível.
Mas o amor é venenoso leva aos delírios, o ciúmes e a insegurança se tornam dois cúmplices do diabo para te arrastarem até o fim do doce caminhar que é se amar.
...e sobre o caminhar... lembranças. É só o que resta. Para contentar-se ou não, a escolha se torna unicamente sua."
Vi também que o amor é mortal, pois quando semeado num coração romântico se torna a árvore que irá sustentar o pulmão de nosso coração, como o ar na terra. O amor leva a traição, e amor que é amor é sincero. Vi que o amor corrói o homem ao mesmo tempo que o fortalece com a indestrutível armadura da paixão, o amor também trás remorso ao erro do homem imperfeito. O amor é a vida que precisa ser entendida para que não se torne mortal.
Trago o olhar Poeta, um olhar sofrido, não um comentário talvez um escrito observado. É de minha natureza sou assim. Pessoas "diferentes" que seguem seus princípios não são entendidas no meio da sociedade, a exclusão destes trás um olhar mais apurado das coisas como realmente são.
Eu reparo, observo, penso. Eu penso e decidi ser um escritor, para que meus pensamentos não se tornem alheios, os salvei porque os considerava preciosos, e o fiz escrevendo. Sempre que posso, sempre que consigo.
É preciso mesmo muito tempo para que possa-se entender o que alguém pensa a partir de um escrito, requer interesse e ao falar disso penso em fato puro. Este é um diário que serve para um Efeito Borboleta, já ouviu falar? Minha mente se desliga e posso ouvir uma voz que traduz as sensações que oscilam pensamentos, este sou eu, e quando escrevo posso me entender em tempo real. Esta sensação é maravilhosa.
Sei que parte das coisas que escrevo são desnecessárias, fúteis, pensamentos alheios que não mereciam um parágrafo. Mas sou acolhedor e não menosprezo sequer uma palavra daquilo que me conduz. Ao falar disto penso em fé.
O mundo conspira uma coisa curiosa que me leva a seguir uma trilha que deixa rastos pequenos quase imperceptíveis que refletem no futuro. Simples assim. Como este parágrafo.
Já vi que muitos artistas e grandes nomes que se expressaram eram solitários, rejeitados e não eram entendidos. Eu me identifico, estou vivendo e compreendendo algo que a vida quer insinuar, estou reproduzindo.
Desfoquei o amor, o meu amor... mas não faz mal, este é mais um. "
- Óh, Primo Basílio... porque fostes me roubar o coração? Porque fostes trazê-lo de volta ainda apaixonado por ti e me pisar no solitário? Agora vejo, agora eu sei... o amor... Óh, Primo Basílio... o amor era meu tu queimava era paixão. Me possuiu e abandonou-me na trilha da morte feita de amor. Só de amor. Amor."



Sallut
28.09.2012

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