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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

A Paixão de Cristo. [2]

Boa noite Pai. Acho que não o tenho procurado muito para pensar, estive cobiçado em respostas e perguntas. Acho que nos últimos dias estive tentando entender o que eu sinto realmente, quem sou realmente, e qual o meu propósito afinal.
Acho que nos últimos dias tenho pensado nas escolhas que preciso fazer o quanto antes, nas consequências. Tenho pensado no que eu realmente quero para tomar uma decisão com firmeza e confiança, de queixo erguido. Queria saber o que fazer...
Eu lembro de tê-lo procurado outra vez para falar do meu coração e de seus pensamentos. Hoje não é diferente, faz 1 ano e pareço ter os mesmos sintomas. Estou confuso, me sinto perdido, não sei o que cobre o meu coração, queria me traduzir de uma forma que não soasse metafórico ou que só fizesse sentido daqui outro ano. Queria conversar com ela, Pai. Com ela.
Parece que não me sinto seguro com mais ninguém, e já a perdi há tanto tempo...
Me acostumei com o silêncio, com o escuro, com o olhar calado observando o mundo sem cores ao meu redor. Um mundo sem importância. Vivi neste mundo durante bastante tempo, é sim, parecia estar encontrando o caminho para fora dele. Mas agora estou aqui, estamos aqui. Aconteceu como uma mão puxando minha perna de volta para o maldito buraco onde eu estava.
Acho que não sou a pessoa que a mereça de corpo e alma, minha mente educou-se de um jeito grosseiro e hostil, pareço ignorante da forma como lido com as palavras, parece que deste jeito ela não me aceita.
Penso também que não tenho mudado muito, além do silêncio constante que se faz presente. Talvez eu tenha me transformado em alguém que só precisa da solidão natural, e que as pessoas não se sentem a vontade em ter por perto. Talvez eu seja importante o suficiente para fazer falta pra alguém além dos que me amam por existir. Ou não. Penso.
Eu não sei se a amo, me sentir assim faz pensar que sim. O fato de que nunca deixei de pensar nela me deixa mais inseguro, mais vulnerável. Por outro lado ela parece tão segura de si e de seus sentimentos.
Gostaria de saber de uma vez por todas se lembranças minhas ainda passam pelos pensares dela, ou se o sentir que plantei em seu espírito ainda flori encantadoramente como outrora. Com certeza não.
Talvez eu seja um insignificante que adore escrever coisas que não fazem sentido para mais ninguém além de mim. Os meus pensamentos.
Talvez eu seja um insignificante que nunca deixou de amar...
Insignificantes... palavras insignificantes... atos insignificantes... pensamentos nunca serão insignificantes.




Sallut
17.01.2013

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