...eu estava chegando em casa e entrava pelo corredor para os fundo, foi lá que encontrei meu chefe de trabalho e notei que estava chovendo.
- No sábado a gente trabalha, chefe? _perguntava porque aquele dia era sábado, chovia, mas já o fazia molhando a esponja com sabão. Foi quando percebi o meu colega de trabalho, sentado numa cadeira de rodas.
Ele estava bem não pertencia à ele. Esfregávamos o colchão com a esponja limpando-o, foi quando apareceu um peixe muito grande e bonito. Parecia um Pacu prateado. Tinha os olhos intensos, eu o toquei tentando agarrá-lo de cima para baixo como faze-se com os peixes, mas ele não se permitiu, era forte.
Quando comecei a me afastar em direção à rua o peixe saltava lentamente se aproximando de mim, olhando fixamente em meus olhos, aqueles olhos prateados, saltitou até chegar à garagem e, misteriosamente escorreu até para fora da rua. Acabou caindo no bueiro.
Mas naquele dia chovia muito, as ruas alagavam. O esgoto alagava. O peixe ficou durante alguns instantes na poça de água quando o chefe e meu colega se aproximavam dele, haviam brinquedos no esgoto transbordando. Foi tudo o que voltara na mão do chefe.
O peixe mergulhou esgoto à dentro e sumiu. Saí caminhando em direção a minha casa.
Chovia muito. Me deitei no chão de bruços como se tivesse perdido a maior oportunidade da minha vida e lamentei. Mas não demorou muito para me levantar e dizer as últimas palavras daquele sonho...
- Relaxa, Michel...
Sallut
30.01.2013
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