Tudo bem. Vou tentar explicar algo esta noite. Esta noite.
Notou a bela noite que faz nesta última noite de Agosto, do ano treze?
Sinto uma grande emoção, agora.
Estou terrivelmente inspirado. Sinto transbordar meus penhascos interiores. Algo realmente transborda.
Algo realmente vive.
Mas, alguém precisa sair de casa para o amor entrar. Não cabem os dois aqui.
Talvez eu vá quebrar o muro que me impeça de alcançar a verdade. O muro que me impede à verdade.
Um grande silêncio. Só o som do vento cortando o ar anoite.
Talvez o ar queira sussurrar alguma verdade oculta para mim. Ele trás notícias.
Talvez seja o corvo que enviei há algum tempo. Ele retorna. Sorrindo. Gritando.
Parece crescido, seu olhos são vermelhos. Estamos na última noite de Agosto, meu bem...
O céu não tem Lua e agora é a hora para renascer. Tenho um grande muro entre nós, agora.
Agora, como nenhum outro tempo
há um muro entre nós.
Talvez isto não signifique nada
e que sempre existiu alguns muros entre nós defendendo algumas coisas.
Não tenho muros. Só quadros tristes. Alguns...
Meu castelo tem muitos quadros tristes, sim...
No térreo. No primeiro andar. No terceiro. No porão esculturas de pesadelos.
Todo o castelo está preenchido de arte melancólica. Revolta.
Só o som do vento cortando o ar anoite.
Eu queria poder te dizer mais, mas sinto que não vale a pena
as minhas palavras são completamente vazias. Para você.
Veja só, vem um helicóptero. É um amor.
Ele veio chamá-la para sorrir. Sim, garota. Vá.
Não
Pense
De novo.
Sallut
31.08.2013
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