"Hoje eu sinto como se não me tivesse para um depois, no amanhã...
Hoje eu não sei se vou vê-la, nem no amanhã...
Mas sei que você estará logo ali respirando o mesmo oxigênio que eu.
E apesar de amá-la intensa e fielmente, confino este amor ao solitário sentir.
Hoje vejo os erros que eu mesmo cometi, sinto seus reflexos na pele.
Hoje você vem me dizer que não se importa e que já passou...
Hoje você olha dentro dos meus olhos e pode dizer que não sente nada. Nada que mereça palavras.
Eu me sinto tão tolo quanto ao amor que sinto dentro de mim chorar um melancólico blues.
Hoje sei que meus próximos passos lembrarão dos meus últimos.
Hoje eu queria muito que você estivesse aqui, e apesar de tão longe sinto-me seguro por respirar o mesmo oxigênio que você. Oxigênio que alimenta este meu amor. E não querendo estar aí ou aqui, mas em qualquer lugar onde eu possa estar.
Por favor, por favor, diga algo para mim. Nem que seja depois de muito tempo um mero Adeus acenando, para que eu seja algo para você.
Pode ser qualquer coisa que ultrapasse da meia noite e dez, algo que me leve a outra estação de trem.
Porque eu sei que no final você acabará se lembrando de mim, inevitavelmente, quando parar pra pensar sobre como as coisas estão.
Vai poder ouvir os ecos de um assovio longínquo que já não canta mais.
E alguém neste dia não permitirá que continue sozinha. Você pode confiar nisto que te digo.
Você é jovem para ficar tão sozinha, meu bem... Eu vejo você, eu vejo você
voltando para perto de mim. Talvez querendo conversar ou aceitar meus pedidos de desculpas,
permitir que eu encha sua caixa de mensagens com cartas cheias de eu. Eu vejo você, eu vejo você
voltando para perto de mim. Você não pode ficar longe por tanto tempo deste abrigo que você mesma me deu. Meu coração mora aí e decidiu não expulsá-lo simplesmente.
Estou de bolsos vazios e roubaram o meu violão. Não tenho onde passar a noite, meu bem...
Eu vejo você, eu disse: Vejo você... voltando para perto de mim.
Me dando aquele olhar cansado de mentiras aceitando um cão arrependido de volta ao abrigo que ajudou a construir.
Eu vejo você, eu vejo você... voltando para perto de mim. Pequenos momentos não se conquistam com o dinheiro do trabalho árduo, são com palavras e sentimentos fiéis e de intensidade pura.
Eu vejo você, eu vejo você... voltando para perto de mim..."
Sallut
26.03.2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário