...aí voltei pra dentro de casa
os ventos preenchiam minha alma como a certeza de uma felicidade.
Meu coração voltou diferente, parecia mais enérgico e o sangue fluía.
Senti como se pudesse ir voando a Faculdade. Nada de ônibus.
Então decidi ouvir o sir Galway e ele me levou a outro horizonte...
Senti que podia alcançar o incrível lado do céu que é como o mar,
longe tudo, inacessível para os que estão acorrentados ao corpo. Lugar apenas para a mente.
Lá nadávamos na cidade como barcos nadam nos rios de Veneza
cada um com seu subconsciente viajando pelas esquinas de uma encantadora cidade flutuante,
enquanto nossos passos escorregavam de um pensamento a outro
esbarrávamos nossas ideias e uníamos como em um só
por um momento senti que fui dominado por algum tipo de sentimento.
Algo tranquilo que desliza penetrando fibra por fibra como o som de uma Flauta
para dentro da mente e do coração... do espírito...
E antes de percebermos que nos esbarramos já éramos outro tipo de consciência,
diferente da que éramos antes, comouma mistura.
Não houve sorrir, não houve olhar, houve apenas o conflito de ideias. A mistura.
Enquanto continuávamos o nado em lados opostos com objetivos diferentes
pensávamos o dia inteiro no que poderia estar acontecendo lá fora, em outras superfícies...
Sallut
28.08.2014
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