no fracasso de ser
o romântico fodido.
Atolado
no entulho que há
em ter um amor bêbado e vadio.
Mas se não tivesse amado de forma tão intensa
jamais teria sofrido o abismo que existia
no jejum de alguém que não comeu durante todo o dia.
E enquanto mudam as faixas, trocam-se os vinis,
o mesmo amor perpetua.
O mesmo romantismo afogado, atolado e fodido.
E n'outra manhã que amanhecer saberei que meu Amor está por aí
talvez em algum bar ou na cama de outro alguém.
Talvez saltitando no prazer de um ninguém.
Não teria sentido toda esta poesia
se antes desta não houvesse alegria.
Alegria passageira, alegria derradeira.
Um quadro tem de haver montanhas cinzas
mas logo acima das montanhas
há o céu de brancas listras lisas.
Uma vida tem de haver o romance da adolescência.
Uma poesia tem de haver o brilho da inocência.
As palavras tem de guardar o segredo e a indecência.
Mas o Amor que inspira as palavras, Ah... Este...
este é que leva consigo a minha essência.
Sallut
25.08.2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário