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quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Ventos de Sopro.

...as muralhas da cidade antiga continham a curiosidade de muitos cidadãos, não a minha. Olhava de cima da montanha o que o mundo escondia em suas entranhas, enxergava um imenso azul que não me dava uma dica sequer pra onde iria. A flauta e a gaita. Os ventos. Estiveram comigo. Estão comigo. Vão comigo. São eu.

...mas você me perguntou um dia se eu iria com você pra onde fosse.
Sim, eu vou! Sim eu iria! Pra qualquer lugar que escolhesse... sim...
Mas acabei por perder o sonho
como soltar um laço no mar
e jamais vê-lo novamente.
Acabei por tentar rever o mesmo riso,
mas depois que o Sol já tinha ido embora. O sol já se foi...

Eu piloto minha mente pelos meus pensamentos.
Sim, eu piloto. E desvio de obstáculos! Escolhi assim... sim...
E eu queria poder olhá-la nos olhos e dizer:
Eu iria como um laço no oceano
em direção às suas ondas. Eu iria pra qualquer lugar que fosse
nas ondas do seu oceano... como um laço... Óh, sim.

Eu tento encontrar motivos pra não perder a lucidez nas ruas.
Sim, eu tento. Tento procurar. Mas encontro só motivos vazios.
Eu fui em direção à banca que vendia perdão, cumprimentei com um sorriso gentil.
Mas não havia figurinhas nem jornal naquela banca. Quem dirá perdão.
Perdão pra quem deixou o Sol partir. Óh, sim...

Eu piloto minha mente em meio a esses fatos.
Ah, piloto sim. É minha única escolha diante do mundo.
E mesmo os buracos e má vontade dos outros que pilotam por aí
eu tenho continuado o meu caminho com muita atenção.
Óh, sim.




Sallut
07.08.2014

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