Meus pensamentos estão como numa correnteza de rio, com força e com velocidade indo e vindo nos meu achares e pensares, minhas lágrimas de dúvidas e sorrisos de certezas. Meus pensamentos. Mal os conheço e me controlam com ambos lados a decidirem, e de ao descobrir tão pouco de mim mesmo me sinto como um estranho, mal me conheço.
Minhas ideias mudam e se colidem assim como minhas atitudes e minhas promessas, e eu tenho tanta certeza de ambos. O fogo que me faz arder a vontade domina todas as minhas ações, e sigo controlado por essa sombra que amo, que me apaixonei.
Estou cego, e meus dedos já não palpitam mais delicados e frequentes alertas de frio, ou de vida, ou de amor, ou de dor, ou de algo, nada. O vazio completou tudo o que faltava, e de repente, nada faltava, nada havia, nem mesmo o escuro, ou o tal branco infinito. Não sei, tudo sumiu, é confuso.
Mas ainda vejo minha sombra me seguindo como minha fiel escudeira, e meu passaporte de felicidade para alguma outra vida. A curiosidade se torna um fogo que mantém aceso e vivo, contínuo, e me sinto inteiramente só. Mas estou aqui.
"...é que eu tenho rezado as ultimas noites para que Papai protegesse àqueles que amo, e que livrasse nosso caminho de más intenções. Meus olhos brilham e revigoram amor, e minhas palavras de amor declaradas em poemas já não esquecidas. Aprendi o bem e a dele me sustentar, tudo bem... sempre há uma estrela na noite de amanhã que ainda poderá brilhar".
Sallut
26.11.2011
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