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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Pesadelo imaginado.

"...era uma ponte e tudo ao redor estava invisível, coberto por neblina ou um nevoeiro que despencava dos céus sem perdão, como um verdadeiro castigo. Eu estava nu, mas não sentia frio, e estava sozinho, mas não sentia medo. Comecei a caminhar pela ponte e vi um lago congelado alguns metros abaixo, as árvores secas deixavam folhas sem vida serem congeladas e eternizadas pelo frio, e pela imensidão branca. Foi um pesadelo.
Segui meus passos em direção a ponte e a atravessei, quando cheguei do outro lado ouvi um ruído muito alto ensurdecedor vindo de trás de mim, meu coração se assustou mas não tive medo, apenas olhei para trás e não enxerguei mais a ponte, não havia nada. Então olhei para frente, e tudo também sumiu, pisquei os olhos e de repente estava só, sem roupas, num vazio branco sem vida. Era eu.

Minhas imaginação tomou vida quando olhei para dentro de mim mesmo e enxerguei caos e solidão, mas de repente vi um laço vermelho surgindo do fim daquele fim, e o vento trazia-o a mim, na minha direção. Apenas estendi a mão e ele caiu sobre a palma da minha mão como se eu o puxasse e o controlasse para àquilo. No momento em que me tocou senti tudo se colorindo como resultado, mas não existia mais ponte e nem neve, nem o branco. Havia apenas a chama confortável que aquecia o meu frio coração de neve, havia apenas você na minha mão me fazendo vivo.
Então enfiei a mão dentro de meu peito e tirei o meu laço de vida, ele era azul, azul como o céu, e grosso como algodão. Tirei de mim com dificuldade e o segurei junto com o seu laço vermelho, nisso, encontrei o fim do meu pesadelo.
Eu estava dormindo sonhando com o fim, o fim da minha existência, o fim quando eu olhar para dentro de mim mesmo e não encontrar nada, apenas duas decisões que me tiraram a vida, me tiraram tudo. O amor e o perdão, mas não me arrependo de nenhum, na verdade, me orgulho. Caminhei sem medo perante minhas decisões e cá estou, com vida, ainda..." Continua.




Sallut
24.11.2011

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