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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Boa Noite. [3] Malkavian.

Estou sentado numa cadeira, sinto meus pés submersos na água gelada que agora chega até meus joelhos. Meus cabelos estão mais longos que da última vez em que acordei aqui, parece que algo está escorrendo por minha face, é suor... não, é sangue. Posso sentir o gosto do ferro que constitui o meu sangue nos lábios, mas esse sabor... este sangue não é meu. Olho para o alto e enxergo uma lâmpada nua que me iluminava meio aquela escuridão. Aquela luz embaçada fez arder meus olhos, sinto minha pele arder. Sinto fome.
Mais daquele sangue escorre pelo meu rosto e tento lamber o máximo que posso, por incrível que pareça aquele gosto saciava algum desejo desconhecido dentro de mim. O gosto de sangue.
Não sei há quanto tempo estou aqui e nem imagino quanto mais devo ficar, sei que estou faminto, louco completamente desprovido de sanidade. Hoje, aqui, agora, sou Malkaviano.
Meus pensamentos são tantos que não consigo dar nome as quatro paredes que trancam minha loucura na escuridão, no silencioso, no quase inexistente. Só.
As vezes enquanto gargalho relembrando algo intensamente triste, um erro, paro e penso nessa minha existência vaga, então choro. Lágrimas negras que pingam na água e, como uma goteira no meio do silêncio, só ouço minhas lágrimas respingando. Agora entendo, vê também? Malkaviano.
Este sou eu...

Eu poderia dizer mais sobre esse novo eu, mas algo mais precisa ser dito antes...




Sallut
15.10.2012

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