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terça-feira, 2 de outubro de 2012

O autor quis dizer isto.

É o fim da primeira segunda-feira do primeiro dia do mês de Outubro daquele ano, no céu uma Lua simplesmente espetacular brilhava meio a escuridão e vazio. Fazia frio, sentia minha garganta fria e quase inflamada. Tossia. Naquela noite tinha os pensamentos pesados e olhos lutando por um sono profundo e eterno. Não tinha sequer o dinheiro da passagem e estava só, tinha música e sensação de paz. Sensação. Mas por Benção do destino consegui chegar em paz até minha casa, para me entregar a um sono que pudesse me levar ao mais belo sonho eterno. Um que me faça sentir profundo e que até depois de acordar possa lembrar pequenos momentos por breves instantes.
"Lembro que naquele dia eu acordei muito mal-humorado. Estava decidido a não colaborar com nada que a vida me propusesse. Até quando me sentei para escrever procurei o relaxo, e o fiz. Não tinha absolutamente nenhuma vontade de viver. Ainda faltavam alguns meses para o ano acabar mas eu não queria ir ao seguinte. Tinha concluído aquela hora que minha vida não estava boa e que não fazia diferença, não valia a pena continuar. Pensamentos fracos...
Observava as coisas ao meu redor, tocava o vidro sentado no ônibus, podia ouvir a voz dos meus pensamentos falando e observando cada canto daquela cidade tomada pelo caos e ambição. E eu estava sozinho.
Havia o sopro do vento, é claro, e a Lua. Linda, maravilhosa, unicamente especial. Dona dos quatro cantos do meu coração, ou do que restara dele comigo.
Mas, de repente, aquele observar e contemplar despertou, acabou. Sinto o asfalto duro e frio contra meu rosto, meu corpo está jogado no meio de uma rodovia e está tudo silencioso. Fazia muito frio. Me sentei no chão e observei onde estava..
Podia enxergar outra rodovia do outro lado, e no espaço entre a rodovia em que acordei até a outra havia um pequeno campo de alguns 30 metros com algumas árvores e arbustos. Levei a mão a cabeça e ela voltou ensanguentada. Meu coração disparou de preocupação e eu quis me lembrar da última coisa antes daquele episódio começar, não me lembrei, nem sequer pude pensar em algo. Apenas senti uma dor absurda na cabeça e desmaiei.
Foi uma viagem de pensamentos, e eu sei que a vida queria me testar, me mostrar, me ensinar. E eu tinha de aprender mesmo que minha mente fosse dopada com uma realidade cruel cheia de sangue, tiros, balas, rosas, luxúria e lama. A vida é assim..."

Você sabe que o Poeta conta o conto fragmentado para segurar o seu interesse na obra, você entende... ou tente entender. Porque...




Sallut
02.10.2012

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