Tudo bem, foi um banho meio maluco e olha só o resultado:
"Fechei os olhos e enxerguei uma fronteira com árvores e arbustos verdes, o céu era azul e as estrelas pareciam brilhar junto com o meu olhar ao contemplar tudo aquilo. Atrás de mim havia uma casa, dentro dela eu não olhei e não pude ver o que havia lá... fui acompanhando o cenário com a cabeça e vi um corredor cheio de portas, fiquei feliz conseguir olhar pra dentro de mim mesmo ao fechar os olhos num ato poético. Mas, era estranho, eu não andava pelo corredor, eu apenas virei a cabeça e vi uma porta, a abri e encontrei algo lá dentro, meu corpo sente algo na espinha só de lembrar... lá de dentro surgiu uma face e ela sorria para mim. Abri os olhos com medo rapidamente, eu não sabia o que era aquilo e nem porque sorria para mim, fiquei em choque. Fiquei com medo de fechar os olhos de novo e me deparar com aquilo dentro de mim, é confuso ter resultados que eu não sei decodificar. Eu apenas me sinto estranho por não conhecer nada de mim mesmo, e quando tento fazer isso eu me assusto, será que sou algo tão terrível assim? Tem algo dentro de mim que me assombra e que não me deixa em paz, aquele sorriso me assustou... eu não sei a quem ele pertence. E me cai a dúvida de quem escreve agora: Será o poeta?"
- Eu tinha o meu mundo em meus braços e de repente ele escapou, o medo tomou conta de tudo dentro de mim como a sombra na ausência da luz, e então fechei os olhos para aquela verdade e me deitei. As minhas asas estavam fechadas novamente e eu já não era mais um Anjo, era outra coisa que não podia voar nos próprios pensamentos como eu o fazia, algo que não podia por as causas de seus pensamentos escrito em palavras, ou em poesias, ou em poemas, ou em textos, ou em prosas, ou em desabafos... eu era algo estranho que eu não podia reconhecer, minha face perdeu a expressão e eu não enxergava mais a cor dos meus olhos, não havia brilho no meu sorriso, não havia ar na minha respiração, não havia vida dentro de mim, não havia motivos para ela existir. E as minhas penas foram caindo no caminho que trilhava, deixadas para trás como rastros da minha felicidade ou do meu sofrimento, ou do meu dizer, ou do meu pensar, eu não sei, mas eu entendi os meus erros quando apontaram os meus defeitos pela primeira vez. Entendi que meu modo de pensar era errado e que eu precisava mudar, entendi as formas que dava as coisas que via e que assistia no mundo ao meu redor, e tudo o que eu escrevia de repente não fazia sentido(e isso foi o menino falando), mas onde estou? Por que estou aqui? Eu também não sei!
Não estou dizendo que quero sair, mas por favor, quero respostas. Quero respostas da minha prisão e das minhas palavras sendo expressadas em letras, frases, textos, tudo guardado em um diário.
Tem algo entalado na minha garganta querendo sair, serão as respostas que tanto desejo? De qualquer forma não posso fazer nada, elas não podem sair. Não porque eu não deixo, mas porque não podem, o mundo quis assim, e eu estou nele. Não posso fazer nada, sinto muito.
Palavras do Poeta Sallut.
Sallut
12.12.2011
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