...caímos contra o chão com força e eu a protegi com minhas asas, levantei com ela em meus braços e continuei caminhando para fora da casa. Os passos ardiam, mas mal percebi, os notei na escada quando tive que respirar um pouco de oxigênio. Ela acorda e me vê com os pés em fogo e tudo em chamas, me perdi ao ver seu olhar perdido e senti por breves momentos o desespero subir pela minha garganta como uma serpente, mas eu o engoli. Então a abracei forte e escondi seu rosto em baixo do meu peito e fui em direção da vida que enxerguei fora dali. Corri as escadas e desci rapidamente até o lado em que a escada vira com a parede, joguei meu corpo contra a parede na esperança de estar fraco e cortássemos caminho saindo por ali, mas não... Apenas senti o impacto forte sobre minhas costelas e quadril, me recompus num suspiro de oxigênio e continuei indo em direção a porta principal, onde havia o que respirar. No caminho, como clichê, um apoio da parede caiu na minha frente em chamas e tive que contorná-lo, o teto estava cedendo e o caminho era curto... Eu estava num mal bocado. Fiquei parado pensando em êxtase de ação pensei num milhão de coisas que já tirei e eliminei da minha cabeça, e então as idéias não pareciam colidir com a realidade e eu só conseguia dar olhos às besteiras. E isso me incomodava no pouco tempo que tinha... Subi até a escada e pulei da janela do segundo andar para o chão, sem expectativas de bons resultados pulei contra o chão para protegê-la, e consegui. Caímos no chão e derrapamos no asfalto por alguns metros... Ardeu, mas agüentei. Ou não. Levantei cheio de dores e de sangue embalado a pele, com o olhar entristecido a ergui do chão e fomos embora.
Essa daí é a minha imaginação...
Sallut
04.12.2011
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