...sorri e fui caminhando lentamente até alcançá-la, parei na sua frente e fiquei em silêncio apenas sorrindo.
- Faz tempo que não a vejo...
- É... você está bem?
- Acho que sim, estou sabe, você sabe. E você?
- Eu estou bem.
Um breve silêncio constrangeu o momento.
- O que anda fazendo? Estudando, trabalhando...
- Ah, estou vivendo. Sabe? Todas essas coisas.
Novamente o silêncio...
- Estamos tão diferentes, não é? O que aconteceu?
- Não sei, acho que somos nós sem o amor, ou depois de todo esse tempo.
- É estranho.
- Sim.
Coloquei as mãos no bolso e olhei ao redor, observei o cenário e depois a olhei nos olhos. Aquele castanho me fascinou e só me fez trazer à tona lembranças dolorosas, ela abriu um sorriso e pareceu que pensava no mesmo que eu.
- Você parou pra dar atenção às coisas boas durante tudo isso?
- Várias vezes...
- ...e então?
- O que eu posso fazer? Já passou muito tempo.
- Aconteceu, não é?
Ela não respondeu.
É dessa forma que eu imagino.
Sallut
13.02.2012
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