O fim da história.

...ela bateu a porta e foi embora, confusa com certeza. Essa briga não fora normal, seus minutos ainda parado no mesmo lugar confundiram seus pensamentos e o deixaram confuso, perdido. Ouviu os passos dela descendo a escada com pressa e, logo em seguida, o som do carro sendo ligado e indo embora. Simplesmente perdido.

Pouco a pouco vai se soltando dos cipós que te frustraram e te prenderam, senta-se na cama e coloca a mão na cabeça... ela realmente foi embora.

Perde a força no corpo e se joga na cama. Sem expressão, seus olhos começam a lacrimejar e sua testa a franzir, milhões de situações vieram-lhe na mente enquanto imaginava sua vida sem ela dali para frente. Completamente perdido.

O pensamento soltou-se das imagens perturbadoras dela e finalmente parou de bombardear o coração com aquela angústia.

A cabeça foi cedendo lentamente para o lado direito, sua mão subia a cama arrastando por todo o lençol e encostava em seu rosto, enxugava a própria lágrima e se levantava. Apanhava um bilhete junto de uma caneta e escrevia:

"Meu problema não tem solução, eu deixei de viver no momento que você disse que tinha acabado e saiu por aquela porta com suas roupas. Eu me desliguei do mundo e tentei me refugiar dentro da minha própria Cabana de sofrimento, eu consegui. Mas perdi a capacidade de sentir completamente, eu me esqueci de como fazê-la sorrir ao meu toque, eu espero que você me perdoe.

O que me resta nesse momento é dizer o quanto foi especial ser seu e ter você para mim, o que me resta marcar é dizer que as coisas que vão ser daqui pra frente se sobressaem sobre as que nunca mais vão ser, nunca mais. Nunca mais o 'nós', nunca mais o 'juntos', e nunca mais será assim. Não para mim.

E se um dia cruzarmos a mesma rua não olhe para mim, não acene e nem se importe comigo, finja que não me conhece. O brilho desse teus olhos me incomoda, com certeza eu desmoronaria  em ter esse meu amor despertado...

E eu só não me conformo como o nosso romance perfeito foi acabar dessa forma, não entendo. Éramos feitos perfeitamente um para o outro, eu só não acredito. Eu queria deitar minha cabeça no concreto dessa ponte e sonhar um pouco com você antes de ir embora, funcionaria? Me daria um motivo claro para viver? Eu não sei...

Mas eu finalizei essa história com o meu sangue, com aquela faca que encontrei por acidente. Talvez, te amar sim fora um acidente, e então minha morte fora ser apenas um conseqüência do amor absurdo que eu sinto por você, que eu sinto. E eu te olho e sinto uma vontade enorme de te beijar, agarrar você e nunca mais te soltar porque eu te amo.

Acredite em mim quando eu digo que te amo, porque custa caro sentir isso."

Sallut

24.03.2011